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quinta-feira, 22 de junho de 2017

“Não há nenhum fazendeiro indiciado na CPI. Somente pessoas que lutam pela vida dos povos indígenas”, afirma dom Leonardo Steiner, da CNBB

Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (22), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota em defesa dos povos indígenas e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O texto denuncia a “evidente tentativa de intimidar” a instituição com mais de 45 anos de existência.

Presidência da CNBB em coletiva de imprensa para divulgar nota em favor do Cimi e dos povos indígenas. Fotos: Guilherme Cavalli / Cimi
Sobre o processo e os resultados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai e Incra, encerrada no mês de maio, Dom Leonardo Steiner afirmou que são processos unilaterais que visam “colocar na parede” organismos, indígenas, antropólogos e procuradores que defendem os direitos indígenas. “Não existe nenhum fazendeiro indiciado. Somente pessoas que lutam pela vida dos povos indígenas. Isso prova que são iniciativas imparciais”, ressaltou o secretário geral da CNBB. “O direito dos povos originários não é refletido. A CPI não criou possibilidade de diálogo para debater a questão das terras, das culturas indígenas. Tudo o que pretende é criminalizar os movimentos”.

Ao criticar o contexto em que a CPI se insere, numa conjuntura política que negocia reformas prol do mercado, o bispo franciscano acusou o atual congresso de privilegiar o capital, colocando em detrimento os avanços sociais e os direitos dos povos. “Sentimos que há uma pressão contra os povos originários e os mais pobres. A conjuntura política do pais olha para o mercado e não para as pessoas. Como resultado temos um aumento da violência no campo, inclusive no período em que acontecia o processo da CPI”.

Para o cardeal dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente instituição, os responsáveis pelo relatório que indicia mais de cem pessoas, entre elas religiosos, padres e bispo, não se dispuseram o dialogar com a Conferência. “A falta de diálogo com a CNBB mostra que são iniciativas sem legitimidade, além de ser antidemocrática”, apontou o religioso. A nota divulgada também embasa o caráter imparcial do processo. “A CPI desconsiderou dezenas de requerimentos de alguns de seus membros, não ouviu o CIMI e outras instituições citadas no relatório”.

“Não existe nenhum fazendeiro indiciado. Somente pessoas que lutam pela vida dos povos indígenas”, reforça dom Leonardo Steiner.

A nota apresentada pela presidência contou com a aprovação da maioria dos membros do Conselho Permanente reunido no período de 20 a 22 de junho, na sede nacional da Conferência, em Brasília (DF).

Por Guilherme Cavalli, da Assessoria de Comunicação
Direto do CIMI- Conselho Indigenista Missionário

Nota da CNBB na íntegra:

NOTA DA CNBB EM DEFESA DOS DIREITOS INDÍGENAS E DO CIMI

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 20 a 22 de junho de 2017, manifesta seu total apoio e solidariedade ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI) diante das infundadas e injustas acusações que recebeu da Comissão Parlamentar de Inquérito, denominada CPI da Funai e Incra, encerrada no último mês de maio. A CNBB repudia o relatório desta Comissão que indicia mais de uma centena de pessoas: lideranças indígenas, antropólogos, procuradores da república e aliados da causa indígena, entre eles, missionários do CIMI. 

Criado há 45 anos, o CIMI inspira-se nos princípios do Evangelho. Por isso, põe-se ao lado dos povos indígenas, defendendo sua vida, sua dignidade, seus direitos e colaborando com sua luta por justiça, no respeito à sua história e à sua cultura. O indiciamento de missionários do CIMI é uma evidente tentativa de intimidar esta instituição tão importante para os indígenas, e de confundir a opinião pública sobre os direitos dos povos originários.

Em seu longo processo, a CPI desconsiderou dezenas de requerimentos de alguns de seus membros, não ouviu o CIMI e outras instituições citadas no relatório, mostrando-se, assim, parcial, unilateral e antidemocrática. Revelou, dessa forma, o abuso da força do poder político e econômico na defesa dos interesses de quem deseja a todo custo inviabilizar a demarcação das terras indígenas e quilombolas, numa afronta à Constituição Federal. São inadmissíveis iniciativas como o estabelecimento do marco temporal, a mercantilização e a legalização da exploração de terras indígenas por não índios, ferindo o preceito constitucional do usufruto exclusivo e permanente outorgado aos povos.

Chama a atenção que o aumento da violência no campo coincida com o período de funcionamento da CPI da Funai e Incra. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2016 foram registrados 61 assassinatos em conflitos no campo, um aumento de 22% em relação a 2015. As atrocidades ocorridas em Colniza (MT) e Pau D’Arco (PA) elevaram para 40 o número de assassinatos no campo, só neste primeiro semestre de 2017. Levadas adiante, as proposições da CPI podem agravar ainda mais esses conflitos. É preciso que os parlamentares considerem isso ao votarem qualquer questão que tenha incidência na vida dos povos indígenas e demais populações do campo.

Tenha-se em conta, ainda, que as proposições da CPI se inserem no mesmo contexto de reformas propostas pelo governo, especialmente as trabalhista e previdenciária, privilegiando o capital em detrimento dos avanços sociais. Tais mudanças apontam para o caminho da exclusão social e do desrespeito aos direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras.

Ao se colocar na defesa da vida dos povos indígenas, ao lado do CIMI e dos missionários, a CNBB o faz com a convicção de que o “serviço pastoral à vida plena dos povos indígenas exige que anunciemos Jesus Cristo e a Boa Nova do Reino de Deus, denunciemos as situações de pecado, as estruturas de morte, a violência e as injustiças internas e externas” (Documento de Aparecida, 95) que ameaçam os primeiros habitantes desta Terra de Santa Cruz.

