Dois líderes indígenas foram assassinados a tiros.
No prazo de
uma semana em diferentes ações supostamente cometidas por pistoleiros pagos por
madeireiros e fazendeiros, informaram nesta segunda-feira movimentos
indigenistas.
O primeiro dos assassinados, Eusebio Ka'apor, foi baleado no último dia
26 de abril no Maranhão, enquanto Adenilson da Silva Nascimento, da etnia
Tupinambá, morreu em uma emboscada na sexta-feira passada perto de uma estrada
na Bahia.
O Ministério Público do Maranhão abriu hoje uma investigação do
assassinato do líder da etnia indígena Ka'apor ocorrido na aldeia do Pedro
supostamente por comerciantes envolvidos com a extração ilegal de madeira na
terra indígena Alto Turiaçu, segundo um comunicado oficial.
Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), grupo ligado à Igreja
Católica, Eusebio era conhecido por lutar pela preservação das terras
ancestrais dos Ka'apor contra a ação dos madeireiros.
Quatro dias depois da morte de Ka'apor, na sexta-feira passada, outro
índio foi assassinado por pistoleiros em uma região com frequentes conflitos
pela posse da terra.
Adenilson da Silva Nascimento, conhecido como "Pinduca", e
líder dos tupinambás, foi baleado em uma estrada no sul do estado da Bahia, na
terra indígena Tupinambá de Olivença.
Segundo os tupinambás, três pistoleiros, supostamente pagos por
fazendeiros, preparam uma emboscada contra Adenilson e sua mulher, Zenaildes,
que ficou ferida na perna e nas costas, quando voltavam de um dia de pesca
acompanhados de seus dois filhos.
Dezenas de índios dessa região realizaram hoje um protesto e fecharam o
tráfego na estrada que une os municípios de Ilhéus e Una, onde ocorreram os incidentes.
Por: CIMI - Conselho indigenista Missionário