Nosso Blogger

animado

Tradutor

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Osinaldo Souza: na contramão dos Direitos Humanos

Falácias absurdas e incoerências, carimbam a representação do vereador Osinaldo Souza na comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Vereadores de Petrolina PE.

Imagem da web
- Presidente da comissão de Direitos Humanos e Cidadania,  o vereador Osinaldo Souza (PTB), tem causado estranheza pela incoerência que se explicita mediante a função que exerce e a essencialidade do que é defendido pela referida comissão, uma vez que suas declarações e afirmações a respeito de atos de violência sofridos por pessoas que defendem ou sofrem com a violação e negação de seus direitos, parecem não lhes serem suficientes para demandar uma ação mais enérgica ou ate mesmo de solidariedade.

Antes de qualquer menção a defesa dos direitos individuais destas pessoas, o vereador faz alisoões e desfere palavras agressivas que muitas vezes se confundem com sentimento de ódio, autoritarismo e intolerância. pondo-se totalmente contrário ao perfil e o posicionamento de quem sabe da importância e defesa destas causas.

Farei aqui menções a dois fatos que acompanhei recentemente pela mídia local e na própria casa parlamentar. O caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), ocorrido no dia 14 de março deste ano, onde o referido parlamentar diz que Marielle foi morta por vagabundos defendidos por ela.
Ou seja: mesmo sem o desfecho das investigações policiais o vereador se acha no direito de sentenciar quem ele chama de vagabundos e ao mesmo insinuar que Marielle é responsável pela sua própria morte por se tratar de uma ativista dos Direitos Humanos. Leia matéria aqui:

O outro caso recente, ocorrido dia 09 deste mês, é o do vereador Gilmar Santos (PT) da cidade de Petrolina PE, que foi agredido fisicamente com um soco no rosto por um deputado Federal pernambucano (Gozaga Patriota-PSB), simplesmente pelo fato do vereador, em forma de protesto, se recusar a cumprimenta-lo e no ato de  insistência por parte do deputado, considerá-lo ser um dos responsáveis  pelo processo de cassação do mandato presidencial de Dilma Rousseff (PT) ocorrido em 31 de agosto de 2016), usando o termo "golpista". Leia matéria aqui:

Onde o vereador Osinaldo Souza (PTB), também debocha do ocorrido e se coloca no lugar do agressor, que por se tratar de um idoso o golpe não foi forte o suficiente, afirmando que se fosse ele que tivesse desferido o soco a vítima não ficaria de pé.

Estas atitudes e posicionamentos não podem passar despercebidos e nem serem ignorados pela sociedade petrolinense pois não se tratam de casos isolados. Vários outros foram levados a discussão da referida comissão e em sua maioria recebem o mesmo tratamento. Especialmente os considerados mais polêmicos.

É fato que nosso país passa por momentos conturbados em sua conjuntura política, econômica e social. Mais não podemos admitir que a cultura da violência prevaleça e que , interesses e ponto de vista particulares, politiqueiros ou de qualquer outra natureza travem mecanismos imprescindíveis para a liberdade e a defeza dos direitos das pessoas.

Urge um basta neste tipo de atitude!

Por: Cicero Do Carmo

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Mais uma catastrofe ambiental causadas por mineradoras

A foto é do Instituto Evandro Chagas e confirma mais uma catástrofe ambiental causada pela mineração no Brasil. A mineradora norueguesa Hydro deixou vazar rejeitos de sua operação de extração de bauxita que contaminaram mananciais responsáveis pelo abastecimento de diversas comunidades de Barcarena, no Pará. O relatório do Evandro Chagas constatou que os rejeitos da Hydro contêm alumínio, chumbo e soda cáustica. 
A imagem pode conter: céu e atividades ao ar livre

Quem é de Minas Gerais sabe, quem é do Pará também: o rastro de devastação que as mineradoras deixam atrás de si é uma conta que não vale a pena pagar. Taí, mais uma Mariana.

