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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Cuba - O fim do embargo e o Imperialismo americano



A aproximação histórica entre EUA e Cuba, anunciada nesta quarta-feira (17/12) pelos presidentes dos países, traz mudanças importantes no setor diplomático entre ambas as nações. Para além dos efeitos simbólicos do anúncio, a nova política trará consequências práticas para a economia e a diplomacia entre os dois países. Desde a abertura de uma embaixada em Havana até a permissão para que cidadãos norte-americanos comprem rum e charutos cubanos em maior quantidade.
Abaixo, veja a lista das mudanças anunciadas por Barack Obama:

Diplomacia:

secretário de Estado norte-americano, John Kerry, foi instruído para retomar imediatamente os diálogos com Cuba para reatar relações diplomáticas, interrompidas em janeiro de 1961; reabrir embaixada norte-americana em Havana para "trocas de alto nível"; manter diálogos com Cuba sobre: imigração, direitos humanos, combate às drogas; EUA participarão da reunião da Cúpula das Américas em 2015, evento diplomático da OEA (Organização dos Estados Americanos) para o qual Cuba recebeu convite expresso do Panamá; e, EUA revisarão inclusão de Cuba na lista de países que promovem terrorismo, status que a ilha acumula desde 1982.

Viagens:

flexibilização das restrições a viagens entre os países: mais vistos serão disponibilizados a famílias, funcionários de governos, jornalistas, pesquisadores, grupos religiosos, ativistas humanitários e outros.

Economia:

mudanças nas políticas econômicas dos departamentos do Tesouro e Comércio com relação a Cuba; a permissão para o envio trimestral de remessas financeiras de indivíduos nos EUA para Cuba serão ampliadas de US$ 500 para US$ 2 mil; mais produtos dos EUA receberão autorização para serem exportados para Cuba, como material de construção civil e equipamentos de agricultura; cidadãos norte-americanos poderão obter licença para importar bens no valor de até US$ 400, mas não mais do que US$ 100 em bebidas alcoólicas e tabaco; empresas dos EUA terão permissão para abrir contas em instituições financeiras cubanas; cartões de crédito e débito de bandeiras norte-americanas poderão ser usados por estrangeiros em Cuba; e, empresas de telecomunicação e internet dos EUA deverão ter mais liberdade para operar na ilha e poderão construir estruturas para intercambiar informação entre Cuba e EUA.
Fonte: Opera Mundi

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