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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Papa muda interlocutores da Igreja



É a primeira vez na história da Igreja que um papa convoca líderes de movimentos sociais para um encontro de três dias, e não uma simples audiência protocolar, como a que monitorei em 1980, em São Paulo, ao levar um grupo de sindicalistas, entre os quais Lula e Olívio Dutra, para um encontro com João Paulo II, na capela do colégio Santo Américo.

25/09/2014


Por Frei Betto

Líderes de movimentos populares de vários países terão encontro com o papa Francisco nos próximos dias 27, 28 e 29 de outubro, em Roma. Do Brasil estarão presentes João Pedro Stédile, pelo MST e Via Campesina, e representantes da Central de Movimentos Populares, Levante Popular da Juventude, Coordenação Nacional de Entidades Negras,  Central Única dos Trabalhadores, Movimento de Mulheres Camponesas e um indígena do povo Terena.    

A carta convite é assinada por Stédile e por Juan Grabois, que representa o Movimento dos Trabalhadores Excluídos e a Confederação de Trabalhadores da Economia Popular, da Argentina.

O evento é um desdobramento do simpósio As emergências dos excluídos, realizado em dezembro de 2013, no Vaticano, do qual Stédile e Grabois participaram. 

Denominado Encontro Mundial de Movimentos Populares, contará ainda com a participação de 30 bispos, “de distintas regiões, que mantêm fortes vínculos com o trabalho social e os movimentos populares.”

O evento resulta da articulação do Conselho Pontifício de Justiça e Paz, presidido pelo cardeal ganês Peter Turkson, com diversas organizações populares. Tem como objetivos partilhar o pensamento social de Francisco; elaborar uma síntese da visão dos movimentos populares em torno das causas da crescente desigualdade social e do aumento da exclusão no mundo; refletir sobre as práticas organizativas dos movimentos populares; propor alternativas populares para “enfrentar os problemas que o capitalismo financeiro e as transnacionais impõem aos pobres, com a perspectiva de construir uma sociedade global com justiça social, a partir da realidade dos trabalhadores excluídos”, frisa o convite. Enfim, “discutir a relação dos movimentos populares com a Igreja e como avançar nesse sentido.”


Quando recebi o convite, não acreditei.
Mas era verdade e está acontecendo.
O Papa Francisco convidou lideranças de várias partes do mundo para participar de um encontro com ele. Para ouvir.
Entre os dias 27 e 29 de outubro acontece o Encontro Mundial dos Movimentos Sociais.
Do Brasil, participaram as seguintes lideranças: Eduardo Cardoso (Central de Movimentos Populares - SP), Paola Strada (Coordenação Nacional do Plebiscito Constituinte e Alba), Flávio Silva (Coordenação Nacional de Entidades Negras - SP), Rita Zanotto (Via Campesina Sudamérica), Kenarik Beijikian (Associação de Juizes pela Democracia), Rodrigo (Levante Popular da Juventude - RS), Rosangela Piovizani (Movimento de Mulheres Camponesas/Via Campesina - RS) Ranulfo (C.e.p.i.s - SP), João Pedro Stedile (MST/Via Campesina) e eu.
Do mundo participam 90 pessoas, de mais de 40 países.

Antes o Papa chamava os donos do capital para debater conjuntura. Este Papa chamou os movimentos sociais.
Nada mais oportuno diante da conjuntura nacional que enfrentaremos no próximo período.
Cada convidado pôde trazer para o Papa os símbolos da sua luta. Eu trouxe o boné da CUT por todas as marchas e lutas que fizemos, o livro dos 35 anos do Sind-UTE , artesanato do projeto Jaíba e Vale do Jequitinhonha.
Na manhã desta terça, o Papa pessoalmente veio nos escutar sobre terra, trabalho, vida, meio ambiente e conflitos e a relação de tudo isso com as lutas sociais.
Agora o Papa sabe das nossas lutas.
No período da tarde Evo Morales, presidente da Bolívia, participou debatendo sobre o Estado e os movimentos sociais. Ele nos contou como subverteu a ordem elitista da Bolivia: os indígenas não serviam apenas para votar. Servem também para governar e governam a serviço do povo.  Segundo Beatriz.


Fonte: Brasil de Fato
Foto : Beatriz Cerqueira- facebook.
Adaptado por: Cicero Do Carmo

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Brasil ficou mais forte. O ódio perdeu. De novo.