Fonte: Idelber Avelar via facebook

Confira mais informações em:


1º Torneio de futebol de salão amador do bairro João de Deus

Inscreva sua equipe e participe!


Intervenção no Rio de Janeiro pode se tornar palco de mais um fracasso militar

Carta de Frei Beto para o general Braga Neto, interventor no Rio de Janeiro
Resultado de imagem para fotos do exercito no rio de janeiro

"General, o Rio precisa de intervenção cívica, e não militar. O Estado fluminense e a prefeitura carioca estão acéfalos.
Em 10 anos de implantação das UPPs houve tempo suficiente para evitar que uma geração de crianças e jovens escapasse das garras do narcotráfico. Cometeu-se o equívoco de instalar postos policiais nas comunidades, e não escolas, cursos profissionalizantes, quadras de esportes, oficinas de dança, teatro, música e literatura.

O Exército brasileiro acumula uma história de fracassos. Promoveu um genocídio no Paraguai, e até hoje os arquivos da guerra no século XIX são mantidos secretos para não envergonharem a nossa história militar. Fez uma matança desnecessária em Canudos para evitar que os nordestinos se livrassem da tutela dos donos de engenhos.

Deixou-se manipular pela Casa Branca, em 1964, para derrubar o governo democraticamente eleito de Jango, e implantou uma ditadura que durou 21 anos.

Não permita, general, que haja novo fracasso. Não autorize seus soldados a se transformarem em assassinos fardados que, ao ingressar nas comunidades, primeiro atiram e depois interrogam.

Sua missão será tão inútil quanto a das UPPs se acreditar que a violência que assola o Rio é culpa apenas do narcotráfico, dos bandidos e das milícias.

As causas é que precisam ser urgentemente combatidas: a desigualdade social, o sucateamento da escola pública, o desemprego, a falência do sistema de saúde.

Não admita que seus soldados e oficiais sejam corrompidos, como ocorre a tantos policiais e autoridades que engordam a conta bancária ao fazer vista grossa para o crime organizado. De onde procedem as sofisticadas armas em mãos dos bandidos? Quem os mantém previamente informados das operações repressivas?

Os problemas não estão apenas nos morros. Estão sobretudo no asfalto, onde residem os que alimentam o narcotráfico, os políticos corruptos, os que permitem que o nosso sistema carcerário seja sede do comando do crime.

Salve a imagem do Exército, general. E convença os governantes do povo fluminense e carioca a renunciarem, para que sejam convocadas eleições antecipadas. A democracia é sempre a melhor alternativa!"

Frei Beto

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Temer pedirá mandados coletivos de busca e prisão no Rio

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer irá pedir ao Poder Judiciário a expedição de mandados coletivos de prisão e busca e apreensão para a atuação das Forças Armadas no Rio de Janeiro.
Alessandro Buzas/Futura Press
Alessandro Buzas/Futura Press
O peticionamento será feito na primeira instância estadual e partiu de uma sugestão do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro.

A decisão foi tomada em reunião, nesta segunda-feira (19), no Palácio do Alvorada, dos conselhos de Defesa Nacional e da República.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que concorda com a iniciativa e que ela não será feita em endereços específicos, mas em zonas, como bairros e ruas.

"Na realidade urbanística do Rio, você muitas vezes sai com um mandado para uma casa e o bandido se desloca. Então, você precisa ter o mandado de busca e apreensão e captura coletiva, que já foi feito em outras ocasiões, para uma melhor atuação das Forças Armadas e das polícias", disse.

Os mandados de busca e apreensão e de prisão amplos, que não especificam o endereço a ser averiguado, já foram alvo, em outras ocasiões, de críticas de especialistas em segurança pública e direitos humanos que entendem que essa medida abre brechas para violações.

Perguntado, ele negou que os mandados representem uma espécie de "carta branca" para que as Forças Armadas possam cometer exageros.

