Rússia diz que
ainda não vai chamar embaixador de volta; China diz que situação é difícil.
O ministro das
Relações Exteriores e chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, fez questão de
se posicionar mais uma vez em relação ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e
garantiu que o governo do país cisplatino não tem intenções de reconhecer
Michel Temer (PMDB) como presidente do país.
“O Uruguai se manifestou politicamente, já disse o que tinha que dizer. (...) A
posição do nosso governo está clara, pois nós já nos posicionamos a respeito
disso”, disse Nin Novoa em entrevista a jornalistas na última quinta (12), data
do primeiro dia de mandato do presidente em exercício.
Perguntado se irá entrar em contato com Temer ou com alguém de seu gabinete, o
chanceler foi direto: “Não [haverá nenhum tipo de comunicação]. Já dissemos o
que deveríamos ter dito, de maneira que não temos mais nada a agregar.”
Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou mais cedo que a direita
brasileira quer dar um golpe na presidente Dilma Rousseff e
"castigar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não
volte à presidência.
Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, garantiu nesta sexta-feira que a crise
política do Brasil faz parte de um "novo plano Condor" contra os
governos progressistas da região.
Venezuela
Na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia
manifestado apoio a Dilma e Lula, chamando a crise política no Brasil de
"golpe de estado midiático e judicial".
"Você acha que isso é casualidade? É o novo plano Condor (aplicado na
década dos 70 pelas ditaduras militares do Cone Sul para coordenar o extermínio
de opositores) contra os governos progressistas", declarou o mandatário em
uma entrevista na rede televisão oficial. A Venezuela fechou sua embaixada no
Brasil.
Nicarágua e El Salvador
O presidente de El Salvador, Sánchez Cerén, declarou que há um golpe
acontecendo no Brasil e que o próximo passo será chamar a embaixadora de volta
ao país e fechar a embaixada no Brasil.
Rússia e China
A Ministra das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, afirmou que “é
inaceitável a interferência externa na atual situação política do Brasil” e que
Moscou espera um país “estável e democrático”. A China tem a mesma posição.
Ambos fazem parte dos BRICS, ao lado de Brasil, Índia e África do Sul.
Chile
De acordo com o portal da TeleSur, o governo do Chile também manifestou sua
preocupação com as circunstâncias em que Dilma foi afastada. “Nos preocupamos
com a nossa nação irmã, que tem gerado incerteza em nível internacional”,
alegou institucionalmente em comunicado. O país não pretende manter contato com
o governo Temer.
Outras legendas e órgãos, como o Die Linke, da Alemanha, e o PSUV, da
Venezuela, bem como a Unasur (União das Nações Sul-Americanas), também
criticaram duramente o processo.
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Fonte: Conexão