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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

14° intereclesial das CEBs, Londrina PR.

O 14° Intereclesial das CEBs (Comunidade Eclesial de Base) reuniu cerca de 3.300 delegados/as, representantes de Dioceses e Arquidioceses de cidades de todos os estados brasileiros. 

Sediado desta vez pela Arquidiocese de Londrina PR, Região Sul do Brasil - contou com a participação de mais de 60 Bispos, inúmeros Padres, religiosas/os, leigos/as, Pastores de outras denominações religiosas e igrejas Cristãs, povos indígenas, Quilombolas e representantes de outras nações da América Latina e Caribe, movimentos sociais e populares. 

O evento ocorreu  nos dias 23 á 27 deste. Teve como tema: CEBs e  os Desafios no Mundo Urbano, e Lema " Eu vi e ouvi os clamores de meu povo e desci para liberta-lo" (Ex. 3,7).

Mini plenárias (Trabalhos de grupos)


O conteúdo dirigido nas discussões das mini plenárias elaborados pelos acessores com reflexões na perspectiva do VER, JUGAR, AGIR, fora dividido em:

As mudanças no mundo do trabalho e os impactos na participação da comunidade;

Pluralismo:  Ecumenismo e diálogo religioso;

Democratização e participação na política partidária;

O desafio das juventudes;

Movimentos e organizações sociais e populares;

Ecologia e o cuidado ambiental;

Mídias, novas tecnologias e direito a comunicação;

Direito a saúde e saneamento;

A questão da violência e da segurança;

Os desafios da formação e educação;

Desafios de acesso e participação da cultura e lazer;

O acesso e condições de moradia;

Os desafios da mobilidade (transporte e locomoção).

Momentos Místicos:


Caminhada dos Mártires - percorreu ruas da cidade de Londrina e finalizou na praça da serigueira (aterro do Igapó). Lembra a vida de pessoas humildes que tiveram suas vidas ceifadas, na maioria dos casos de forma violenta, pelo simples fato de lutar por direitos e defender vida.




Delegações:


As delegações vindas de todas as regiões do país caracterizando seus respectivos estados e regionais, Dioceses  e Arquidioceses. Eram compostas por Bispos, Padres, Seminaristas, religiosas/os e leigos organizados em suas paróquias e comunidades e movimentos.

A exemplo disto, a Região Nordeste (Nordestão - dividido em sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão) com participação de 105 delegados/as. 
foto tirada na Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Londrina PR.
A Regional NE2 (Sertão), contou com  a participação de representantes das 21 Dioceses dos Estados do RN, PB, PE, AL.


Povos tradicionais:

Indígenas - mais de 30 tribos marcaram presença no evento. fizeram denuncias de crimes e perseguições que estão sofrendo, reforçaram as revindicações do direito a terra e disseram não se sentir representados através dos conteúdos em debate. 
Da mesma forma o povo quilombola, em especial a mulher negra, que afirma não se sentir representada diante das questões abordadas pois ainda são as que mais sofrem com a violência, o preconceito, a discriminação racial e a exclusão social no país. 
O 15° intereclesial das CEBs será no estado do Mato Grosso na cidade de Rodonopolis a qual recebeu em mãos o ícone das CEBs que é a cruz peregrina.
Destaque para os paroquianos/as Londrinenses que acolheram em seus lares, durante os quatro dias do evento, de forma bastante receptiva todas as delegações.  
Famílias da Paróquia Nossa Senhora do Carmo recepcionando participantes do evento

Por Cicero Do Carmo 

A tragédia em fortaleza e o silência da grande mídia

Grupo armado invade festa e mata 14 pessoas no Ceará; um suspeito é detido
Imágem divulgação: Folha de São Paulo

Sobre a tragédia de Fortaleza, vale a leitura. 

No dia 7 de janeiro de 2015, há três anos, dois atiradores, Saïd e Chérif Kouachi, mataram 12 pessoas em Paris, incluindo parte da equipe do jornal Charlie Hebdo. Até aquele momento, aquele atentado foi considerado um dos piores que Paris havia presenciado e, imediatamente, uma gigantesca comoção mundial se fez. 

O clamor, a dor, a indignação tomou conta das redes sociais. Orações de desespero, manifestações de solidariedade e EMPATIA com a dor dos franceses que foi demonstrada nos milhões de perfis no mundo que passaram a estampar as cores da bandeira francesa com o lema solidário, "Je suis Charlie". Aqui no Brasil isso não foi diferente, de tal maneira que, na época ficava-se na dúvida sobre em que país estávamos. 

Pois bem, ontem dia 27 de janeiro de 2018, um grupo armado metralhou um clube pobre da periferia da capital cearense, Fortaleza, e muito pouco se falou. Os mortos foram adolescentes, mulheres, alguns trabalhadores autônomos num forró. Ninguém mudou o perfil, tão pouco, empunhou algum slogan dizendo, "Je suis Cajazeira", "Je suis Fortaleza"... 

Quem se importa com isso? Foram 14 pobres a menos, "que se matem" é o que dizem e pensam alguns. Para a periferia, acossada pelas facções criminosas que dominam esses bairros, não há democracia, não há solidariedade. Há o medo, o desespero, a desgraça de não ter nascido em Paris. O simples espaço geográfico que habitam condiciona os olhares, os sentimentos, a desconfiança, a rejeição. 

Meus conterrâneos são os esquecidos moradores de uma periferia de uma capital do Nordeste. São invisíveis. A lista de mortos do jornal não trazia nomes, "duas adolescentes", "um motorista de aplicativo" um ambulante... não são ninguém, só têm um sexo e uma idade. Nesse país grande e equivocado chamado Brasil, se chora pelo distante e se comemora a tragédia e a dor dos que estão perto. Uma nação que odeia o pobre porque é o reflexo no espelho que quer negar.

Professora

Dra. Sônia Meneses,

Universidade Regional do Cariri.

Campanha CPC- Central Popular de Comunicação

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