Dilma derrota o ódio

por Rodrigo Vianna

Existem vitórias maiúsculas pela margem obtida sobre o oponente. E existem vitórias gigantescas, obtidas por estreita margem.
A reeleição de Dilma é uma vitória do segundo tipo. Gigantesca, pela onda conservadora que a candidata teve que enfrentar.
Dilma derrotou o ódio, derrotou a maior onda conservadora no Brasil desde 1964.
Muita gente comparou essa campanha de 2014 à eleição de 1989 – que opôs Collor a Lula. Concordo, apenas em parte. O grau de tensão e terrorismo midiático foi semelhante. Mas há uma diferença importante…
Collor era um líder solitário, com apoio da Globo e um discurso messiânico. Aécio representa outra coisa: a direita orgânica, com apoio dos bancos, de toda a velha mídia, da classe média raivosa, do pensamento econômico conservador, dos pastores mais reacionários, dos pitboys de academia que querem pendurar negros nos postes, do discurso antipetista, anitinordestino.
Ganhar, contra uma onda desse quilate, significa uma vitória gigantesca – que precisa, sim, ser comemorada. Com serenidade. Mas também com alegria.
Dilma derrotou Aécio Neves, o típico garotão arrogante da elite brasileira. Derrotou o sorriso de deboche e a (falsa) superioridade que Aécio exibiu nos debates. Derrotou o discurso de ódio que ele ajudou a disseminar – dizendo que pretendia “libertar o Brasil do PT”.
O Brasil se libertou de Aécio e seus aeroportos privados, de Aécio e sua irmã das sombras, de Aécio e sua corja de apoiadores na imprensa mais porca que o Brasil já teve.
Dilma derrotou a revista da marginal e seus colunistas de longas e conhecidas carreiras. Nos momentos de euforia, esses colunistas enxergam-se gigantes. Mas são anões do jornalismo.
Dilma derrotou os blogueiros apopléticos e seus castelos de areia, derrotou os comentaristas gagos, as mirians, os mervais e outros quetais.
A vitória de Dilma é a derrota de ex-cineastas e ex-roqueiros que se afogam agora na baba elástica do ódio.
Mas Dilma também derrotou os neoliberais, os armínios e fhcs. Esses, talvez, os mais honestos adversários – posto que apresentaram seu programa e o debateram de forma aberta.
O Brasil rejeitou, pelo voto, o discurso de combate aos programas sociais, de redução do Estado: foi a quarta derrota seguida do liberalismo tucano – que quebrou o país nos anos 90.
Também derrotados foram a Globo e Ali Kamel. Quarta derrota seguida – apesar dos pequenos golpes e das edições malandras na véspera do voto. O JN perdeu peso. Kamel é o comandante de um império jornalístico em decadência.
O Brasil rejeitou Kamel e suas teses de negação do racismo. O Brasil apostou no combate à desigualdade, que deve seguir. O Brasil apostou num governo que enfrentou a maior crise da história, desde 1929, sem jogar o peso do ajuste nas costas dos trabalhadores.
O Brasil votou pelo planejamento e contra o  privatismo que entrega até água para o mercado – matando São Paulo de sede.
Foi a vitória da razão de Estado contra o fundamentalismo do Mercado.
Foi a vitória do trabalhismo contra o moralismo rastaquera.
Foi a vitória de Vargas contra Lacerda, de Brizola contra Roberto Marinho.
De quebra, Dilma enfrentou e derrotou o oportunismo marinista. A Rede – criada como aposta na “terceira via” e na “nova política – terminou a eleição abraçada ao conservadorismo tucano.
Depois de destruir dois partidos (PSB e a própria Rede), Marina destruiu a própria imagem e o patrimônio politico acumulado.
Dilma derrotou o ódio nas urnas. Agora é preciso derrotar o ódio e o golpismo midiático.
Na última semana de eleição, já estava claro que o aparato midiático conservador apostaria num terceiro turno.
O PSDB e a velha mídia partirão para o ataque agora, porque sabem que em quatro anos terão que encarar outro osso duro de roer: Lula.
O Brasil deve dizer a eles que tenham paciência. 2018 é logo ali.
Os tucanos que se recolham  às fronteiras de 1932. E façam o debate com Lula em 2018.
Dilma certamente sabe que sua vitória gigantesca só foi possível porque a campanha caminhou alguns graus à esquerda – incorporando jovens e coletivos populares que são até críticos ao governo petista, mas sabem  que significa o tucanato.
Com a onda popular no segundo turno, a presidenta deixou de ser a “gerente”, a administradora escolhida por Lula. Dilma virou a líder de um projeto que só avançará se tiver coragem para colher nas ruas o apoio que talvez lhe falte no Congresso.
Alianças ao centro serão necessárias, mas o apoio popular é que vai garantir apoio verdadeiro, se o aparato conservador partir mesmo para o terceiro turno.

O Brasil ficou mais forte. O ódio perdeu. De novo.

Inscrições abertas para curso online de softwares livres.



ÚLTIMA CHAMADA PARA O CURSO ABERTO DE UBUNTU BÁSICO

Olá! Você se encontra em uma dessas situações?
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- Formata seu computador que trava toda hora?
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para impulsionar sua carreira?
Então este curso é para você. Ainda dá tempo.

