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terça-feira, 30 de setembro de 2014

TSE pode julgar hoje (30) três representações por homofobia contra Levy Fidelix


Três representações contra o candidato à Presidência da República, Levy Fidelix (PRTB), foram protocoladas nesta terça-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fidelix é acusado de homofobia durante debate entre os presidenciáveis, nesse domingo (28). Defensores dos direitos LGBT acusam o candidato de ter incitado o ódio contra homossexuais ao explicar porque é contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O TSE pode julgar, ainda hoje, os pedidos de direito de resposta ajuizados contra o candidato.

A primeira representação foi ajuizada pela Comissão Nacional da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A organização requer que parte do tempo de propaganda eleitoral gratuita a que o candidato tem direito seja destinada para que entidades de defesa da comunidade LGBT se manifestem sobre as declarações de Fidelix. A OAB também pede a cassação do registro de sua candidatura.

Outra representação foi apresentada, em conjunto, pela também candidata à Presidência da República, Luciana Genro, e pelo deputado federal candidato a mais um mandato, Jean Wyllis, ambos do PSOL. A terceira foi ajuizada pelo PSTU. As representações serão julgadas pelo ministro Herman Benjamim.

No debate eleitoral entre os presidenciáveis apresentado pela TV Record no último domingo (28), Levy Fidelix disse que o crescimento dos casamentos gays pode reduzir o tamanho da população brasileira e sugeriu que homossexuais precisam de "ajuda psicológica".

"Luciana [Genro, candidata do Psol], você já imaginou que o Brasil tem 200 milhões de habitantes? Se começarmos a estimular isso aí [casamentos entre homossexuais], daqui a pouquinho vai reduzir pra 100. [...] Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria [gays]. Vamos enfrentar, não ter medo de dizer que sou pai, mamãe, vovô. E o mais importante é que esses, que têm esses problemas, realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo mas bem longe da gente, bem longe mesmo por aqui não dá", disse Levy Fidelix.

Fonte: Jornal Brasil de Fato

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