Dois dias após a maior chacina da história do Ceará, um novo extermínio em massa causa choque e agrava a crise da Segurança Pública no Estado.
Dez detentos foram mortos na manhã de ontem dentro da Cadeia Pública de Itapajé (a 124 km de Fortaleza). O pano de fundo dessa matança é o mesmo que esteve na chacina de sábado, 27, no bairro Cajazeiras, na Capital, quando 14 pessoas foram mortas. O conflito entre facções justificaria os homicídios no atacado.
No entanto, a versão oficial é de que a chacina de Itapajé não foi uma represália ao que ocorreu nas Cajazeiras. De acordo com André Firmino, titular da delegacia da cidade do Interior, já existia um acirramento entre os detentos de facções rivais na unidade e não há uma relação causa/consequência entre os homicídios de sábado com os de ontem.
“Também pensei em um primeiro momento haver uma ligação com a chacina em Fortaleza. Mas depois das oitivas com os envolvidos, e até mesmo vítimas, é possível ver que não há essa relação”, afirma o delegado. Nove pessoas foram interrogadas durante toda a tarde de ontem na Delegacia de Itapajé. Seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado em flagrante. São eles: Alex Pinto Oliveira Rodrigues (24); Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues (22); Artur Vaz Ferreira (26); Francisco das Chagas de Sousa (24); Francisco Idson Lima de Sales (19); William Alves do Nascimento (20). Todos admitiram o envolvimento e confirmaram que a presença de detentos de uma facção rival motivou a ação. A Cadeia Pública de Itapajé tinha, até a chacina de ontem, 83 presos. Com sete celas, operava com o dobro da capacidade. No momento em que as mortes ocorriam, apenas um agente penitenciário estava de plantão no local para dar conta de todo o contingente da unidade prisional.
“Itapajé é uma cidade onde as Polícias Civil e Militar estão prendendo o tempo inteiro. Só tem um agente penitenciário por dia. Era para ter uma ou duas guaritas e, principalmente, um sistema de videomonitoramento para saber das ações deles”, complementa o delegado André Firmino.
Dois revólveres calibre 38 foram encontrados após as mortes. Assim como munições, duas facas, uma pequena quantidade de drogas e 14 telefones celulares. A unidade dispõe de aparelho de raio-x e ainda se investiga como tudo isso entrou na cadeia.
Na parte da tarde, além dos interrogatórios, os trabalhos em Itapajé se concentraram em duas frentes: a remoção dos nove corpos das vítimas (uma morreu no hospital da cidade) e no trabalho de transferência de 44 presos.
Quanto aos que morreram, quatro corpos foram encaminhados para a Perícia Forense de Canindé e outros seis foram levados para Sobral. Além dos dez homens assassinados, a chacina deixou cinco presos com ferimentos leves — que retornaram à Cadeia Pública ainda no período da tarde — e outros três em estado mais grave, que foram encaminhados a um hospital de Fortaleza.
Os 44 detentos transferidos foram encaminhados para outras unidades da Região Metropolitana de Fortaleza. Todos, segundo o delegado André Firmino, ligados a alguma das duas facções envolvidas na chacina. Esses 44 vão ser divididos nas unidades prisionais de acordo com a facção da qual digam fazer parte. Outros 29 detentos ficaram na Cadeia Pública de Itapajé por não terem ligação com nenhuma organização criminosa. São presos por crimes sexuais ou por falta de pagamento de pensão alimentícia.
A chacina de Itapajé é a terceira do Ceará em 2018. Antes dela e da das Cajazeiras, um primeiro crime também relacionado à rivalidade entre facções ocorrera em Maranguape. Lá, no dia 12 de janeiro, quatro pessoas foram assassinadas.
Somando esses três crimes, o Ceará contabiliza, neste ano, 28 mortos em chacinas. O número é o mesmo do total de mortos nesse tipo de homicídio em massa em todo o ano de 2017.
Com informações do Jornal “O Povo”. Foto: TV Verdes Mares
No entanto, a versão oficial é de que a chacina de Itapajé não foi uma represália ao que ocorreu nas Cajazeiras. De acordo com André Firmino, titular da delegacia da cidade do Interior, já existia um acirramento entre os detentos de facções rivais na unidade e não há uma relação causa/consequência entre os homicídios de sábado com os de ontem.
“Também pensei em um primeiro momento haver uma ligação com a chacina em Fortaleza. Mas depois das oitivas com os envolvidos, e até mesmo vítimas, é possível ver que não há essa relação”, afirma o delegado. Nove pessoas foram interrogadas durante toda a tarde de ontem na Delegacia de Itapajé. Seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado em flagrante. São eles: Alex Pinto Oliveira Rodrigues (24); Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues (22); Artur Vaz Ferreira (26); Francisco das Chagas de Sousa (24); Francisco Idson Lima de Sales (19); William Alves do Nascimento (20). Todos admitiram o envolvimento e confirmaram que a presença de detentos de uma facção rival motivou a ação. A Cadeia Pública de Itapajé tinha, até a chacina de ontem, 83 presos. Com sete celas, operava com o dobro da capacidade. No momento em que as mortes ocorriam, apenas um agente penitenciário estava de plantão no local para dar conta de todo o contingente da unidade prisional.
“Itapajé é uma cidade onde as Polícias Civil e Militar estão prendendo o tempo inteiro. Só tem um agente penitenciário por dia. Era para ter uma ou duas guaritas e, principalmente, um sistema de videomonitoramento para saber das ações deles”, complementa o delegado André Firmino.
Dois revólveres calibre 38 foram encontrados após as mortes. Assim como munições, duas facas, uma pequena quantidade de drogas e 14 telefones celulares. A unidade dispõe de aparelho de raio-x e ainda se investiga como tudo isso entrou na cadeia.
Na parte da tarde, além dos interrogatórios, os trabalhos em Itapajé se concentraram em duas frentes: a remoção dos nove corpos das vítimas (uma morreu no hospital da cidade) e no trabalho de transferência de 44 presos.
Quanto aos que morreram, quatro corpos foram encaminhados para a Perícia Forense de Canindé e outros seis foram levados para Sobral. Além dos dez homens assassinados, a chacina deixou cinco presos com ferimentos leves — que retornaram à Cadeia Pública ainda no período da tarde — e outros três em estado mais grave, que foram encaminhados a um hospital de Fortaleza.
Os 44 detentos transferidos foram encaminhados para outras unidades da Região Metropolitana de Fortaleza. Todos, segundo o delegado André Firmino, ligados a alguma das duas facções envolvidas na chacina. Esses 44 vão ser divididos nas unidades prisionais de acordo com a facção da qual digam fazer parte. Outros 29 detentos ficaram na Cadeia Pública de Itapajé por não terem ligação com nenhuma organização criminosa. São presos por crimes sexuais ou por falta de pagamento de pensão alimentícia.
A chacina de Itapajé é a terceira do Ceará em 2018. Antes dela e da das Cajazeiras, um primeiro crime também relacionado à rivalidade entre facções ocorrera em Maranguape. Lá, no dia 12 de janeiro, quatro pessoas foram assassinadas.
Somando esses três crimes, o Ceará contabiliza, neste ano, 28 mortos em chacinas. O número é o mesmo do total de mortos nesse tipo de homicídio em massa em todo o ano de 2017.
Com informações do Jornal “O Povo”. Foto: TV Verdes Mares