O Deus da justiça e da misericórdia ilumine o CIMI e venha em auxílio de nossos irmãos e irmãs indígenas, quilombolas e trabalhadores e trabalhadoras do campo, cuja vida confiamos à proteção de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de Deus e Padroeira do Brasil.

Brasília, 22 de junho de 2017.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Guerra, violência e perseguição elevam deslocamentos forçados a um nível sem precedentes

Em todo o mundo, o deslocamento forçado causado por guerras, violência e perseguições alcançou em 2016 os níveis mais altos já registrados, segundo relatório divulgado hoje (19) — véspera do Dia Mundial do Refugiado — pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). 

Ao final do ano passado, cerca de 65,6 milhões de pessoas eram consideradas vítimas de deslocamento forçado. Desse contingente, 22,5 milhões eram refugiados — um recorde histórico.


Em todo o mundo, o deslocamento forçado causado por guerras, violência e perseguições alcançou em 2016 os níveis mais altos já registrados, segundo relatório divulgado hoje (19) — véspera do Dia Mundial do Refugiado — pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Ao final do ano passado, cerca de 65,6 milhões de pessoas eram consideradas vítimas de deslocamento forçado. Desse contingente, 22,5 milhões eram refugiados.

A nova edição do relatório “Tendências Globais”, o maior levantamento da organização em matéria de deslocamento, revela que ao final de 2016 havia cerca de 65,6 milhões de indivíduos forçados a deixar seus locais de origem por diferentes tipos de conflitos – mais de 300 mil em relação a 2015. Esse total representa um vasto número de pessoas que precisam de proteção no mundo inteiro.

O número abrange três importantes componentes. O primeiro é o número de refugiados, que alcançou a marca de 22,5 milhões e tornou-se o mais alto de todos os tempos. Desses, 17,2 milhões estão sob a responsabilidade do ACNUR, e o restante é de refugiados palestinos que estão registrados junto à organização-irmã do ACNUR, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

O conflito na Síria continua fazendo com que o país seja o local de origem da maior parte dos refugiados — 5,5 milhões. Entretanto, em 2016, um novo elemento de destaque foi o Sudão do Sul, onde a desastrosa ruptura dos esforços de paz contribuiu para o êxodo de 739,9 mil pessoas entre julho e dezembro. No total, já são 1,4 milhão de refugiados originários do país africano.

O segundo componente é o deslocamento de pessoas dentro de seus próprios países. Ao final de 2016, havia 40,3 milhões de deslocados internos em comparação aos 40,8 milhões de 2015. Síria, Iraque e o ainda expressivo deslocamento dentro da Colômbia foram as situações de maior deslocamento interno. Entretanto, o deslocamento interno é um problema global e representa quase dois terços do deslocamento forçado em todo o mundo. Dentro do Sudão do Sul, por exemplo, cerca de 1,9 milhão de pessoas vivem como deslocadas internas.

O terceiro componente está relacionado aos solicitantes de refúgio, pessoas que foram forçadas a deixar seus países em busca de proteção como refugiados. Globalmente, ao final de 2016, o número total de solicitantes de refúgio era de 2,8 milhões.

Todos esses números evidenciam o imenso custo humano decorrente das guerras e perseguições a nível global: o valor de 65,6 milhões indica que, em média, uma em cada 113 pessoas em todo mundo foi forçada a se deslocar – uma população maior que a da Grã-Bretanha, o 21º país mais populoso do mundo.

“Sob qualquer ângulo, esse é um número inaceitável e evidencia mais do que nunca a necessidade de solidariedade e de um objetivo comum em prevenir e resolver as crises e garantir de forma conjunta que os refugiados, deslocados internos e solicitantes de refúgio de todo o mundo recebam proteção e assistência adequadas enquanto as soluções estejam sendo estabelecidas”, afirmou o alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. “Precisamos fazer mais por essas pessoas. Em um mundo que está em conflito, é necessário determinação e coragem e não medo.”

Uma conclusão fundamental do relatório “Tendências Globais” é de que o nível de novos deslocamentos forçados continua muito alto. Do total contabilizado ao final de 2016, 10,3 milhões de indivíduos eram pessoas que foram forçadas a se deslocar pela primeira vez. Cerca de dois terços desse contingente — 6,9 milhões — se deslocaram dentro de seus próprios países. Isso equivale a uma pessoa se tornando deslocada interna a cada três segundos – menos tempo do que se leva para ler essa frase.

Ao mesmo tempo, o retorno de refugiados e deslocados internos para as suas casas, em conjunto com outras soluções — como o reassentamento em outros países —, trouxe melhores condições de vida para muitas pessoas em 2016. No total, cerca de 37 países aceitaram 189,3 mil refugiados para o reassentamento.

Cerca de meio milhão de refugiados tiveram a oportunidade de voltar para os seus países e aproximadamente 6,5 milhões de deslocados internos regressaram para as suas regiões de origem – embora muitos deles tenham voltado em circunstancias piores do que o ideal e ainda com um futuro incerto.

Em todo o mundo, a maior parte dos refugiados — 84% — encontra-se em países de renda média ou baixa, sendo que um a cada três — somando um total de 4,9 milhões de pessoas — foi acolhido nos países menos desenvolvidos do mundo. Este enorme desequilíbrio reflete diversos aspectos, inclusive a falta de consenso internacional quando se trata do acolhimento de refugiados e a proximidade de muitos países pobres das regiões em conflito.

Os dados também evidenciam a necessidade de países e comunidades que apoiam refugiados e outras pessoas deslocadas serem assistidos de forma mais consistente – evitando instabilidades que prejudicam o trabalho humanitário necessário para salvar vidas ou que levam a novos deslocamentos.

A Síria continua apresentando os maiores números de deslocamento no mundo, com 12 milhões de pessoas — quase dois terços da população — em situação de deslocamento interno ou vivendo como refugiados ou solicitantes de refúgio em outros países.

