O momento de estudo aconteceu na Sala dos DA's da Univasf, em Petrolina
Na noite
desta segunda-feira (2), cerca de 20 militantes de organizações da
juventude, movimentos feminista, estudantil, social e sindical da
região participaram de um momento de estudo sobre o Plebiscito
Popular Por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema
Político. Lançado nacionalmente em 15 de novembro de 2013, dia em
que se comemora a Proclamação da República, o Plebiscito Popular
pela Constituinte conta com o apoio de mais de 90 entidades e
organizações políticas de todo o país.
De início,
duas companheiras, Jucy Carvalho e Débora Mura, fizeram repasses dos
lançamentos estaduais do Plebiscito, na Bahia e Pernambuco,
ocorridos, respectivamente, nos últimos dias 28 e 27 de novembro.
Foi unânime a percepção de que, mais do que coletar votos para a
pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e
soberana sobre o sistema político?”, o desafio é de fazer da
preparação do Plebiscito uma ação pedagógica, pautada no debate
de temas fundamentais para a construção de um novo país.
Neste
sentido, entre os dias 6 e 8 de dezembro ocorrerá o Curso Nacional
de Formação de Formadores em São Paulo para iniciar um processo de
multiplicação de formadores por todo o Brasil e enraizar o debate
na sociedade. Por aqui, no próximo dia 11 de dezembro, às 19h, no campus Petrolina da Univasf, será feita
uma reunião para organizar o lançamento regional do Plebiscito
Popular, previsto para meados de janeiro.
Estudo
No momento
de leitura coletiva da cartilha do Plebiscito, alguns dados chamaram
a atenção para a profunda discrepância do sistema eleitoral em
relação à realidade brasileira. De acordo com o
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), dos 594
parlamentares (513 deputados e 81 senadores) eleitos em 2010, 270 são
empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 73 são da bancada
evangélica e apenas 91 parlamentares são considerados
representantes dos/as trabalhadores/as, da bancada sindical. A
pergunta que fica é: Se os trabalhadores e trabalhadoras são
maioria da população, por que não são nos parlamentos?
Outro dado
alarmante mostra como o sistema representativo atualmente está refém
do poder econômico. Em 2008, as empresas doaram 86% dos recursos
totais da campanha eleitoral. Em 2010, 91%, e, em
2012, somaram 95%. Ou seja, cada vez mais os eleitos se aproximam de
seus financiadores (os donos das empresas) e se distanciam do povo.
Em 2010, os gastos declarados pelos candidatos a governador dos 26
Estados e do Distrito Federal
somaram R$ 735 milhões, de acordo com dados do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
Será por
isso que a elite brasileira (representada pelos meios de comunicação
burgueses) têm tanto medo do financiamento público de campanha?
A cartilha é repleta de ilustrações e informações importantes
O certo é
que a redemocratização brasileira só se completará quando for
possível garantir mecanismos de participação popular nas decisões
estratégicas de nossa sociedade. Por isso, a proposta é envolver
milhares de militantes populares que se disponham a retomar o
trabalho de base, o debate com o povo brasileiro sobre o destino da
nação. Um movimento que poderá culminar na refundação da
República brasileira, 125 anos após a sua Proclamação! Saravá!
Confira a cartilha do Plebiscito Popular Por uma Constituinte Exclusiva
e Soberana do Sistema Político AQUI!