Em defesa da reforma da Previdencia o presidente Temer afirma:
"Daqui a seis sete anos, quando eu , aposentado, for ao governo, para receber o meu cartão, o governo não terá dinheiro para pagar", disse. " Em face desses pressupostos das despesas públicas, em dado momento não haverá dinheiro para pagar o aposentado.
O presidente disse que "os números não fecham" e que o objetivo é apresentar uma proposta que dê sustentabilidade ao sistema no longo prazo.
Mas segundo a pesquisadora Denise Lobato Gentil , tudo isto não passa de uma gigantesca farsa contábil transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário, que atingiu a cifra de R$ 1,2 bilhões em 2006.
O superávit da Seguridade Social - que abrange a Saúde, a Assistência Social e a Previdência - foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões.
No entanto, boa parte desse excedente vem sendo desviada para cobrir outras despesas, especialmente de ordem financeira - condena a professora e pesquisadora do Instituto de Economia da UFRJ, pelo qual concluiu sua tese de doutorado.
Leia a tese na íntegra em:
Denise Gentil: A questão fundamental para dar sustentabilidade para um sistema previdenciário é o crescimento econômico, porque as variáveis mais importantes de sua equação financeira são emprego formal e salários.
Para que não haja risco do sistema previdenciário ter um colapso de financiamento é preciso que o país cresça, aumente o nível de ocupação formal e eleve a renda média no mercado de trabalho para que haja mobilidade social.
Portanto, a política econômica é o principal elemento que tem que entrar no debate sobre "crise" da Previdência. Não temos um problema demográfico a enfrentar, mas de política econômica inadequada para promover o crescimento ou a aceleração do crescimento.
Com informações do Jornal da UFRJ
Adaptação de texto e imagens: Cicero Do Carmo