Sem contar a situação de refugiados palestinos, que já tem longa duração, os colombianos e os afegãos continuam sendo as segunda e terceira maiores populações forçadas a se deslocar respectivamente — são 7,7 milhões de colombianos e 4,7 milhões de afegãos deslocados. Esses contingentes são seguidos pelos iraquianos — 4,2 milhões — e sul-sudaneses. A crise de deslocamento no Sudão do Sul é a que cresce mais rapidamente.

As crianças, que representam a metade dos refugiados de todo o mundo, continuam carregando um fardo desproporcional de sofrimento, principalmente devido à sua elevada vulnerabilidade. Tragicamente, em 2016, 75 mil solicitações de refúgio foram feitas por crianças que viajavam sozinhas ou separadas de seus pais. O relatório aponta que possivelmente este número seja inferior ao real.

O ACNUR também estima que, até o final de 2016, ao menos 10 milhões de pessoas não tinham nacionalidade ou corriam risco de se tornarem apátridas. Entretanto, os dados recolhidos pelos governos e comunicados ao ACNUR limitavam o número de apátridas a 3,2 milhões em 74 países.

O relatório “Tendências Globais” é uma avaliação estatística do deslocamento forçado e, por esse motivo, acontecimentos relevantes em 2016 não foram registrados. Isso inclui o aumento da politização sobre questões de refúgio em muitos países e o crescimento das restrições do acesso à proteção em algumas regiões.

Desdobramentos positivos também ficam de fora do relatório. São os casos dos históricos encontros sobre Refugiados e Migrantes em setembro de 2016, da emblemática Declaração de Nova York — que estabeleceu uma abordagem mais inclusiva e inovadora para lidar com situações de deslocamento, sob as diretrizes do Comprehensive Refugee Response Framework —, da grande e contínua generosidade dos países anfitriões e das contribuições financeiras governamentais tanto para refugiados, como para outras populações deslocadas.

O ACNUR elabora o relatório “Tendências Globais” anualmente com base em seus próprios dados e também a partir de informações do Internal Displacement Monitoring Centre e dos governos.

O relatório “Tendências Globais” está sendo divulgado na véspera do Dia Mundial do Refugiado, lembrado em 20 de junho. Emissoras de rádio e televisão, imprensa e outros profissionais de mídia têm acesso ao pacote completo com conteúdos relacionados ao relatório. O documento na íntegra e contatos do ACNUR para a imprensa podem ser encontrados no Global Trends Media Page. Acesse em: http://www.unhcr.org/global-trends-2016-media.html.

Direto de: ONUBR

terça-feira, 20 de junho de 2017

“Há risco de novas tragédias”, diz MPF sobre projeto para licenciamento ambiental

Ministério Público Federal diz que PL em tramitação na Câmara desvirtua o conceito de licenciamento e pode repetir episódios como o de Mariana (MG).

Efeitos do crime ambiental em Mariana. (Foto: Leonardo Merçon/Últimos Refúgios)

O Ministério Público Federal (MPF) alerta, em vídeo divulgado na sexta-feira: o principal Projeto de Lei sobre licenciamento ambiental que tramita na Câmara desvirtua totalmente o conceito atual e traz grandes riscos, entre eles o de novas tragédias ambientais – como o rompimento de barragem da Samarco em Mariana (MG), em 2015, que destruiu o povoado de Bento Rodrigues e atividades de camponeses na região.


O procurador Daniel Azeredo, do Distrito Federal, é um dos ouvidos pelo Canal MPF:

– Temos riscos de novos desastres, como o que ocorreu em Mariana. Teremos mais violações a direitos de populações envolvidas, perto de onde ocorrem esses empreendimentos. E, principalmente, perda da nossa biodiversidade e do patrimônio genético ambiental.

O MPF refere-se mais especificamente aos riscos do PL 3729/2004, que foi modificado em relação à proposta original, flexibilizando o licenciamento. O projeto está na Comissão de Tributação e Finanças da Câmara. Um de seus itens prevê uma espécie de licença automática, ao permitir uma adesão autodeclaratória por parte dos empreendedores.

O procurador Felipe Bogado, do Rio de Janeiro, diz que o PL traz um retrocesso ambiental “inimaginável”, ao tirar de órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a participação no processo de licenciamento ambiental.

Confira o vídeo do MPF:




Direto de: DE OLHO NOS RURALISTAS
http://outraspalavras.net/deolhonosruralistas/2017/06/18/ha-risco-de-novas-tragedias-diz-mpf-sobre-projeto-para-licenciamento-ambiental/

Vacina contra câncer de pulmão desenvolvida em Cuba é testada nos EUA

Segundo pesquisadores do Instituto do Câncer Roswell Park, o CIMAVAX-EGF ‘mata o câncer de fome e ele para de crescer’; tratamento é gratuito em Cuba.
 Foto:Wikicommons

Cerca de mil pacientes do Instituto do Câncer Roswell Park, nos Estados Unidos, começaram a receber doses mensais da vacina CIMAVAX-EGF, que combate o câncer de pulmão. O medicamento foi desenvolvido em Cuba por pesquisadores do Centro de Imunologia Molecular de Havana e foi enviado aos EUA antes mesmo da reaproximação entre os dois países. 

Os médicos têm esperança de que a vacina possa funcionar para outros tipos de câncer como o de cólon, de cérebro e do útero. “Os efeitos colaterais para os pacientes cubanos que tomam a vacina têm sido mínimos”, disse o chefe da oncologia torácica de Roswell, Grace Dy, segundo o Cubadebate.

