Segundo informações do Blog
Tijolaço, a doutora contratada pelo Mais Médicos quer viver com o
namorado em Miami e teria recebido orientações do deputado Ronaldo
Caiado (DEM-GO) para montar uma farsa
Da Redação
A notícias de que a médica cubana
Ramona Rodriguez abandonou o Programa Mais Médicos, do Governo
Federal, por considerar as condições de trabalho inadequadas,
agitou a imprensa e a Câmara dos Deputados, principalmente, o
gabinete da liderança do Democratas, deputado Ronaldo Caiado (GO).
A médica, que trabalhava no
município de Pacajá, no Pará, alegou que resolveu sair do programa
após descobrir que outros médicos estrangeiros contratados para
trabalhar no Brasil ganhavam mais do que os médicos cubanos
contratados. Em entrevista à imprensa, no gabinete do deputado, ela
anunciou seu pedido de asilo ao País.
No entanto, segundo o Blog Tijolaço,
os motivos da médica pedir asilo ao Brasil são outros e, na
verdade, ela teria montado uma farsa para encontrar o namorado em
Miami (EUA).
Veja a íntegra da matéria no blog,
escrito por Fernando Brito:
A Dra. Ramona Matos Rodrigues tem
o direito de querer viver com o namorado em Miami.
Isso é um problema dela com as
autoridades de seu país e não nos cabe, a brasileiros, darmos
palpite sobre as regras cubanas de emigração, que, atualmente, só
restringem a saída de médicos, cientistas e militares. Os Estados
Unidos restringem a entrada em seu país e que, volta e meia, vemos
cenas dantescas de dezenas de “chicanos” mortos ocultos em
vagões de trem para tentar entrar no “eldorado” americano e
ninguém diz que, com isso, ferem a liberdade de ir e vir.
Mas a Dra. Ramona não tem o
direito de ilaquear a boa-fé do povo brasileiro montando uma
história farsesca sobre as razões de sua tentativa de fuga para
Miami.
A Folha,
hoje, revela o suficiente da história para que
compreendamos que, como disse Janio de Freitas, esta história “vá
dar rumba”.
A Dra. Ramona se aproveitou da
simpatia que lhe teve uma senhora, prestadora de serviços ao “Mais
Médicos” para encontrar acolhida em Brasília. Dizia sentir-se só
e foi recebida por ela em sua casa, num rasgo de solidariedade.
Depois de um final de semana, como
planejado, foi à embaixada americana pedir para ser “abduzida”
àquele país, para surpresa da amiga que, então, disse que para
isso sua casa não era abrigo.
Então a Dra. Ramona montou sua
pequena farsa, com a ajuda providencial do deputado Caiado, que
critica a “escravidão médica” de Cuba, mas é contra a abolição
da escravatura “de peão” proposta na PEC do trabalho escravo.
Aí veio a cantilena sobre o “fui
enganada”, etc, etc, etc…
A Dra. Ramona usou o congresso e a
imprensa brasileira como palco e platéia de seu “teatro”, sem
nenhum pudor.
E os usou porque sabe que, neste
país, existe um sistema de comunicação que a transformaria em
“heroína” quando é apenas uma pessoa que mente por seus
interesses, em lugar de proclamar e lutar por seus direitos
abertamente.
O que, no Brasil, ninguém duvida,
poderia ter feito.
Mas a Dra. Ramona foi contratada
por nosso país para atender doentes, não para se portar como uma
transtornada – que seja, concedamos a generosa possibilidade –
por um amor na Flórida que a leve a mentir na sede do parlamento,
diante de toda a imprensa.
Porque, para esta fila de “vistos”
americanos, tem muito brasileiro na frente dela, que sequer vai
receber os gordos subsídios que o Governo americano dá aos médicos
cubanos dispostos a expatriar-se.
Ao contrário, se pagassem metade
do que paga o Mais Médicos, muitos médicos brasileiros estariam
nessa fila, porque Miami. para eles, é lugar de gente.
Pacajás, no Pará, não.
Aliás, nada impediria o namorado
da Dra. Ramona, se é tão grande este amor, vir para cá.
Talvez o que o impeça seja,
apenas, Miami.
Mas isso é um problema privado do
casal.
E esse é o pecado imperdoável da
Dra. Ramona: transformar os seus quereres pessoais em um caso
político em país alheio.
PS. Desde ontem, no início da
tarde, havia essa informação. Como não havia confirmação, não
publicamos. Correr o risco da mentira era agir sem dignidade. Coisa
que a Dra. Ramona não fez com a opinião pública brasileira.
Fonte:
http://www.brasildefato.com.br/node/27363