Marcha do MST para capital da Bahia discute pauta de reivindicações para áreas ocupadas, acampamentos, assentamentos, pede justiça e o fim da violência no campo.

Depois  de marchar aproximadamente 47 km, 3mil trabalhadores sem terra das 7 regiões da Bahia chegam a capital. 
A marcha se iniciou na cidade de Camaçari BA onde homenageou O Bispo D. Tomaz apoiador da luta dos sem terra, caminhou 16 km e sentou acampamento em Cascalheira, na madrugada do dia seguinte deram continuidade com mais 14 km para Lauro de Freitas  e depois do merecido descanso mais 17 km até Salvador onde acampo no prédio do Incra. E paralelo a marcha, durante os  8 dias (3 a 11/05) representações das regiões onde o MST da Bahia  esta organizado. Negociaram a pauta com diversos órgãos públicos, dentre eles: a Governadoria do Estado com o Governador Jaques Wagner, o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Secretaria de Educação.

E como resultado da negociação, entre outros compromissos assumidos, o governo disponibilizou R$ 6 milhões para o avanço da reforma agrária nas regiões, 15 tratores e o prazo de 30 dias para resolução do assassinato do líder sem terra Fábio Santos em Iguaí BA.
 

Um Ano de Impunidade.

MST pede celeridade nas investigações do assassinato de Fábio Santos em Iguaí BA.

Um ano depois do brutal assassinato do militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Fábio Santos, no município de Iguaí, no sudoeste da Bahia, as investigações não têm resposta. Por isso, nesta quarta-feira (2), os trabalhadores sem-terra fazem um ato público em memória e repúdio ao assassinato do militante. 

Em discurso na Câmara Federal, o deputado Valmir Assunção (PT-BA), líder do MST no estado, confirmou o ato para esta quarta e lembrou da atuação de Fábio ao dizer “que essa atividade vai denunciar a morosidade da justiça em relação ao crime”. “Como tantos outros líderes sem-terra Brasil afora, ele vivia sob ameaças, mas nem por isso deixava de atuar em favor da reforma agrária, pois entendia – da mesma forma como entendemos – que esta é a melhor forma de se buscar a justiça no campo. 

Fábio infelizmente teve sua vida interrompida. Mas a sua luta continua, pois é a luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras rurais que querem ter o direito à terra, à produção e a uma vida futura mais digna e com plenos direitos assegurados”, pontuou Valmir, visivelmente emocionado. 

Fonte: Bahia Notícias