A vacina, que já foi testada em países como Colômbia, Peru, Paraguai e Bósnia-Herzegóvina, passou por extensos testes e estudos antes de ser aprovada como tratamento para o câncer de pulmão. A parceria entre o Centro Imunológico Molecular de Havana e o Instituo de Roswell Park começou em 2011, quatro anos antes da reaproximação entre Cuba e os EUA.

Para o presidente do Departamento de Imunologia de Roswell, Kalvin Lee, “isso foi muito inesperado e nós, como muitos outros, pensávamos que Cuba estava presa nos tempos de ‘I love Lucy’ e sua tecnologia provavelmente se parecia com a de seus carros dos anos 1950”. 

Segundo o pesquisador, reporta o Cubadebate, essa vacina, em vez de atacar a célula cancerígena responde contra o fator de crescimento do câncer. “Mediante a geração dessa resposta imune que neutraliza o fator [de crescimento epidérmico EGF] circulante, mata o câncer de fome e ele para de crescer”, disse.

Embora o tratamento com a CIMAVAX seja totalmente gratuito em Cuba, os estrangeiros que forem à ilha em busca da vacina poderão pagar até 12 mil dólares por um suprimento de um ano do medicamento. Além da importância no combate ao câncer de pulmão, os pesquisadores salientaram a importância do medicamento na prevenção, uma vez que ela impede o crescimento da doença. 

“O que é realmente interessante no CIMAVAX é a possibilidade de que poderá ser usado para prevenir o câncer de pulmão; a causa número um de morte por câncer em homens e mulheres nos EUA é o câncer de pulmão”, afirmou Lee.

Direto de: Opera Mundi 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Como a reforma trabalhista aprofunda a desigualdade social

Ao definir como base para a indenização o salário da vítima, o projeto estabelece que a vida de um engenheiro vale mais que a de um servente.
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Marinho, relator da reforma na Câmara (Foto: Wilson Dias/ABr)
Eles não dormem no ponto. Apesar do terremoto político que deixou o governo Temer em ruínas, sua base de apoio no Senado acelerou a tramitação do projeto da reforma trabalhista e pretende votá-lo até o fim do mês. Buscando mostrar ao mercado a utilidade de sua sobrevida, Temer joga pesado na aprovação. Pelo calendário das comissões, o projeto estará pronto para ir a plenário no dia 28 ou 29.

A aposta na aceleração da reforma trabalhista, em detrimento da previdenciária, está relacionada ao fato de que, por ser um PL e não uma PEC, precisa apenas de maioria simples para sua aprovação. Temer pode ter perdido a maioria qualificada, mas talvez ainda preserve uma maioria capaz de aprovar o PL da trabalhista. Por isso corre.

Parte dos trabalhadores ainda não se deu conta da gravidade desta reforma. Escrevi recentemente artigo aqui mesmo no qual apontava dez dos maiores retrocessos do projeto. Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, teve de utilizar mais de dois alfabetos para elencar as lesões da reforma aos trabalhadores. O projeto, diz ele, cria outra CLT: a Consolidação das Lesões Trabalhistas.

Recentemente me atentaram a um ponto pouco debatido e seguramente dos mais absurdos. Trata-se do chamado "tabelamento dos danos extrapatrimoniais", que estabelece que o cálculo das indenizações trabalhistas será proporcional ao salário da vítima. Dito assim, parece algo normal. Vejamos então no concreto.

Um caso de assédio sexual, por exemplo. Duas funcionárias de uma empresa sofrem assédio do diretor. Uma é executiva e recebe um salário 10 mil reais, a outra é faxineira e recebe mil. Após o crime, elas buscam indenização por danos morais. Se aprovada a reforma trabalhista, pelo tabelamento de danos, a executiva poderá receber uma indenização de até 500 mil reais enquanto a faxineira terá um teto de 50 mil. Pelo mesmo crime de assédio, cometido pelo mesmo assediador.

Tomemos outro caso, de indenização por morte. Cai uma viga na construção de um edifício, matando um engenheiro e um ajudante geral, com salários respectivos de 15 mil e 900 reais. As famílias entram com pedido de indenização. Se vencerem, a família do ajudante poderá receber no máximo 45 mil. A do engenheiro, 750 mil.

Pela reforma de Temer e de Rogério Marinho, a vida de um engenheiro vale muito mais que aquela do ajudante. E a dignidade da faxineira vale muito menos que a da executiva. Precificam a vida de acordo com a posição social. É um verdadeiro escárnio.

Isso, vale dizer, caso os trabalhadores mais pobres consigam ter acesso à Justiça do Trabalho. A mesma reforma que estabelece indenizações pelo regime de casta também cria obstáculos fortes para o trabalhador buscar sua reparação.

Listemos apenas três. Primeiro, o trabalhador lesado na relação de trabalho terá de pagar a perícia caso perca a ação, mesmo que seja beneficiário da Justiça gratuita. Isso evidentemente fará com que muitos recuem dos processos.

Segundo, se o trabalhador faltar à audiência por qualquer problema, terá de arcar com as custas do processo e só após este pagamento poderá entrar com uma nova ação. Atualmente, a lei permite que se remarque até três vezes em caso de falta. Se o trem atrasar ou o filho ficar doente, o trabalhador que busca reparação judicial não apenas perde aquela ação como ainda sai com dívida.

E, terceiro, o incrível malabarismo que pode fazer o trabalhador perder mesmo quando ganha. Trata-se da exigência de pagamento de honorários para pedidos não atendidos pela Justiça do Trabalho. Cito exemplo presente no bom levantamento feito pela bancada petista no Senado, buscando popularizar a compreensão do que está em jogo com a reforma: "Em um processo, Maria fez vários pedidos: horas extras (3 mil reais), multa rescisória (15 mil), dano moral (25 mil). Caso ganhe o primeiro, de horas extras, e perca os pedidos de multa rescisória e de dano moral, Maria terá que pagar custas e honorários à empresa referente às reivindicações que perdeu. Esses custos não serão inferiores a 4 mil reais (10%). Assim, Maria sairá devendo".

