Sistema complementar de geração de energia solar com placas fotovoltaicas flutuantes será instalado em reservatórios de duas usinas hidrelétricas no início de 2016.
A primeira usina a participar da experiência será Balbina (AM), que começa a receber a instalação dos equipamentos no dia 29 de janeiro de 2016. A segunda usina que participará da experiência será Sobradinho (BA), onde a instalação deverá ter início em 01/02/2016.
Cada usina contará com um sistema de painéis flutuantes com capacidade de gerar 5 MW pico, em um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que irá gerar informações para o potencial uso da tecnologia em larga escala. A experiência se dará em duas etapas: inicialmente, será instalada uma planta piloto de 1 MWp em cada uma das usinas, com conclusão prevista para o início de agosto. Em outubro de 2017 serão entregues mais duas plantas nas duas usinas, agora com capacidade de 4 MWp, completando os 10 MWp do projeto.
O encerramento da pesquisa está previsto para 30 de janeiro de 2019, após aplicação de R$ 100 milhões, custeados com recursos dos orçamentos de P&D da Eletronorte e da Chesf. Os participantes do projeto foram definidos em chamada pública, que resultou na escolha do grupo formado por Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE), Fundação de Apoio Rio Solimões (UNISOL) e pelas empresas WEG e Sunlution. Os contratos entre representantes dos executores e das empresas foram assinados nesta terça-feira (15/12).
A pesquisa detalhará a eficiência do sistema de geração solar instalado na lâmina d’água de uma hidrelétrica. Serão avaliados em duas regiões distintas, na região amazônica e no semi-árido nordestino, o impacto da radiação solar incidente no local; a produção e transporte de energia; instalação e fixação no fundo dos reservatórios, entre outros. Será instalada uma pequena central solar em terra para avaliar eventuais influências da água na eficiência do sistema.
Os resultados ajudarão os agentes públicos e privados do setor elétrico a avaliar em que ambientes geográficos e em que condições é conveniente a instalação dessa tecnologia, que tem a vantagem de aproveitar infraestrutura já existente de transformadores e de linhas de transmissão, e de dispensar a necessidade de aquisição ou aluguel de terras e licenciamentos ambientais, entre outras. Os resultados também poderão ajudar o setor privado na instalação da tecnologia em projetos de geração distribuída rurais, destinados, por exemplo, a bombeamento de água para irrigação.