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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Campanha Nacional Contra a Violência Extermínio de Jovens


Campanha Nacional Contra a Violência  e

Extermínio de Jovens é destaque no debate

presidenciável organizado pela CNBB.

Na noite de terça-feira (16) o bispo de Caxias do Maranhão, Dom Vilson Basso, lembrou em sua pergunta, no debate presidencial organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dos milhares de jovens vitimados pela violência todos os anos no Brasil. Em sua pergunta, o bispo replicou o grito de guerra da Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens e destacou no final de sua fala outro grito tão usado pela Pastoral da Juventude: "A Juventude quer viver!".
O tema é uma das principais lutas assumidas pela Pastoral da Juventude em sua atuação, como destaca o representante do Regional Sul (Santa Catarina) na Coordenação Nacional da PJ, Uilian Dalpiaz. "Como Pastoral da Juventude, defendemos e queremos que os jovens sejam respeitados na sua natureza de ser humano, com dignidade e com políticas públicas que supram as históricas ausências do estado. Especialmente junto aos jovens, negros e empobrecidos, que estão no topo dessas estatísticas", afirmou Dalpiaz.


Ele reiterou ainda que o tema precisa continuar na pauta do debate eleitoral, não só para a presidência, mas também nos estados. Uilian reafirmou que a pergunta de Dom Vilson "foi muito feliz".
Fonte: Pastoral da Juventude Nacional.

15ª Feira da Reforma Agrária


Sem Terra demonstram força da agricultura camponesa na 15ª Feira da Reforma Agrária.


Foram mais de 600 toneladas de produtos comercializados durante a feira, que aconteceu entre os dias 10 a 13 de setembro na capital alagoana, em Maceió.
Assentados e acampados de todo o estado puderam mostrar a força da agricultura camponesa ao levaram alimentos saudáveis, artesanatos, discussões sociopolíticas e manifestações culturais à população de Maceió, ao ocuparem por quatro dias a Praça da Faculdade (praça Afrânio Jorge).
A velocidade e o volume da comercialização demonstraram o déficit que vive a população urbana em relação ao acesso a alimentos saudáveis e sem agrotóxicos. 
A realização das feiras da Reforma Agrária em diversos estados tem representado a proposta dos Sem Terra em relação ao modelo de agricultura proposto pelos camponeses para o campo brasileiro.

“Essas feiras é a desvelada e real demonstração da necessidade de um modelo de agricultura que não esteja preocupado com o lucro, a especulação e a destruição dos bens da natureza”, acredita Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.
Por Gustavo Marinho e Rafael Soriano
Da Página do MST .
Veja mais em http://novo.mst.org.br
Modificado por Cicero Do Carmo

Movimento Social e Movimento Poular



Os movimentos populares e sociais é a forma mais legítima do cidadão manifestar os seus anseios, perante o estado. Toda vez que a sociedade civil é convocada para dar a sua cota de participação e colaboração em prol da democracia, ela corresponde, basta fazer um levantamento das revoltas populares que aconteceram desde a invasão dos portugueses ao nosso território no século XV, que tinham como objetivo principal transformar o Brasil em colônia de exploração.

 Nesse sentido a sociedade civil foi protagonista em várias batalhas que aconteceram no período colonial. Essas batalhas muitas vezes eram pela própria sobrevivência e contra um regimehttp://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png escravocrata que desencadeava uma forte revolta entre os índios, negros e populares que não faziam parte do clã imperial.

No dizer do professor Paulo Freire (1978, p. 196) Se as massas populares dominadas, por todas as considerações já feitas, se acham incapazes, num certo momento histórico, atender a sua vocação de ser sujeito, será pela problematização de sua própria opressão, que implica sempre numa forma qualquer de ação, que elas poderão fazê-lo.

Nesse contexto devemos invocar os populares a aderir em parte ou em sua totalidade as ações mais estratégicas para se chegar ao objetivo final, que é mostrar para o estado a sua revolta, pois os estragos de sua política de inoperância ficam evidenciados nas camadas menos favorecidas da sociedade dominada pelo capitalismo.

Com este cenário de complexidades e incertezas, os populares assumem o seu papel de transformadorhttp://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png da história em seus agrupamentos e organizações, com isso ocupa uma pequena parcela no cenário político e

 social, e mostra para a base popular a diferença entre o estado operante e o estado inoperante. Dessa forma os movimentos sociais e populares vêm se constituindo no passar dos anos.

