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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Repressão e violação do direito de manifestação por parte da policia no DF

A desproporcional repressão policial que se abateu ontem, em Brasília, sobre as cerca de 30 mil pessoas que se manifestavam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241-55/2016, no dia de sua votação em primeiro turno no Senado, atingiu também os Munduruku que estão na capital federal lutando por seus direitos (saiba mais: https://goo.gl/vq16S8).


Os indígenas participavam da manifestação e, por estarem bem à frente, foram atingidos em cheio pelas primeiras doses de gás lacrimogênio e spray de pimenta. Entre os Munduruku, estavam crianças pequenas e de colo, que também sofreram com os efeitos dos gases.

Os indígenas, por óbvio, não faziam nada além se manifestar com seus cantos e rituais contra a PEC 55, que consideram muito prejudicial a seus direitos por trazer a perspectiva de precarizar ainda mais a Funai, já sem recursos, a saúde e a educação indígenas.

No vídeo, Alessandra Korap Munduruku fala, indignada, sobre o que havia acabado de presenciar, ainda com o rosto marcado pelo gás de pimenta. A indígena chegou a desmaiar três vezes em função da grande quantidade de gás lacrimogênio que inalou.

Inicialmente, a votação da PEC chegou a ser suspensa, mas foi posteriormente retomada e encerrou com um resultado de 61 votos favoráveis e 14 contrários à proposta, que impõe um teto de 20 anos aos gastos sociais do governo. Agora, precisa ir ao segundo turno, previsto para ocorrer no dia 13 de dezembro.

Saiba mais sobre a presença dos Munduruku em Brasília nesta semana: https://goo.gl/vq16S8


Vídeo: Fernanda Moreira / Cimi

Fonte: Cimi - Conselho Indigenista Missionário

Estudantes são massacrados em Brasilia-DF

Nesta terça (29), cerca de trezentos ônibus com delegações de estudantes universitários, secundaristas, militantes de partidos, movimentos sociais e populares e entidades de classe. em um ato unificado contra a PEC 55(241), que define o teto dos gastos públicos durante 20 anos, se reuniram em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a aprovação da ememenda que estava sendo votada no Senado Federal.


Mas o que seria um protesto pacífico, segundo os mainifestantes, virou uma verdadeira praça de guerra. Com extrema violência, gás e bombas, a Polícia Militar do DF avançou contra a mutidão promovel um verdadeiro massacre agredindo com cacetetes, imobilisando e algemando sem aparente reação da vítima. 

"Uma manifestante foi agredida. Já no chão, teve a cabeça chutada por um policial, gerando indignação dos manifestantes".

Ainda segundo eles foi dectado a presença de militantes de extrema-direita infiltrados na manifestação provocando quebra-quebra para causar tumulto e ação da Polícia contra os estudantes. 

Parlamentares chegaram ao local para negociar o fim do massacre, mas as autoridades policiais não aceitaram qualquer acordo, e continuaram avançado sobre a população. 

Os deputados e deputadas por diversas vezes tentaram fazer um cordão em frente aos policiais, em uma tentativa de proteger os manifestantes. 

Mas, como afirmou um policial, a ordem era “avançar". Acredita-se que a ordem de ataque possa ter vindo do Palácio do Planalto, por meio do Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, já que a operação que ocorreu nesta tarde em Brasília conteve muita violência, semelhante as ações da Polícia Militar do Estado de São Paulo, quando Alexandre de Morais era secretário de Segurança de Geraldo Alckmin.

Confira no video:

Video: Paulo Pimenta
Adaptação de texto: Cicero Do Carmo

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