TRENSALÃO
TUCANO
Polícia
Federal indicia 33 por formação de Cartel e corrupção no Metrô de São Paulo
Finalmente
a Política Federal indiciou a primeira leva de suspeitos de envolvimento na
formação de Cartel no Metrô de São Paulo. Ao todo são 33 indiciados, entre elas
executivos das empresas que participaram do esquema, lobistas, doleiros e
funcionários do governo do Estado, como o atual presidente e o diretor de
operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), respectivamente
Mário Bandeira e José Luiz Lavorente.
O
inquérito investiga o Cartel que superfaturou obras do Metrô de SP durante os
governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, num período de pelo
menos dez anos, entre 1998 e 2008. Todos os indiciados pela PF estão sendo
investigados pelos crimes de corrupção passiva, ativa, formação de cartel,
crime licitatório, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Entre os
indiciados estão funcionários e ex-funcionários das multinacionais Alston,
Siemens, Bombardier, Mitsui, CAF e TTrans. Algumas dessas empresas foram
doadoras da campanha eleitoral de 2014 para o governo de São Paulo, sendo que a
maior parte das doações das empresas envolvidas no Trensalão foi para a
campanha de Geraldo Alckmin (PSDB).
Mas assim
como os demais políticos que receberam doações de empresas acusadas de desvio
de dinheiros público, sejam no caso da Petrobras ou do Metrô de São Paulo, os
tucanos também afirmam em sua defesa que as doações estão “de acordo com a
legislação vigente”. Uma tentativa de tapar o sol com a peneira, já que as
doações privadas para as campanhas eleitorais sempre estiveram e sempre estarão
vinculadas a interesses, seja das empresas que financiam, sempre de olho nos
contratos com o poder público, seja dos políticos que recebem, alimentando o
jogo do “toma lá, dá cá”.
As
investigações sobre os desvios do Petrolão e do Trensalão oferecem ao país uma
oportunidade única, que é a de combater a corrupção e os mecanismos que a
alimentam, punindo corruptos e corruptores e pondo ao fim ao financiamento
privado das campanhas eleitorais.
Mandato
Ivan Valente – PSOL/SP.