Por Emanuel Cancella,
Um grande complô foi armado, através da CPMI da
Petrobras, para derrubar Dilma e destruir a estatal. Dilma sobreviveu, o
superávit proposto pelo governo já foi aprovado assim como as contas da eleição
presidencial. Agora eles querem a Petrobras!
Desmoralizar a empresa é o primeiro passo. Aí tem o dedo
da CIA, em conluio com as multinacionais de petróleo e parte da Opep. Eles
atuam no sentido de inviabilizar as economias dependentes do petróleo,
principalmente Rússia, Venezuela, Irã mas também o Brasil.
O preço do barril, que chegou a custar U$120 no mercado
internacional, caiu para U$ 66. Todos os analistas de geopolítica do mundo
apostavam que o petróleo nunca mais romperia, para menos, a barreira dos U$ 100
o barril, principalmente considerando que a produção alcançou seu ápice e que
grandes descobertas no mundo depois do pré-sal são pouco prováveis.
Indícios desse conluio já podiam ser observados em
publicações como na Folha de São Paulo, de 13/12/10: “petroleiras foram contra
novas regras para pré-sal...”. Também, segundo telegrama do WikiLeaks, Serra
prometeu alterar as regras, caso vencesse.... Aliás o WikiLeaks já divulgara
documento secreto americano, sobre o perigo de “despertar o sentimento de
nacionalismo nos brasileiros”.
A população deve saber que a CPMI da Petrobras se baseou
numa notícia requentada. A compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos,
aconteceu dois anos antes da instalação da CPMI. O fato foi denunciado
pelo trabalhador eleito para o Conselho de Administração da Petrobrás. Na
época, nem a imprensa nem o MPF ou a Polícia Federal deram importância ao fato.
A CPMI só foi instalada na véspera da eleição de 2014.
A CPMI é atribuída a “República do Paraná”, onde os delegados da
operação tinham um blog de apoio à candidatura de Aécio Neves, do PSDB. Um
deles chegou a postar em seu blog o termo “anta” referindo-se ao ex-presidente
Lula. Quanto ao juiz Sérgio Moro, que comanda a CPMI da Petrobras, sua esposa
advoga para o PSDB do Paraná!
Se Dilma sobreviveu ao impeachment, eles a querem refém
para implementar sua política no país e, principalmente, para rifar a
Petrobras.
Paralela a essa CPMI totalmente suspeita, a Globo faz lobby para a vinda das empreiteiras americanas ao Brasil. Mas as empreiteiras que eles defendem são as mais corruptas do mundo. São responsáveis, por exemplo, pelo vazamento de óleo no Golfo do México, em 2010, considerado o maior acidente ambiental da história dos Estados Unidos. A fonte é o G1:
Paralela a essa CPMI totalmente suspeita, a Globo faz lobby para a vinda das empreiteiras americanas ao Brasil. Mas as empreiteiras que eles defendem são as mais corruptas do mundo. São responsáveis, por exemplo, pelo vazamento de óleo no Golfo do México, em 2010, considerado o maior acidente ambiental da história dos Estados Unidos. A fonte é o G1:
Globo, G1 de 14/09/11: “EUA atribuem vazamento no
Golfo do México às más decisões da BP – Relatórios de autoridades acusam
companhia e terceirizadas por acidente ...”
No Congresso Nacional, as regras do pré-sal já
estão seriamente ameaçadas. Ao invés de fixar sua ação em punir os
corruptos e corruptores e confiscar seus bens, o PSDB e a grande mídia querem
principalmente punir a Petrobrás.
Infelizmente, o governo se mantém na defensiva e já
anunciou para o primeiro semestre de 2015 um leilão gigante de petróleo.
Conquistas como o Conteúdo Local, previsto na lei de Partilha, que garante para
a indústria nacional participação expressiva na indústria do petróleo,
assegurando emprego e renda aos brasileiros, já são das como “favas contadas”
por alguns parlamentares.
Manter a Petrobras, como operadora de todos os campos do
pré-sal, como está previsto em lei também, é uma forma de garantir empregos de
qualidade e uma política eficiente por parte da companhia, na prevenção de
acidentes. Mas essa conquista está igualmente ameaçada.
Querem também usar o superfaturamento para paralisar as
obras das quatro refinarias e a retomada do braço petroquímico, através
do Comperj, o que vai trazer enormes prejuízos para a economia nacional.
Correto seria prender os responsáveis pelo
superfaturamento e confiscar seus bens, não paralisar as obras. O setor
petroquímico é o mais lucrativo da indústria do petróleo e o refino,
diferentemente da prospecção de petróleo que é de risco, pois um poço perfurado
pode não conter petróleo. No refino o lucro é permanente, gerando emprego e
renda e arrecadação de impostos para União, estados e municípios.
Emanuel Cancella é diretor do
Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindpetro-RJ).