Maior manifestação ocorreu
em Brasília, segundo os organizadores, para pressionar diretamente o Congresso
e o Senado. Lula diz que o país "está mostrando o quanto valoriza a
democracia".
Milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades
brasileiras nesta quinta-feira (31/03), para participar de protestos contra o
impeachment da presidente Dilma Rousseff.
As manifestações, ocorridas nas 26 capitais estaduais e
no Distrito federal, foram organizadas por mais de 60 sindicatos e movimentos
sociais. Ao menos 75 cidades em todo o país registraram atos contra o
afastamento da presidente.
Dessa vez, o centro dos protestos foi em Brasília, ao
invés de São Paulo. Segundo os organizadores, a intenção era pressionar os
congressistas e senadores na própria capital federal. Os movimentos sociais
afirmaram que 200 mil pessoas estiveram presentes na manifestação na Esplanada
dos Ministérios. Segundo estimativas da Policia Militar, o total seria de 50
mil.
Em São Paulo, os protestos se concentraram ao redor da
Praça da Sé, na região central da cidade. A manifestação foi organizada pela
Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 organizações. Segundo o Datafolha,
cerca de 40 mil pessoas – 60 mil, segundo os organizadores – participaram do
ato.
No Rio de janeiro 80 mil pessoas, segundo os
organizadores, estiveram presentes no Largo da Carioca, na região central da
cidade. Um dos destaques foi a participação do compositor Chico Buarque, que
lembrou o golpe militar de 1964 e pediu a "defesa intransigente da
democracia". "De novo não, não vai ter golpe" afirmou o cantor.
O Instituto Lula divulgou na rede social Twitter um vídeo
ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, onde ele afirma que o país "está
mostrando o quanto valoriza a democracia" e diz que não há base legal para
o impeachment de Dilma.
"A presidente Dilma não cometeu nenhum crime de
responsabilidade, e impeachment sem base legal é golpe", afirma Lula no
vídeo. Sua presença era aguardada na manifestação em Brasília, mas o Instituto
Lula informou que ele não participaria de nenhum dos atos desta quinta-feira.
Fonte: Portal terra