A aproximação histórica entre EUA e Cuba, anunciada nesta quarta-feira (17/12) pelos presidentes dos
países, traz mudanças importantes no setor diplomático entre ambas as nações.
Para além dos efeitos simbólicos do anúncio, a nova política trará
consequências práticas para a economia e a diplomacia entre os dois países.
Desde a abertura de uma embaixada em Havana até a permissão para que cidadãos
norte-americanos comprem rum e charutos cubanos em maior quantidade.
Abaixo, veja a lista das
mudanças anunciadas por Barack Obama:
Diplomacia:
• secretário
de Estado norte-americano, John Kerry, foi instruído para retomar imediatamente
os diálogos com Cuba para reatar relações diplomáticas, interrompidas em
janeiro de 1961;
• reabrir embaixada
norte-americana em Havana para "trocas de alto nível";
• manter diálogos com Cuba
sobre: imigração, direitos humanos, combate às drogas;
• EUA participarão da reunião
da Cúpula das Américas em 2015, evento diplomático da OEA (Organização dos
Estados Americanos) para o qual Cuba recebeu convite expresso do Panamá; e,
• EUA revisarão inclusão de
Cuba na lista de países que promovem terrorismo, status que a ilha acumula
desde 1982.
Viagens:
• flexibilização
das restrições a viagens entre os países: mais vistos serão disponibilizados a
famílias, funcionários de governos, jornalistas, pesquisadores, grupos
religiosos, ativistas humanitários e outros.
Economia:
• mudanças
nas políticas econômicas dos departamentos do Tesouro e Comércio com relação a
Cuba;
• a permissão para o envio
trimestral de remessas financeiras de indivíduos nos EUA para Cuba serão
ampliadas de US$ 500 para US$ 2 mil;
• mais produtos dos EUA
receberão autorização para serem exportados para Cuba, como material de
construção civil e equipamentos de agricultura;
• cidadãos norte-americanos
poderão obter licença para importar bens no valor de até US$ 400, mas não mais
do que US$ 100 em bebidas alcoólicas e tabaco;
• empresas dos EUA terão
permissão para abrir contas em instituições financeiras cubanas;
• cartões de crédito e débito
de bandeiras norte-americanas poderão ser usados por estrangeiros em Cuba; e,
• empresas de telecomunicação e
internet dos EUA deverão ter mais liberdade para operar na ilha e poderão
construir estruturas para intercambiar informação entre Cuba e EUA.
Fonte: Opera Mundi