Três igrejas católicas foram atacadas com artefatos explosivos nesta sexta-feira (12) em Santiago, encontrando-se em seus arredores panfletos e grafites contra a visita do papa Francisco, cuja popularidade no Chile é a mais baixa da América Latina.
"Papa Francisco, as próximas bombas serão na sua batina", podia-se ler em um panfleto encontrado na igreja Santa Isabel de Hungria, na comuna de Estación Central, oeste de Santiago, onde ocorreu o primeiro ataque.
Imagens mostravam policiais analisando a cena na igreja, cuja porta apresentava sinais de um incêndio.
A igreja Emmanuel de Recoleta também teve danos em suas portas e janelas, assim como a paróquia Cristo Vencedor, em Peñalolén. Um quarto artefato deixado na igreja Santuário de Cristo Pobre, no centro de Santiago, não foi ativado.
"Para o papa 10 bilhões (de pesos) e os pobres morrem nos povoados", dizia um grafite na fachada desta igreja.
O comandante da Polícia chilena, Gonzalo Araya, culpou "grupos anarquistas" destes ataques que causaram danos menores.
Os atentados "têm semelhanças, mas não necessariamente estão relacionados uns com os outros", afirmou o subsecretário de Interior e Segurança, Mahmud Aleuy, confirmando que "o governo apresentará uma ação nas próximas horas por infração à lei de armas" após visitar dois dos três templos atacados.
A poucos dias da chegada do papa, que na segunda-feira inicia uma visita de três dias ao Chile, o arcebispo de Santiago se declarou penalizado "por estes feitos, que contradizem o espírito de paz que anima a visita do papa ao país".
Para a presidente Michelle Bachelet, esses ataques são "muito estranhos, porque não é algo que alguém possa identificar, como um grupo específico, se chama 'corpos livres'".
Imagem da porta queimada na igreja de Santa Isabel de Hugria, em Santiago, onde ocorreu um ataque, em 12 de janeiro de 2018 |
Imagens mostravam policiais analisando a cena na igreja, cuja porta apresentava sinais de um incêndio.
A igreja Emmanuel de Recoleta também teve danos em suas portas e janelas, assim como a paróquia Cristo Vencedor, em Peñalolén. Um quarto artefato deixado na igreja Santuário de Cristo Pobre, no centro de Santiago, não foi ativado.
"Para o papa 10 bilhões (de pesos) e os pobres morrem nos povoados", dizia um grafite na fachada desta igreja.
O comandante da Polícia chilena, Gonzalo Araya, culpou "grupos anarquistas" destes ataques que causaram danos menores.
Os atentados "têm semelhanças, mas não necessariamente estão relacionados uns com os outros", afirmou o subsecretário de Interior e Segurança, Mahmud Aleuy, confirmando que "o governo apresentará uma ação nas próximas horas por infração à lei de armas" após visitar dois dos três templos atacados.
A poucos dias da chegada do papa, que na segunda-feira inicia uma visita de três dias ao Chile, o arcebispo de Santiago se declarou penalizado "por estes feitos, que contradizem o espírito de paz que anima a visita do papa ao país".
Para a presidente Michelle Bachelet, esses ataques são "muito estranhos, porque não é algo que alguém possa identificar, como um grupo específico, se chama 'corpos livres'".
A segurança de Francisco é um quebra-cabeças para os organizadores da viagem, já que além dos percursos no papamóvel, ele celebrará missas em Santiago e nas cidades de Temuco e Iquique, nas quais são esperadas 1,2 milhão de pessoas.
Francisco chegará a um Chile onde 59% da população se declara católica - em constante queda -, mas que vive uma "secularização acelerada" desde a revelação dos casos de abusos sexuais de sacerdotes, segundo um estudo da consultora Latinobarómetro divulgado nesta sexta-feira.
A avaliação do pontífice e da Igreja Católica no Chile é a pior da América Latina.
Enquanto na região a média de avaliação o papa é de 6,8 (de zero a 10), no Chile é de 5,3, e apenas 36% dos chilenos dizem "confiar" na instituição.
O "Chile é o país que mais desconfia da Igreja", disse Marta Lagos, diretora da Latinobarómetro, em coletiva de imprensa.
Francisco chegará a um Chile onde 59% da população se declara católica - em constante queda -, mas que vive uma "secularização acelerada" desde a revelação dos casos de abusos sexuais de sacerdotes, segundo um estudo da consultora Latinobarómetro divulgado nesta sexta-feira.
A avaliação do pontífice e da Igreja Católica no Chile é a pior da América Latina.
Enquanto na região a média de avaliação o papa é de 6,8 (de zero a 10), no Chile é de 5,3, e apenas 36% dos chilenos dizem "confiar" na instituição.
O "Chile é o país que mais desconfia da Igreja", disse Marta Lagos, diretora da Latinobarómetro, em coletiva de imprensa.
AFP / Nicolas RAMALLO Visita do Papa ao Chile e Peru