Este é mais um entre os incontáveis casos de mulheres violadas sistematicamente ao desempenharem suas atividades laborativas, ou quaisquer atividades cotidianas.
Supervisoras e Supervisores, Tutoras e Tutores do
Programa Mais Médicos para o Brasil vinculados à Universidade de Pernambuco,
Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Vale do São
Francisco e a Associação Pernambucana de Medicina de Família e Comunidade
manifestam seu apoio e solidariedade à colega cubana que foi brutalmente
violentada no município de Capoeiras-PE na última segunda-feira 01/08, enquanto
desempenhava suas atividades como Médica, dentro da Unidade de Saúde.
Manifestamos nosso repúdio à cultura de estupro instituída no Brasil, que
mostra sua perversidade dessa vez dirigida a uma profissional que, em missão
internacional, vem a cidades mais longínquas responder às necessidades sociais
e de saúde no país.
Este é mais um entre os incontáveis casos de mulheres
violadas sistematicamente ao desempenharem suas atividades laborativas, ou
quaisquer atividades cotidianas.
É importante reconhecer que não se trata de
episódio isolado, nem praticado por um “delinquente”, mas a manifestação de uma
cultura machista que afronta os direitos humanos e compromete a construção de
uma sociedade justa e igualitária.
Lamentando profundamente o ocorrido, esperamos que esta
circunstância ultrajante possa impulsionar a luta contra a iniquidade de gênero
e o enfrentamento das violências que dela se originam.
Às Médicas e Médicos cubanos, todo nosso respeito e
agradecimento pelo cuidado prestado ao povo brasileiro.
04 de agosto de 2016
Via: Aristóteles Cardona Júnior/facebook