Para preencher um dos requisitos do concurso público da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP), as candidatas selecionadas neste ano tiveram que comprovar, por meio de um atestado médico, que não tiveram seu hímen rompido, ou seja, eram virgens.
A denúncia parte de uma das candidatas selecionadas pelo concurso,
aberto em 2012, para o cargo de Agente de Organização Escolar. “Na hora em que
fui a um consultório para me submeter à análise ginecológica, entrei em pânico.
Foi constrangedor explicar para a médica que precisava de um atestado de
virgindade para poder assumir uma vaga em um concurso", disse a candidata
- que por privacidade não teve o nome revelado -, em entrevista concedida ao
portal Último Segundo.
A justificativa para a realização dos exames é que servem para atestar a saúde dos futuros funcionários públicos. No entanto, segundo Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), trata-se de uma violação.
Em nota, o
movimento Católicas pelo Direito de Decidir considerou a medida aviltante,
afirmando que vivemos em plena Idade Média “no estado mais rico e
‘desenvolvido’ da Federação – entre muitas aspas, especialmente para a
população feminina”.
Fonte: Jornal Brasil de Fato modificado por Cicero Do Carmo