"Não há nenhuma carta branca, nem carta negra, nem carta cinza. Os militares não estarão exercendo ou substituindo o papel da polícia. Não vamos confundir a intervenção, que é um ato administrativo por excelência, com a ação militar, que é GLO [Garantia da Lei e da Ordem]. GLO é a mesma que está valendo lá desde o ano passado e há claramente uma subordinação ao Estado Maior das Forças Armadas, ao Ministério da Defesa, afirmou.


Segundo o ministro, o presidente publicará nesta semana medida provisória para a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública e anunciará o titular da pasta. O mais cotado é o ex-secretário estadual do Rio de Janeiro José Beltrame.

NOMEAÇÕES

Na reunião no Palácio da Alvorada, convocada às pressas, o general Villas Bôas também solicitou mais recursos para ações de segurança e, em resposta, o presidente garantiu que haverá complementações orçamentárias.

O encontro teve como objetivo ouvir os conselhos de Defesa Nacional e da República sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro.

A Constituição Federal prevê que os dois conselhos sejam ouvidos para "opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal". Eles não têm poder de veto à iniciativa presidencial.

Na reunião, a maior parte dos 25 integrantes presentes no encontro concordou com a necessidade da medida anunciada na semana passada.

Na votação, houve duas abstenções, dos únicos representantes de partidos de oposição: os líderes da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Humberto Costa (PT-PE).

O presidente poderia ter convocado os conselhos antes da decisão pela intervenção, em caráter consultivo, mas só o fez depois, quando já havia sido anunciada a medida, o que foi criticado nos bastidores inclusive por parlamentares da base aliada.

Para a reunião, eram previstas as presenças de seis representantes da sociedade civil, mas só foram nomeados três, todos pela Presidência. As indicações da Câmara e do Senado não foram feitas para o encontro.

Foram indicados pelo presidente o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso, o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) Jorge Macedo Bastos e o ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Distrito Federal Francisco Caputo.

O primeiro é amigo de Temer há mais de 35 anos e chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Justiça no ano passado e o segundo é próximo ao ex-senador Wellington Salgado (MDB-MG).

Na saída do encontro, Humberto Costa disse que não foram apresentados pelo presidente os motivos para a intervenção. Jungmann rebateu a crítica do petista.

"Os motivos foram os seguintes: como está hoje na manchete de um grande jornal nacional, 43% das entregas dos Correios no Rio só acontecem por escolta armada", disse.

"Por fim, o argumento que considera da maior importância para fundamentar essa intervenção: o fato de que mais de 800 comunidades no Rio vivem um regime de exceção, sob controle do crime organizado, das milícias e do tráfico. Esses cariocas não têm direitos e garantias constitucionais.

O ministro fez referência à manchete da Folha de S.Paulo desta segunda (19), segundo a qual, com a onda de violência, 4 em cada 10 endereços na cidade do Rio de Janeiro têm restrições para entregas do Correio.

Fonte: FOLHAPRESS

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Dez detentos são mortos em cadeia pública de Itapajé no Ceará

Dois dias após a maior chacina da história do Ceará, um novo extermínio em massa causa choque e agrava a crise da Segurança Pública no Estado. 
 
 Dez detentos foram mortos na manhã de ontem dentro da Cadeia Pública de Itapajé (a 124 km de Fortaleza). O pano de fundo dessa matança é o mesmo que esteve na chacina de sábado, 27, no bairro Cajazeiras, na Capital, quando 14 pessoas foram mortas. O conflito entre facções justificaria os homicídios no atacado.

No entanto, a versão oficial é de que a chacina de Itapajé não foi uma represália ao que ocorreu nas Cajazeiras. De acordo com André Firmino, titular da delegacia da cidade do Interior, já existia um acirramento entre os detentos de facções rivais na unidade e não há uma relação causa/consequência entre os homicídios de sábado com os de ontem.

