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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Zika: “Há uma ocorrência epidêmica muito maior nas áreas de menor renda”, afirma urbanista

Professora da USP, Erminia Maricato defende relação entre segregação socioespacial e reprodução do  Aedes aegypti.
refere-se à periferização ou marginalização de determinadas pessoas ou grupos sociais por fatores econômicos, culturais, históricos e até raciais no espaço das cidades. No Brasil, alguns exemplos de segregação urbana mais comuns são a formação de favelas, habitações em áreas irregulares, cortiços e áreas de invasão.
Em meio à grave situação envolvendo a disseminação do Zika vírus, transmitido pelo  Aedes aegypti, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) emitiu nota técnica recomendando a suspensão do uso de produtos químicos no combate ao mosquito.



O argumento do documento se baseia na preocupação e precaução em torno dos impactos de tais produtos sobre a saúde. Para a Abrasco, métodos físicos seriam mais seguros, mas, para além deles, ações estruturais de longo prazo deveriam ser pensadas, como a resolução das questões relacionadas à habitação e saneamento, com vistas ao que a entidade chama de “cidades sustentáveis”.
Para comentar a relação entre a estruturação das cidades e a emergência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o Saúde Popular conversou com Ermínia Maricato, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).
Maricato foi secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município de São Paulo (1989-1992). No governo federal, foi da Secretária Executiva do Ministério das Cidades (2003- 2005), cuja proposta de criação se deu sob sua coordenação.

Além de comentar os aspectos da relação entre questões urbanas e de saúde, Maricato também falou sobre o momento político e econômico do país, bem como das dificuldades de uma agenda progressiva para as cidades.

Veja entrevista completa em Saúde Popular

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