Todos estes mecanismos são para intimidar o trabalhador, fazendo com que ele tema buscar judicialmente seus direitos. Como vimos, caso supere todos os obstáculos e vença a ação, estará sujeito a uma tabela de indenizações que coloca preços nos direitos e na vida de acordo com a posição social.

Os senadores querem votar este acinte até o fim do mês. Os trabalhadores e movimentos sociais responderão com mais uma greve geral e com mobilizações de rua. Ainda há tempo de fazer valer a voz da maioria contra a rapinagem empresarial.


Direto de: Carta Capital

Comportamento: Jovens de Hoje

Ser jovem hoje é mais difícil do que foi em outras épocas, mesmo que isto possa parecer inverossímil, pelas facilidades atuais.

Os pais são mais compreensivos, tolerantes, há maior liberdade sexual, de expressão e escolha profissional, o que era inimaginável no passado, entretanto, a dualidade do atual pensamento social coloca, lado a lado, toda a facilidade disponível e a exigência cada vez maior no que diz respeito à competência profissional, à estética, ao sucesso, entre outras coisas, constituindo e sendo responsável por novos sintomas que se manifestam nas relações familiares, na escola e no próprio corpo.

No mundo, hoje, tudo é muito rápido, é mais tecnológico, é todo digital, interconectando uma aldeia global. Hoje não conversamos com a nossa vizinha, batendo um papo na janela.

Os jovens de hoje, abrem o windows e vão direto para as redes sociais e com isso, até os cafés agora também são virtuais. Vivemos uma época em que tudo se entrega, desde pizzas, vídeos, flores, livro, remédios, eletrodomésticos, até maconha.

Nossos jovens vão formando suas personalidades num mundo de entregas rápidas, de soluções imediatas, de falta de espaço para a espera e o amadurecimento, por isso reúnem características diversas e, por vezes, conflitantes como: individualidade, consumismo, má-educação, agressividade, rebeldia, radicalidade, etc.

Como exigir dos jovens que têm à sua disposição todas as facilidades proporcionadas pelos pais e professores, que saiam à luta, que encarem as frustrações que toda conquista requer?

Muitos destes jovens são entregues aos cuidados da escola, do motorista, do terapeuta, para que sejam capazes de estabelecer limites, porque os próprios pais têm dificuldades em educá-los.

As pessoas não nascem iguais em termos de oportunidades, havendo situações de sofrimento que traduzem as falhas dos adultos e da sociedade em ajudar a crescer, saudavelmente, os seus jovens. Como resultado, os jovens passam a fazer das suas relações com os outros uma forma de exteriorização do seu mal-estar, advindo daí problemas tais como dependências de drogas, delinquência, criminalidade, prostituição, desemprego, entre outros.

Estes comportamentos desviantes são complexos, pois suas causas são multifatoriais. Daí a importância da estrutura familiar para a construção da identidade e personalidade dos adolescentes. Se não há uma estruturação sólida, haverá um vazio, uma explosão desagregadora do seu universo e o jovem que se encontra em formação interioriza modelos de relação distorcidos e vai repetir, o que foi aprendido nessas experiências precoces, em padrões de comportamentos desviantes que se fixarão em quadros clínico-patológicos no adulto jovem, caso não haja intervenção terapêutica em tempo para recuperação, por isso é importante crescer tendo referências predominantes de bons modelos.

Esta geração não está perdida, mas perdidos estarão os adultos se não compreenderem que, apesar do descartável e da correria, os jovens precisam da solidez dos valores e da experiência dos mais velhos, de uma boa estrutura familiar, mesmo que eles, com toda onipotência da juventude, achem isso tudo muito ultrapassado.

Sem isso, a construção da identidade e personalidade do jovem estará irremediavelmente prejudicada. É na juventude que desbravamos o mundo, descobrimos quem somos, aprendemos com as experiências da vida e vivemos aquilo que, quando formos mais velhos, será a fonte da nossa sabedoria.

Podem mudar o mundo, surgir novas tecnologias, novos ídolos, novas modas e um novo tudo, mas ser jovem vai ser sempre ser jovem e as coisas que acontecem na juventude ficarão sempre marcadas pela vida inteira.

Autora: Ana Maria Alvin Moura

Direto de: IPE- Isntituto de Pesquisas Evolutivas

Novenário e Festa de São João Batista

Organizações Munduruku se pronunciam contra garimpos nas terras indígenas do povo

Em virtude de uma operação do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama na Terra Indígena Munduruku, no Alto Tapajós, sul do Pará, noticiada pela imprensa (leia aqui), o Movimento Ipereg Ayu, Associação Da’uk e a Associação Pariri, essa última dos Munduruku que vivem no Médio Tapajós, se pronunciam em nota contra o funcionamento de garimpos no interior das terras indígenas do povo. 

Manifestação Munduruku em Brasília contra os garimpos e a morte de Adenilson Krixi pela PF. Foto: Ruy Sposati/Cimi
"Os munduruku que estão nos garimpos estão em um caminho de doenças, mentiras e corrupção, não falam pelo povo e sim por seus interesses. Não são lideranças, são garimpeiros se escolheram o caminho das doenças", diz trecho da nota. Em recente assembleia, ocorrida em março, os Munduruku deram um prazo para que todos os garimpos fossem desmontados e retirados do território tradicional. 

Para os Munduruku, no entanto, a imprensa erra ao lembrar da Operação Eldorado, de 2012, que culminou na morte de Adenilson Krixi: "Nessa operação a polícia invadiu a aldeia Teles Pires (não um garimpo como saiu nos jornais) e um delegado atirou em nosso guerreiro. Aguardamos até hoje que a justiça condene o assassino do Adenilson Krixi".

