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terça-feira, 21 de abril de 2015

Homenagem ao Sertão Caatinga

As terras do meu Sertão

As terras do meu sertão pode inte num parecer, 
mas é terra muito fértil ouça o que vou lhe dizer,

Num precisa muita água, nem tão pouco irrigação,
Basta apenas um sereninho, pro verde pintar o chão.

 As flores desabrochar, a brisa bater no rosto.
E os pássaros feliz a cantar que de da gosto.

Agradecendo esta benção que é única no mundo.
A catingueira, a jurema, a umburana aquele arbusto.

É como uma mãe nordestina que se contenta com o pouco
 e milagres faz surgir multiplicando o pão seu moço.

Todos querem desfrutar do seu colo e cafuné,
a acauã, o gambá, o tatu e o caboré,

Xique_xique, croa de frade, o croá a macambira, 
a seca solo rachado esta nas feição nordestina.

Sua riqueza esta na fé e esperança em Deus.
As novena, procissão, as promessa, as mão pro céu.

E quando cai aquela chuva o verde cobre como um véu.
 Alimenta o carneiro, a cabra o boi, a cascavel.

Aparecem as borboletas, asa branca e o sofreu, 
dando inspiração ao canto e a literatura de cordel.

O poeta enche o peito pra falar do seu amor, 
comparando com o mel e a beleza da flor.

E eu aqui me dispeço, sem fazer muito alvoroço
pois pra falar da caatinga, levaria anos seu moço.


E não teria papel pra inscrever suas riquezas,
infinita as palavras é verdade a clareza com que falo do sertão
que plantou no meu coração o amor pela natureza. 


Autor: Cicero Do Carmo       

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