De acordo com José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti (2007, p. 347) o processo de colonização das terras conquistadas pelos portugueses na América teve um caráter conflituoso desde o século XVI. Embora o Primeiro encontro entre conquistadores e nativos tenha sido pacífico, as tentativas posteriores de escravização dos indígenas provocaram tensões que não raras vezes explodiam em conflitos armados. A isso se somou escravização de africanos, que introduziu na colônia novos elementos de tensão étnica e social.

Nesse sentido a composição do movimento popular se baseia na atuação que as organizações desempenham em todos os espaços de luta da coletividade. Por este motivo o movimento popular se constitui em grupos e organizações da sociedade civil organizada que atuam em várias frentes da comunidade, e são controladores de algumas ferramentas de uso coletivo.

Ideologicamente o movimento popular e contra as classes dominantes e burguesas e pressupõe um caráter de classe social e com um papel específico dentro da comunidade, e onde os seus integrantes procuram manter uma postura de fiscalizador das ações do estado dentro da esfera municipal, estadual e federal.

Destacamos que o movimento popular luta por garantia de direitos, essas garantias podem ser transformadas em políticas públicas permanentes, e de uso coletivo. Vejamos que a questão central do movimento popular é basicamente construir um novo formato de atuação das organizações da sociedade civil organizada que luta por melhorias e condições de vida da população, e contra o controle ideológico das classes dominantes.

Portanto e nós espaços de luta da sociedade civil organizada, que se consolidam o papel do agente popular, que é específico para cada tipo de movimento, e com o passar do tempo esses vão firmando a sua identidade dentro da comunidade, que passa a ter esse como referência no controle dos programas de estado.  

Já os movimentos sociais têm outro formato de atuação, pois esses buscam em sua essência um espaço mais amplo nas lutas por garantias de direitos em várias frentes, vamos dar como exemplo o movimento estudantil, embora não seja considerado por muitos um movimento social devido à origem das pessoas envolvidas, que na maioria pertenciam a chamada classe dos pequenos burgueses, é um movimento com característica social e de mobilização de massa. É a pura expressão política das ações que permeiam o sistema dependente em sua totalidade e não simplesmente fundamentada em um posicionamento ideológico de uma classe ou visão de mundo.

Esse exemplo é para falar que na onda do movimento estudantil, vieram outros movimentos de classes sociais, que se destacaram pelo volume de pessoas que levam às praças públicas do Brasil, destacamos o movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST). Esse movimento desencadeou no começo da década de 80 e pressionou vários governos a fazer a tão sonhada reforma agrária no Brasil que contemplasse com segurança aqueles trabalhadores que realmente necessitavam de terra. O LGTB que está surgindo como o movimento de massa do século XXI. Esse movimento merece destaque pela coragem de seus organizadores e participantes, mostrar à cara a uma sociedade que carrega em sua história marcas secular de um preconceito voraz, é no mínimo revolucionário.    

Como relata Nelson Dacio Tomazi (2000, p. 232). A forma de organização de um movimento tem conseqüências importantes com relação a sua dinâmica interna e externa. Internamente, observa-se que uma organização sem a devida hierarquia entre liderança e base pode favorecer  certo espontaneísmo das ações, o que levaria à falta de controle do movimento, resultando em seu próprio prejuízo. Por outro lado, uma organização fundada num corpo de lideres afastado da base pode ser conduzida a práticas autoritárias e elitistas, com os demais participantes desempenhando o papel de “massa de manobra”.

Outro movimento que vem ganhando corpo, por sua complexidade é o movimento dos trabalhadores sem teto (MTST) que teve o seu surgimento em 1997 em virtude da necessidade de organizar no Brasil a reforma urbana e garantir moradia a todos os trabalhadores e a todos os cidadãos, esse movimento tem característica social com o seu surgimento no campo e nas grandes metrópoles.
Pegamos como exemplo os movimentos sociais e populares citados nas linhas anteriores, para destacar a importância da mobilização da sociedade civil organizada, que em certas circunstâncias renunciam parte de seu tempo para fazer o levante das problemáticas que afligem a população das camadas populares e nas grandes metrópoles do país, com isso procuram-se dar um certo destaque em demandas emergências que na sua maioria acontecem por pura incompetência do estado, que não cumpre o papel de direcionador das políticas públicas para o desenvolvimento humano das classes sociais. 
Texto: Elias Silva

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