As terras do meu Sertão
As terras do meu sertão pode inte num parecer,
mas é terra muito fértil ouça o que vou lhe dizer,
Num precisa muita água,
nem tão pouco irrigação,
Basta apenas um sereninho,
pro verde pintar o chão.
As flores desabrochar, a brisa bater no rosto.
E os pássaros feliz a cantar
que de da gosto.
Agradecendo esta benção
que é única no mundo.
A catingueira, a jurema, a
umburana aquele arbusto.
É como uma mãe nordestina
que se contenta com o pouco
e milagres faz surgir multiplicando o pão seu
moço.
Todos querem desfrutar do
seu colo e cafuné,
a acauã, o gambá, o tatu e o caboré,
Xique_xique, croa de
frade, o croá a macambira,
a seca solo rachado esta nas feição nordestina.
Sua riqueza esta na fé e
esperança em Deus.
As novena, procissão, as
promessa, as mão pro céu.
E quando cai aquela chuva
o verde cobre como um véu.
Alimenta o carneiro, a cabra o boi, a cascavel.
Aparecem as borboletas,
asa branca e o sofreu,
dando inspiração ao canto e a literatura de cordel.
O poeta enche o peito pra
falar do seu amor,
comparando com o mel e a beleza da flor.
E eu aqui me dispeço, sem
fazer muito alvoroço
pois pra falar da caatinga, levaria anos seu moço.
E não teria papel pra
inscrever suas riquezas,
infinita as palavras é verdade a clareza com que falo
do sertão
que plantou no meu coração o amor pela natureza.
Autor: Cicero Do Carmo