Leia a nota na íntegra: 

O caminho do povo munduruku

Na luta encontramos forças pra seguirmos nosso caminho. Nós munduruku defendemos que a floresta do rio Tapajós é nossa garantia de vida. A floresta e o rio sofrem com o garimpo já sofremos muitas violências do governo que quer construir barragens em nossos rios. 

Queremos esclarecer alguns fatos sobre a operação contra garimpos em nossa terra e que saíram nos jornais lembrando da Operação Eldorado de 2012 quando nosso parente Adenilson Krixi foi morto. Nessa operação a polícia invadiu a aldeia Teles Pires (não um garimpo como saiu nos jornais) e um delegado atirou em nosso guerreiro. Aguardamos até hoje que a justiça condene o assassino do Adenilson Krixi.

Também falaram nos jornais que a polícia saiu do garimpo depois de meia hora porque não estavam preparados. Os donos de garimpos nem foram incomodados nessa operação.

Por fim nos dias 22 a 24 de março de 2017 em assembleia do povo munduruku realizada na aldeia Sai-Cinza os caciques determinaram a Pusuru que em 15 dias ela notificasse a todos os garimpeiros pariwat ou munduruku que retirassem suas máquinas da Terra Indígena.

Todas as assembleias munduruku reforçam que nosso caminho não é o do garimpo, estamos trabalhando nosso Plano de Vida e em nossos encontros das mulheres nosso caminho está definido que nossa terra é sagrada, que queremos nossos rios limpos, nossos locais sagrados respeitados.

O encontro de caciques e lideranças munduruku do médio Tapajós, na aldeia Sawre Muybu no dia 11 de junho de 2017 que contou com a presença de indígenas da região do Planalto Santareno e do baixo-Tapajós, reforçou que nosso caminho é da luta e contra todas as doenças que envenenam nossas florestas e rios.

Os munduruku que estão nos garimpos estão em um caminho de doenças, mentiras e corrupção, não falam pelo povo e sim por seus interesses. Não são lideranças são garimpeiros se escolheram o caminho das doenças.

Nosso caminho que se fortalece em nossa educação com o Ibaorebu e nos encontros de mulheres e nas alianças com outros povos que lutam por uma vida melhor e autônoma em seus territórios. 

Trabalhamos por isso e continuaremos nesse caminho apesar das ameaças às vidas de nossos guerreiros e seguiremos junto com o Cacique Geral Arnaldo Kaba, denunciando o que está errado.

Sawe!

Movimento Ipereg Ayu
Associação Da’uk
Associação Pariri (munduruku do médio Tapajós)

Direto do CIMI- Conselho Indigenista Missionário

Operação da Polícia Federal prende cinco pastores evangélicos

A Delegacia dе Pоlíсіа dе Vеrаnóроlіѕ, no Rіо Grаndе dо Sul, dеflаgrоu nа ԛuаrtа-fеіrа a Operação Dеuѕ Tá Vendo, еm trêѕ Eѕtаdоѕ. 
Dе асоrdо соm іnfоrmаçõеѕ da Pоlíсіа Cіvіl dо RS, a ação рrеndеu cinco раѕtоrеѕ evangélicos lіgаdоѕ a Aѕѕеmblеіа de Dеuѕ em Itаjаí (SC), Pоntа Grоѕѕа (PR) e Sãо Gоnçаlо (RJ), роr frаudе еm venda de vеíсulоѕ. Sеtе aeronaves foram арrееndіdаѕ na mаnhã dеѕtа quarta-feira pela Pоlíсіа Federal


Segundo o delegado Alvаrо Luіz Pасhесо Bесkеr, dа 2ª DP dе Bеntо Gоnçаlvеѕ (RS), os presos аtuаvаm еm associação criminosa, vеndеndо оѕ veículos роr рrеçоѕ аbаіxо do vаlоr de mercado. Eles аlеgаvаm ԛuе a Igreja hаvіа rесеbіdо os automóveis роr mеіо dе uma doação dа Rесеіtа Federal, роr isso poderiam vеndê-lоѕ роr рrеçоѕ mеnоrеѕ.

O vаlоr арrоxіmаdо dо gоlре gira еm torno dе R$ 1,2 milhão, tеndо mais dе 40 vítіmаѕ só na cidade dе Vеrаnóроlіѕ.

Direto de:

sábado, 10 de junho de 2017

Petrolina, Novo Tempo, desemprego em alta

Petrolina enfrenta uma onda de desemprego em todos os setores, gestão pública e aliados parecem não se importar.

"De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina (Sintcope), somente nos quatro primeiros meses do ano, mais de 500 trabalhadores tiveram suas demissões homologadas. 

É um número alto e que, portanto, nos preocupa porque não estamos assistindo a adoção de nenhuma medida de enfrentamento ao desemprego. Pelo contrário, o que tem havido são tentativas constantes de retirada de direitos dos trabalhadores, conta a assessora sindical, Eunice Nunes. em:
(http://www.sintcopepetrolina.org.br/noticia/desemprego-comercio-de-petrolina-registra-numero-alto-de-homologacoes/591)" 

E como se não bastasse: nesta terça (06), o prefeito Miguel Coelho vetou o projeto de Lei de autoria do então vereador Geraldo da Acerola, aprovado em dezembro 2016, que proibia a dupla função do motorista de ônibus de dirigir e cobrar ao mesmo, acabando com dezenas de vagas de emprego para a função de cobradores/as que o transporte coletivo de Petrolina gerava na cidade.
E mesmo com a pressão da bancada oposicionista, o veto do prefeito foi aprovado por 17 votos a 4.

