Em meio a turbidez das enchentes de denúncias das delações premiadas, resultantes da Operação Lava Jato. No Nordeste - um político se destaca - não por não ter sido envolvido em denuncias de corrupção, mais por usar de estratégias para insolar adversários políticos, conseguir o apoio de prefeituras de municípios do interior pernambucano e estar sempre na cúpula das decisões partidárias dos partidos aos quais já foi filiado.
Fernando Bezerra Coelho atualmente Senador - é herdeiro de Capitania Hereditária, É sobrinho de Nilo Coelho que é filho de Clementino de Souza Coelho (1885-1952), conhecido na região como Coronel Quelê, latifundiário e industrial reconhecido como “chefe político” de Petrolina e região (ambos já falecidos). FBC é conhecido pelos seus adversários políticos como um grande estrategista. Esteve meio"deslocado" politicamente por ter como adversário o tio Osvaldo Coelho - outro velho coronel que passou 40 anos na política e era chamado de "Deputado da Irrigação", falecido em 2015.
Depois da morte do tio FBC, conseguio unir a família e retomar importantes armas políticas da região que é a prefeitura da cidade de Petrolina /PE (além do controle da Codevasf), a qual está sendo governada pelo então prefeito Miguel Coelho , filho mais novo. FBC é também pai do então ministro de Minas e Energia do governo Temer, Fernando Coelho Filho e primo do então deputado estadual Guilherme Coelho.
Agora conseguiu em meio a toda esta "crise de crises" rearticular suas forças e oportunamente sair do PSB e retornar ao velho partido ao qual havia deixado há alguns anos o que causou o descontentamento de adversários como Jarbas Vasconcelos - ex-governador de Pernambuco e atual deputado Federal. ainda tem um outro adversário político que sem dúvida está com "pulga atraz da orelha", que é o ex-prefeito de Petrolina Júlio Lóssio, que apoiado pelo falecido Osvaldo Coelho governou Petrolina por oito anos. FBC tem ainda como ambição política a governadoria do estado de Pernambuco, ou quem sabe ainda, uma vice-presidência da República, mantendo assim a tradição do PMDB.
A vantagem de FBC sobre seus adversários está no seu poder de articulação da política Nacional, não apenas pelo fato de ser senador mais também pela eminente desgraça política dos principais nomes da cúpula do seu atual partido o PMDB. Onde Temer - presidente da República corre o risco ser cassado e perder seus direitos políticos por 20 anos, Eduardo Cunha ex-presidente da Câmara dos Deputados e lobista do partido está preso por acusações de corrupção e o presidente do Senado - Renan Calheiro - citado também em dalações encontra-se meio sumido pelo menos da mídia, claro.
Outros nomes do PMDB como Romero Jucá - líder do governo no Senado, José Sarnei e outros também estão no paredão da Lava Jato.
O PMDB nasce como MDB (Movimento Democrático Brasileiro) formalmente em março de 1966, quando o regime militar instaurou o bipartidarismo no Brasil – a Arena era o partido governista e o MDB a oposição consentida. Dessa forma, predominavam no partido bandeiras democráticas e liberais, como voto direto e liberdades civis. Em 1979, com o fim o bipartidarismo, a sigla ganhou seu nome atual – Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Hoje ainda é o partido com maior número de filiados e bancada no governo. Apesar de nunca ter eleito diretamente um presidente, desde José Sarnei que sucedeu Tancredo Neves (1985-1990), sempre esteve presente nas principais decisões do país através das vice-presidências e posteriormente assumindo a presidência da República no caso de vacância do cargo.
E quanto a FBC, apesar de sua aparente vantagem política sobre seus adversários, ainda pesa sobre ele as acusações feitas pela PGR (Procuradoria Geral da República) - através das investigações deflagradas pela Polícia Federal com a Operação Turbulência (2016, no momento arquivada), por suspeita de ter recebido 41,5 Milhões em propinas da Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa contratadas pela Petrobras para a construção da refinaria de Abrel e Lima.
Ele foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro quando era coordenador da campanha do então governador Eduardo Campos (morto num desastre aério em 2014). mais informações : clique aqui, as quais segundo seu advogado " são baseadas em ilações e sem qualquer rastro de provas(...)".
Quanto a seus seguidores: o defendem ferrenhamente a ponto de desqualificar qualquer um que antagonicamente não comungue de suas práticas tidas como desleais politicamente. É claro que este é apenas um simples resumo da saga de FBC, feita por este blogueiro que há alguns anos acompanha atentamente a conjuntura política de Petrolina e região.
Atualisado hoje 16 de setembro 017.
Por: Cicero Do Carmo