O plano de mobilidade urbana de Petrolina, aprovado pela câmara de vereadores em 26 de abril de 2016 e sancionado pelo então prefeito Júlio Lossio em maio do mesmo ano, não passou de uma falácia.
O projeto lei
0001/16 que estabelece a organização da mobilidade urbana da cidade não parece
ter surtido efeito no crônico e problemático sistema urbano de Petrolina.
Tirante de uns trechos de asfaltos sinalizados e
corredores de ônibus, umas placas de sinalização, modificação de trajetos e
mãos única em determinadas ruas do centro da cidade o plano não consegue ser
claro em sua finalidade principalmente na periferia. a não ser para os empresários que se
beneficiam com a apreensão de veículos por parte de fiscais de trânsito e dos que faturam com a exploração dos serviços das linhas
de ônibus, os quais conseguiram através do plano: a redução de despesas em mão
de obra com saída dos cobradores, a criação de uma nova categoria profissional “o
motoristacobrador” Dinheiro vivo em suas finanças através do Bipi, o aumento de
faturamento de sua empresa sem se preocupar com novos gastos, tendo ainda o
pedido de recuperação judicial como plano “ B” , caso a crise financeira se
prolongue e o aumento de passagens com prerrogativas de excessivas despesas com
investimentos no setor de transportes.
Na
prática o Plano de Mobilidade Urbana de Petrolina (PlanMob). Seria para estabelecer
diretrizes para o acompanhamento e monitoramento da implementação e avaliação
das ações do trânsito na cidade, mas até o momento não conseguimos ver
melhorias principalmente nos horários mais críticos de movimentação da
população (horário de pico), nos pontos de ônibus na periferia e/ou na qualidade do serviço.
E assim a população continua pagando a conta em passagens absurdamente caras e com
os mesmos problemas e dificuldades enfrentados anteriormente a discussão da mobilidade
urbana. Empresas prestes a dar calote nos funcionários/as, atrasos, reclamações
diversas, ônibus sucateados e Hospital de Traumas lotado de acidentados por colisões
envolvendo motos e carros sem se falar nos inúmeros engarrafamentos no trânsito.
É
sabido por nós, mesmo leigo, que o problema da mobilidade urbana desta cidade
tem raízes políticas e não apenas técnicas o que pode continuar favorecendo
grupos monopolistas financiadores de campanhas eleitorais a continuar tomando
proveito da miséria alheia e isto é fato histórico em Petrolina.
Mesmo sendo apontada atualmente como uma das melhores cidades para se viver Petrolina ainda esta longe de fazer jus ao título o que só serve ainda mais para a exploração da população trabalhadora assalariada através das altas cobranças de impostos contidos nas taxas de água, luz, saneamento, aluguel, transporte e alimentação.
Por: Cicero Do Carmo