Uma cerimônia na sala do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, marcou nesta segunda-feira o Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo, celebrado em 9 de agosto.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A cerimônia na sala do Conselho Econômico e Social destacou importância de melhorar acesso dos povos nativos aos cuidados de saúde; segundo secretário-geral, medida precisa estar na nova agenda global de desenvolvimento.
O secretário-geral
participou do evento e disse que a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável é
"um plano concreto para se acabar com a pobreza" em todos os lugares.
Preservação
O conjunto de
objetivos deve ser alcançado pelos países até 2030, para que ocorram avanços na
inclusão social e na preservação da Mãe Natureza, segundo Ban Ki-moon.
Por isso, Ban pediu
que ninguém seja deixado de lado nos próximos 15 anos, "especialmente os
povos indígenas", que estão entre os grupos mais "vulneráveis e
marginalizados" da população.
Saúde
Ao mesmo tempo, o secretário-geral
lembrou que "história, tradições, línguas e conhecimentos dos indígenas
fazem parte do patrimônio humano". Neste ano, o Dia Internacional dos
Povos Indígenas teve como tema a promoção da saúde e do bem-estar.
Ban Ki-moon afirmou
que os povos nativos "têm o direito de desfrutar dos mais altos padrões de
saúde física e mental, o que significa acesso a todos os serviços sociais e de
saúde".
Desafios
Mas os indígenas
enfrentam vários desafios, alguns possíveis de prevenir, na avaliação do secretário-geral,
como a falta de saneamento e de habitação adequados, falta de cuidados
pré-natal e casos de violência contra a mulher.
Ban afirmou que em
muitos grupos indígenas, as taxas de diabete e de abuso de álcool ou de drogas
são altas. Os povos nativos estão também entre as pessoas mais pobres de seus
países.
O chefe da ONU citou
o caso dos aborígenas, na Austrália, que têm uma taxa de diabetes seis vezes
maior do que a população geral. No Canadá, o índice de suicídio entre os povos
inuit está entre os maiores do mundo, chegando a ser 11 vezes maior do que a
média nacional.
Ban Ki-moon afirmou
que as "estatísticas são inaceitáveis" e por isso, devem ser
incluídas como parte da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Direto da RÁDIO ONU