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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O que estas indicações representam para a tão sonhada Reforma Agrária e projetos Agroecológicos.


Joaquim Levy e Kátia Abreu, Ambos indicados para assumirem ministérios no segundo mandato do governo Dilma .
 Joaquim Levy- indicado para Ministério da Fazenda.
Foi secretário do Tesouro no governo Lula de 2003 a 2006, conhecido por manter um rigoroso controle nos gastos, limitando a liberação de recursos é defensor do chamado tripé macroeconômico, reconhece que as políticas monetária e fiscal e o câmbio andam juntos.  Menos gasto do governo ajuda a fazer os juros caírem, desestimulando o excesso de entradas de capital e modulando o câmbio, escreveu Levy, em artigo para o jornal Folha de S. Paulo, em janeiro deste ano. Foi apelidado por alguns como Mãos de tesoura o que leva a crer que suas atitudes dificultaram o proposto no avanço da Reforma Agrária  além de outros.



Kátia Regina de Abreu - indicada para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) É empresária e pecuarista.  Atualmente cumpre mandato de senadora do PMDB pelo estado do Tocantins. Com um vasto currículo empresarial , Kátia Abreu é “o” nome esperado pelo agronegócio, setor responsável por 20% do PIB e por 44% das exportações do País. Há seis anos à frente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e há 14 no Senado, Kátia Abreu se consolidou como a maior voz deste grupo econômico no Brasil.
Estes nomes segundo os movimentos sociais que erguem a bandeira da Reforma agrária representam um regresso social.
Ambos são conhecidos pela solução conservadora e excludente do problema fiscal e pela defesa sistemática dos latifundiários contra o meio ambiente e os direitos de trabalhadores e comunidades indígenas.





Fontes; Carta Capital e MST
Textos adaptados por:
Cicero Do Carmo

Levantamentos mostram uma média de 95,9% de produção ativa dos “pequenos” agricultores contra menos de 3% das grandes propriedades.



O Professor Doutor em Geografia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Marco Antonio Mitidiero Junior, criou tabelas comparativas em cima de dados do Censo Agropecuário do IBGE 2006.

A ideia do professor foi confrontar as informações que dão conta de que o setor da agricultura camponesa é comprovadamente mais produtivo do que os grandes campos nutridos pelo agronegócio.

Podemos dizer que o lobby do agronegócio é o principal responsável pela ilusão que foi criada em cima de sua produtividade?
É uma conjunção de fatores, dentre eles, o principal é a força política do agronegócio. Essa força política não é um simples lobby, é sim poder político de decisão na sua plenitude. Não importa qual é o governo ou o partido político que está no comando, o agronegócio sempre está presente com muita força de decisão. 
Diante dessa força, o governo perpetua a supremacia das políticas públicas voltadas a esse setor e, em concomitância, a mídia brasileira informa a população sobre um campo/rural pujante, "batedor" de recordes de produção e exportador, assim vai criando essa ilusão, a ilusão de que os grandes estabelecimentos rurais, personificação direta do que chamam de agronegócio, é imensamente mais produtiva do que os pequenos estabelecimentos. 
Os números mostram uma média de 95,9% de produção ativa dos “pequenos” agricultores contra menos de 3% das grandes propriedades. Diante disso, qual a maior dificuldade da agricultura camponesa em levar seus produtos para todo o país?
Existe uma diversidade de situações para caracterizar a circulação dos alimentos produzidos pelo camponês ou agricultor familiar. Geralmente são produtos que circulam em mercados locais ou regionais, mas há também produtos produzidos pelos camponeses que são comercializados até fora do país, tudo isso dependendo do tipo de produto que é produzido e das relações comerciais ou integração com agroindústrias que o produtor possui. 
Porém, o que mais caracteriza a comercialização dos produtos do campesinato é a dependência do "atravessador", ou seja, como muitos desses produtores não possuem transporte, ficam na dependência de comerciantes que compram sua produção e revendem na cidade. 
Existe muita gente que ganha muito dinheiro indo comprar os produtos na casa do pequeno produtor. Esse é um problema histórico da pequena produção, pois ficam sempre na dependência do "atravessador" que abocanha boa parte da renda desses produtores. 
 Os dados publicados em  2012 pelo governo federal demonstram um desinteresse das esferas públicas em investir nesse setor?


Não. Na verdade os dados publicados pelo governo mostraram o reconhecimento de que os pequenos são muito produtivos, mas só isso. Até ampliaram a quantidade de recursos para o que eles chamam de "Agricultura Familiar", porém com pouca efetividade na aplicação dos recursos, na assistência a esses sujeitos e, principalmente, um descaso jamais visto na realização da Reforma Agrária. 

O que os movimentos sociais podem fazer para reverter esse quadro se supervalorização do agronegócio?
A longa marcha do campesinato brasileiro, título de um dos textos do geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira, é uma sugestão bem explícita a resposta dessa pergunta. 
Resta aos movimentos sociais continuar essa longa marcha que significa, sem outras palavras, continuar as ações de luta pela realização da Reforma Agrária e pela reestruturação completa e radical da estrutura fundiária e das políticas públicas para a agropecuária.  
Por Maura Silva
Da Página do MST
Adptado por Cicero Do Carmo

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