Banco espanhol Santander, em um comunicado aos seus “clientes ricos”, fez campanha escancarada – e ilegal – contra a reeleição da presidenta Dilma
No comunicado enviado em julho, o banco afirma
que a reeleição de Dilma detonará a economia brasileira. A mensagem foi
impressa no extrato dos clientes da categoria “Select”, com renda mensal
acima de R$ 10 mil. O texto afirma que o avanço da presidenta nas pesquisas de
intenções de voto poderá prejudicar os acionistas da Bolsa de Valores.
Esta escalada desestabilizadora dos banqueiros, que tem
motivações econômicas e políticas – e de classe –, está em pleno curso contra
a reeleição da presidenta Dilma. A iniciativa terrorista do Santander não é
uma ação isolada.
Outros banqueiros, mais discretos,
não escondem o seu desejo de ajudar a oposição neoliberal no retorno ao
Palácio do Planalto. Eles têm feito de tudo para criar um clima de pânico na
economia, apostando na desestabilização do país. A própria mídia rentista
registrou, sem maior alarde, que durante a Copa do Mundo houve especulação com
papéis na Bolsa de Valores com o objetivo de prejudicar o governo brasileiro.
Para o doutor em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e professor
da Unifesp Daniel Feldmann, há um desejo de mudança pela necessidade de maximização
dos lucros por parte dos rentistas e de uma percepção de que as equipes
econômicas de Aécio neves e Eduardo Campos estejam mais alinhadas com seus
interesses.
O contrário, porém, não é necessariamente verdadeiro. Tanto é
que a equipe econômica de Dilma, para retomar um crescimento mais robusto do
Produto Interno Bruto (PIB), adotou durante 19 meses consecutivos uma política
de queda na taxa de juros básica. Entre o dia 1º de setembro de 2011 e 7 de Março
de 2013, baixou a taxa básica de juros de 12% ao ano para 7,25%, a menor da
história.
Nesse período, os quatro maiores
bancos do país somaram juntos, lucro de R$ 43,3 bilhões em 2012, ano em que
cresceram menos. Feldman explica que os bancos conseguiram, mesmo em um cenário
em que a taxa Selic caiu, se manter altamente lucrativos pois aumentaram o
Spred bancário, a diferença da taxa que o banco paga aos clientes da que ele
empresta.
Veja na íntegra em: Jornal Brasil de Fato.
Veja na íntegra em: Jornal Brasil de Fato.