O Governo do Estado perfurou, nos últimos quatro
anos, 1.310 poços artesianos, dos quais, segundo a Diretoria de Recursos
Minerais e Hidrogeologia (DRMH), apenas 40% apresentaram água própria para
consumo humano ou animal. Vinte por cento desses poços tinham água salgada e
foram inutilizados. Mas ter água salobra não está sendo um problema.
No assentamento Olho D’água, zona rural de São
Vicente do Seridó, famílias estão usando dessalinizadores solares de baixo
custo e bebendo água de boa qualidade.
Pesquisadores do Laboratório de Referência em
Dessalinização (Labdes) do Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG) defendem que, em tempos de escassez, o
processo é mais barato e eficaz do que arriscar perfurar outros poços e não
encontrar água.
Na Paraíba, segundo o coordenador do Programa
Água Doce (PAD), Robi Tabolka, existem 24 unidades de dessalinização de água
implantadas nas regiões do Cariri, Seridó, Curimataú e Agreste. A estimativa é
que no total, existam mais de 1000 equipamentos deste tipo no Estado.
“Os que são implantados pelo PAD utiliza
recursos do Governo Federal com contrapartida do Estado e em parceria com as
prefeituras, mas existem ainda muitos municípios que implantam dessalinizadores
por conta própria, a exemplo de Juazeirinho, que agora vai contar com mais oito
equipamentos desse tipo”, disse Robi.
Fernanda Figueirêdo
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