O Curso Aberto e Livre (MOOC) de Ubuntu foi iniciado na segunda-feira
(20/10), mas as inscrições vão estar abertas até 03/11. Este curso é
voltado para iniciantes de Software Livre e já contam com 250
inscrições, mas a meta é atingir 1000 inscritos. Mais informações:
- Formulário de inscrição: http://moocs.rea.ufg.br/login/signup.php
- Localização do curso: http://moocs.rea.ufg.br/
- Data de realização: 20/10/14 a 14/12/14
- Encontros online: todas segundas-feiras (19:30 às 20:30) e
quartas-feiras (19:30 às 20:30), ambos no horário de Brasília. As
aulas serão gravadas e disponibilizadas para quem não comparecer.
Participe do próximo encontro online, sem compromisso:
http://youtu.be/-NOFufZylDA
- Apresentação do curso: http://youtu.be/79cg9GJNkyQ
- Certificado: emitido pela UFG, em formato digital, para todos
aqueles que completarem 80% das atividades e nota igual ou superior a
7,0;
- Email de contatos: cursosextensao@inf.ufg.br
- Conteúdo: livre, disponível em http://pt.wikibooks.org/wiki/Manual_do_Ubuntu
- Plataforma: livre, baseado no Moodle 2.5, com personalização
disponível no GitHub.
- Cópia e redistribuição: livre, incentivamos que este curso seja
replicado por outros pares;

Ajude-nos a disseminar esse chamado e atingir a meta, convide seu
amigo, parente ou vizinho.
Marcelo Akira Inuzuka
(62) 9261-4004

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eleições no Brasil evidência mudanças em regiões mais pobres e revela o preconceituoso apartheid social.



O abandono dos serviços públicos (educação, saúde, segurança, transporte, moradia...) que é reservado a classe pobre tem se mostrado um bom negócio para classe rica que condena estes a serviços privados, mantendo total influencia e controle sobre. Qualquer mudança deste sistema leva a um grande descontentamento da classe que mais influencia as decisões políticas causando grande pressão no governo e desestabilizado qualquer projeto de mudança e cunho social.


Eis o grande desafio da reeleita neste domingo (26), presidente do Brasil Dilma Rousseff (PT), com 51,64%( 54.495.265) dos votos válidos pouco mais de 3milhoes de votos de diferença entre o candidato opositor Aécio Neves (PSDB). A  presidente tem pela frente unificar o país em torno de um projeto onde atenda os  interesses de ambos os lados. E como fazer isto? Segundo a presidente que diz não "acreditar na divisão do país e esta aberta ao diálogo", com certeza para acalmar os ânimos e controlar a euforia da significante vitória da classe pobre nas urnas, terá de convencer a classe rica de que as bandeiras levantadas através do povo organizado em movimentos não afetará os interesses econômicos dos que investiram nas campanhas e nem na perpetuação do poder. Mas não será tão simples assim a queda de braço agora não é só esquerda e direita o povo esta percebendo que fazer política é necessário e traz mudanças significativas alguém terá que da o braço a torcer e pelo que tenho testemunhado não será a classe pobre!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Participantes da Plenária Nacional do Plebiscito Popular são barrados na câmara dos Deputados em Brasília/DF


Mesmo acordado anteriormente com o Presidente da câmara Henrique Eduardo Alves, participantes da Planária Nacional do Plebiscito Popular ficaram surpresos com a forma que foram tratados pela segurança  da casa.
Segundo as informações o presidente iria se atrasar para o horário combinado de 14h para 17h e não havia autorizado a entrada do pessoal.

Depois de aproximadamente 3h de espera e com a casa quase vazia de  deputados fora liberado a entrada de aproximadamente 100 dos participantes que exigindo a participação do restante do pessoal deixou o clima um tanto tenso pois dentro e fora da casa gritavam e entoavam cantos e palavras ordem mostrando a força do povo organizado e fazendo eles reforçarem a segurança que carregavam consigo spray de pimenta, cassetetes, bombas de gás lacrimogênio e armas de choque,
depois de uma demorada negociação e de uns poucos deputados apoiadores da reforma política se responsabilizarem pelos militantes, enfim a comemoração e o ato de compromisso de um  Decreto legislativo (para a convocação de uma Constituinte Exclusiva e Soberana de Reforma Política) foi assinado, ficando a responsabilidade de uma mobilização em todos os estados para a adesão dos damas Deputados e Senadores que não estavam presentes e/ou evadiram-se da câmara.
Para a aprovação é necessário 1/3 dos Deputados Federal (171) e ou 27 Senadores.
Quanto a comissão que fora para o Supremo Tribunal Federal fizeram a entrega do resultado sem damas entraves.
Veja o vídeo
Fotos e matéria por: Cicero Do Carmo

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