No início da gestão o prefeito demitiu dezenas de trabalhadores/as que atuavam nas creches Nova Semente com a justificativa que os mesmos geravam um deficit de 749 mil/ano apenas de folha de pagamento para a cidade na área de educação. 

Na área de construção civil ainda não se tem projeção de mudanças relacionadas a queda do desemprego assim como na agricultura irrigada que poderá apresentar diminuição neste primeiro semestre devido a colheita da uva com vagas temporárias. O que poderá ser facilmente justificado se usarem como exemplo o senário nacional.

Mas o que nós perguntamos é: o que o prefeito Miguel Coelho tem feito ou pretende fazer para mudar este senário já que ele postou em sua página no facebook, 


"Há meses repito que o futuro de Petrolina está na nossa mão. Hoje, graças à sua confiança, Petrolina está com a união de todos os poderes a seu favor. A favor do crescimento, das pessoas, a favor de um futuro com mais respeito e oportunidades para todos. 

O apoio do presidente Michel não foi só o de abrir as portas para um prefeito; ele abriu as portas para o futuro de Petrolina. Agora, nossa cidade está com força de novo, com a força do povo e é com ela que iremos superar todos os desafios. Juntos, eu, Fernando Filho, Fernando Bezerra, o presidente Michel e toda a nossa gente somos a força de um #NovoTempo! — se sentindo fortalecido em Brasília." ?

terça-feira, 6 de junho de 2017

A tabuada da violência que avançou em Pernambuco


Em Pernambuco, 2.037 homicídios. Uma média de 500 assassinatos por mês, só de janeiro a abril deste 2017. Ano passado(2016), ultrapassaram a marca estúpida de 4 mil pessoas que tombaram sem vida neste estado nordestino, configurando um aumento de quase 15 por cento(ano) em relação ao periodo médio do programa "pacto pela vida",instalado anteriormente ao governo atual de Paulo Câmara.


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Durante esse período não muito distante, as gestões de Polícia, dobraram o contingente da investigação inteligente, das ações judiciárias e da presença ostensiva de profissionais da segurança nas ruas de todo Pernambuco, incorporando também a força da PM pernambucana nas rodovias do litoral ao ser tão. 

Inexplicavelmente, os índices de violência ganharam fôlego de 2014 pra cá na medida em que o aparato público, foi negligenciado, de modo involuntário e até mesmo do recuo de propósitos da cidadania, oferecidos a partir de estudos e levantamentos gráficos na leitura de cada um dos focos dessa violência que ocorre em diferentes "modalidades criminosas", com a nitroglicerina inevitável que implodiu o sistema prisional, obstaculou em parte o tempo hábil das ações penais e jurídicas e recolheu a presença da polícia do 'modus operandi' ostensivo em defesa do contribuinte e eleitor pernambucano. Dois aspectos que emolduram a população sempre intimada ao cumprimento dessa tarefa compulsória e sem respostas na mesma intensidade. 

A fragilização dos pilares preventivos combinados à sincronia da força institucional das polícias, dão sinais de impotência ante o crime desatando sua ousadia em Pernambuco a sacudir recordes infelizes. Desde o homicídio, assaltos e estouramento de equipamentos eletrônicos e do transporte de valores. Para a enciclopédia sócio-econômica a "amarelada" constatação de desemprego, recuo nos investimentos da educação e desenvolvimento humano. 

A ocupação em conjuntura nacional de considerável tribo política na prática de desvios no tesouro federal, entre outras "explicações da república improvisada. E um caldeirão nada patriótico de crise e escândalos na pauta da imprensa 'brasiliana'.

Esses números do "mural chapa-branca" dão a exata ciência e consequência do "encolhimento e falta de investimento com medidas de tolerância zero", ante a causa e efeitos da violência assustadoramente constatada no estado, o grifo é meu. Escrevemos, mesmo sem as credenciais da sociologia, numa constatação literal, decorrida de tanto tempo na guarita de repórter da raia miúda.

O governo está sendo pressionado pelas diferentes fatias sociais e econômicas em Pernambuco, uma inconformada cobrança de tododa população. A agonizante coletânea do boletim de ocorrências nas delegacias e unidades outras da polícia civil. Uma leitura, distribuida em uma pirâmide formatada pela própria estatística de órgãos oficiais como o IBGE e institutos do estado. 

Uma verdade a dar amplificado barulho nas sirenes em viaturas policiais, da contenção, seja em Recife, toda sua extensão metropolitana, seja Caruaru e região agreste, ou surpreendente rotina de medo em Petrolina, mesmo em situações isoladas e intempestivas.

Por Marcelo Damasceno
repórter de Petrolina PE. Via/Facebook

domingo, 4 de junho de 2017

Novenário e Festa de São João Batista - Comunidade do João de Deus, Petrolina/PE

 A comunidade do João de Deus, Zona Oeste de Petrolina, celebrará  Novenário e Festa em honra ao seu padroeiro São João Batista, que acontecerá na igreja da referida comunidade á partir do dia 10 e junho deste as 19h. E para bem celebrarmos estes momentos veremos aqui um pouco da vida do santo homenageado. 

Quem foi João Batista?


Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus

(Isaías 40:3).



João Batista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia, Mateus, Marcos , Lucas e João.


Segundo a narração do Evangelho de Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos, como o "precursor" do prometido Messias, Jesus Cristo. 

Ele aponta o Cordeiro de Deus aquele que veio para tirar o pecado do mundo (João 1.29). E é considerado por Jesus o maior homem nascido de mulher;


“Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no Reino dos céus é maior do que ele.”
(Mateus 11:11)

A importância do seu nome João advém do seu significado que é "Deus é propício" e apelidaram-no "Batista" pelo fato de pregar um batismo de penitência (Lucas 3,3). Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.

