A Anistia Internacional reuniu dados que indicam que
várias execuções em massa ocorreram em Sinjar em agosto. Dois dos incidentes
com mais vítimas fatais aconteceram quando combatentes do Estado Islâmico
assaltaram as comunidades de Qiniyeh, em 3 de agosto, e Kocho, em 15 de agosto.
O número de pessoas que perderam a vida somente nestes povoados chega a várias
centenas.
Um novo relatório (A limpeza étnica em escala histórica: ataques
sistemáticos do Estado Islâmico às minorias no norte do Iraque), publicado
nesta terça-feira, apresenta uma série de relatos de sobreviventes que
descrevem como dezenas de homens e meninos da região de Sinjar, no norte do
Iraque, foram capturados por combatentes do Estado Islâmico, e levados para os
arredores de pequenos povoados para serem executados. Centenas, possivelmente
milhares de mulheres, meninas e meninos, junto com dezenas de homens da minoria
yazidi também foram sequestrados desde que o Estado Islâmico tomou o controle
da região.
Entre as minorias étnicas e religiosas atacadas
no norte do Iraque estão os cristãos assírios, os Chies turcomanos, os xiitas
Shabak, os membros da fé Yazidi, os Kakai e os Mandaean sabeus. Muitos árabes e
muçulmanos sunitas contrários ou considerados contrários ao Estado Islâmico
também foram objeto de ataques aparentemente como represália.
Fonte: Anistia Internacional Brasil
Adaptado por Cicero do Carmo