O ano de 2016 foi um período cheio de desafios para a comunidade internacional.
A guerra na Síria se agravou, apesar dos esforços pela paz, e conflitos violentos também recrudesceram no Sudão do Sul, no Iêmen e em outras partes do mundo. Na comparação com 2015, houve um aumento de 5 milhões no número global de refugiados.
Ao mesmo tempo, 2016 foi histórico por conta de avanços positivos, como a entrada em vigor do Acordo de Paris e o início do mandato da Agenda 2030 da ONU, um plano ambicioso para colocar o planeta no caminho rumo ao desenvolvimento sustentável.
O ano testemunhou ainda a assinatura de um tratado de paz inédito entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo do país — o que encerrou um conflito interno de 50 anos. Também em 2016, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu desculpas ao povo do Haiti pelo fracasso do organismo internacional em enfrentar adequadamente a epidemia de cólera que matou ao menos 9 mil haitianos desde 2010.
O dirigente máximo da ONU anunciou um plano de 400 milhões de dólares para mitigar o surto e dar apoio a longo prazo para os afetados.
Esse foi o último ano de Ban no cargo de chefe das Nações Unidas, que serão lideradas, a partir de 1º de janeiro, pelo ex-primeiro-ministro de Portugal e ex-alto-comissário da ONU para Refugiados, António Guterres.