Teve morte de decaptação ordenada por Herodes Antipas (...) Quando a filha perguntou à mãe o que deveria pedir, Herodias pediu que ela pedisse a cabeça de João Batista numa bandeja (Mateus 14:1-12).


É o único santo cujo nascimento e martírio, em 24 de Junho e em 29 de Agosto respectivamente, são evocados em duas solenidades pelos cristãos.





Por: Cicero Do Carmo

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Mais destruição: Senado aprova MP da Grilagem

O texto, que segue agora para sanção de Temer, permite transferência de terras da União a especuladores fundiários e anistia grileiros, gerando mais desmatamento e violência

Imagem da web

O trator de destruição ambiental dirigido pela bancada ruralista e pelo presidente Temer continua a todo vapor. Nesta quarta (31), o Senado aprovou a polêmica Medida Provisória (MP) 759 sobre regularização fundiária e urbana. 

Conhecida como a MP da Grilagem, a proposta - a aprovada na Câmara na semana passada e que segue agora para sanção presidencial -, abre a possibilidade de transferência de terras da União a grandes especuladores fundiários, anistia grileiros de terras, enfraquece a reforma agrária e acaba com o conceito de uso social da terra. 

Com isso, a medida resultará em aumento do desmatamento de florestas, a disputa pela posse de terras e, consequentemente, a violência no campo. 

O texto foi enviado ao Congresso sem nenhuma participação da sociedade e de estudiosos da área. “A medida reformula e revoga uma série de legislações sobre regularização fundiária que vem sendo discutidas há décadas. Anular décadas de trabalho e instituir novas regras via MP, sem nenhuma consulta pública e sem envolver especialistas, é uma aberração”, avalia Marcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.

Para o Ministério Público Federal (MPF), a medida não respeita a Constituição. “A previsão de indenização mediante pagamento em dinheiro por desapropriações para fins de reforma agrária é inconstitucional”, afirma o MPF em nota.

A MP 759 faz parte de um pacote de medidas patrocinado pela bancada ruralista, que visam beneficiar grileiros, vender terras do país aos estrangeiros, acabar com a reforma agrária, liberar agrotóxicos, flexibilizar o Licenciamento Ambiental e acabar com Unidades de Conservação. 

Na semana passada o Senado aprovou também as MPs 756 e 758, que reduzem a proteção de quase 600 mil de hectares de florestas – o equivalente a quatro vezes a cidade de São Paulo. “A cada canetada, áreas deixam de ser protegidas, indo para as mãos de grileiros e, por fim, podendo ser vendidas a estrangeiros. Não são ações isoladas. São articuladas e todas conversam com a destruição”, analisa Astrini.

Diante desse cenário, mais de 140 organizações e entidades ambientalistas, indígenas, de direitos humanos e do campo se uniram no #Resista, movimento de resistência contra os retrocessos ruralistas. 

Neste momento, precisamos nos unir e exigir que Temer impeça que absurdos como as MPs 756, 758 e 759 entrem em vigor. Junte sua voz a esse movimento e mande um recado direto para o presidente nas redes sociais pedindo #vetatudo.

Fonte:Greenpeace Brasil 

Governo Temer repete orçamento do ano passado e interrompe crescimento de crédito para produção familiar

Pouco mais de um ano após a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário pelo governo Temer, pasta voltada para os direitos da agricultura familiar e para a promoção de modelos mais sustentáveis de produção, foi anunciado ontem (31) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2018.

O valor de crédito a ser liberado aos pequenos trabalhadores rurais é de R$ 30 bilhões, a mesma quantia do ano passado, o que interrompe um crescimento sucessivo neste orçamento desde 2013.

Os juros das linhas de crédito variam entre 2,5% e 5,5% ao ano, sendo a taxa mais baixa voltada para a produção de alimentos orgânicos. O plano também contempla um seguro-agrícola com proteção de 80% da renda bruta esperada.

“A agricultura familiar é a verdadeira responsável pela produção de alimentos no país. Incentivar esses produtores, que já adotam sistemas mais sustentáveis de produção, é fundamental”, defende Marina Lacorte, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace. 

“Porém, é tudo que o governo não vem fazendo. No ano passado, a diferença de investimento entre a agricultura convencional e a agroecológica foi de 75%. Independente de quem seja presidente, o governo federal é um dos principais responsáveis pela expansão desse modelo que aplica veneno em nossa comida”.

“Se hoje o agronegócio é tão importante para a economia brasileira, como gostam de afirmar os ruralistas, isto se deve aos enormes incentivos que vem recebendo ao longo de anos, tanto da esfera pública quanto da privada”, acrescenta Lacorte.

Durante o discurso de lançamento do Plano Safra ontem, o presidente Michel Temer pediu celeridade na aprovação da Medida Provisória 759/2016, conhecida como a MP da Grilagem, que transfere terras da União a especuladores fundiários e anistia grileiros, gerando mais desmatamento e violência. Na mesma noite, o Senado Federal aprovou o texto, que agora segue para sanção do presidente.

A dobradinha Bancada Ruralista e Michel Temer é responsável por um pacote de medidas conservadoras que acabam com os direitos e o meio ambiente. 

A redução de áreas protegidas de floresta já foi aprovada, assim como a MP da Grilagem. Mas outras propostas iguais ou piores vêm aí, como a flexibilização do Licenciamento Ambiental, liberação do uso de novos agrotóxicos, venda de terra para estrangeiros, enfraquecimento das leis que regulam a atividade mineradora, o fim da demarcação de Terras Indígenas, entre outros. 

“A atual meta do governo parece ser garantir a maior quantidade de estragos possíveis para a sociedade brasileira enquanto se mantém no poder. Conforme temos visto todos os dias, o que está ruim sempre pode piorar”, conclui Lacorte.

Fonte: Greenpeace

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