“Também pensei em um primeiro momento haver uma ligação com a chacina em Fortaleza. Mas depois das oitivas com os envolvidos, e até mesmo vítimas, é possível ver que não há essa relação”, afirma o delegado. Nove pessoas foram interrogadas durante toda a tarde de ontem na Delegacia de Itapajé. Seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado em flagrante. São eles: Alex Pinto Oliveira Rodrigues (24); Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues (22); Artur Vaz Ferreira (26); Francisco das Chagas de Sousa (24); Francisco Idson Lima de Sales (19); William Alves do Nascimento (20). Todos admitiram o envolvimento e confirmaram que a presença de detentos de uma facção rival motivou a ação. A Cadeia Pública de Itapajé tinha, até a chacina de ontem, 83 presos. Com sete celas, operava com o dobro da capacidade. No momento em que as mortes ocorriam, apenas um agente penitenciário estava de plantão no local para dar conta de todo o contingente da unidade prisional.

“Itapajé é uma cidade onde as Polícias Civil e Militar estão prendendo o tempo inteiro. Só tem um agente penitenciário por dia. Era para ter uma ou duas guaritas e, principalmente, um sistema de videomonitoramento para saber das ações deles”, complementa o delegado André Firmino.

Dois revólveres calibre 38 foram encontrados após as mortes. Assim como munições, duas facas, uma pequena quantidade de drogas e 14 telefones celulares. A unidade dispõe de aparelho de raio-x e ainda se investiga como tudo isso entrou na cadeia.

Na parte da tarde, além dos interrogatórios, os trabalhos em Itapajé se concentraram em duas frentes: a remoção dos nove corpos das vítimas (uma morreu no hospital da cidade) e no trabalho de transferência de 44 presos.

Quanto aos que morreram, quatro corpos foram encaminhados para a Perícia Forense de Canindé e outros seis foram levados para Sobral. Além dos dez homens assassinados, a chacina deixou cinco presos com ferimentos leves — que retornaram à Cadeia Pública ainda no período da tarde — e outros três em estado mais grave, que foram encaminhados a um hospital de Fortaleza.

Os 44 detentos transferidos foram encaminhados para outras unidades da Região Metropolitana de Fortaleza. Todos, segundo o delegado André Firmino, ligados a alguma das duas facções envolvidas na chacina. Esses 44 vão ser divididos nas unidades prisionais de acordo com a facção da qual digam fazer parte. Outros 29 detentos ficaram na Cadeia Pública de Itapajé por não terem ligação com nenhuma organização criminosa. São presos por crimes sexuais ou por falta de pagamento de pensão alimentícia.

A chacina de Itapajé é a terceira do Ceará em 2018. Antes dela e da das Cajazeiras, um primeiro crime também relacionado à rivalidade entre facções ocorrera em Maranguape. Lá, no dia 12 de janeiro, quatro pessoas foram assassinadas.

Somando esses três crimes, o Ceará contabiliza, neste ano, 28 mortos em chacinas. O número é o mesmo do total de mortos nesse tipo de homicídio em massa em todo o ano de 2017.

Com informações do Jornal “O Povo”. Foto: TV Verdes Mares

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

14° intereclesial das CEBs, Londrina PR.

O 14° Intereclesial das CEBs (Comunidade Eclesial de Base) reuniu cerca de 3.300 delegados/as, representantes de Dioceses e Arquidioceses de cidades de todos os estados brasileiros. 

Sediado desta vez pela Arquidiocese de Londrina PR, Região Sul do Brasil - contou com a participação de mais de 60 Bispos, inúmeros Padres, religiosas/os, leigos/as, Pastores de outras denominações religiosas e igrejas Cristãs, povos indígenas, Quilombolas e representantes de outras nações da América Latina e Caribe, movimentos sociais e populares. 

O evento ocorreu  nos dias 23 á 27 deste. Teve como tema: CEBs e  os Desafios no Mundo Urbano, e Lema " Eu vi e ouvi os clamores de meu povo e desci para liberta-lo" (Ex. 3,7).

Mini plenárias (Trabalhos de grupos)


O conteúdo dirigido nas discussões das mini plenárias elaborados pelos acessores com reflexões na perspectiva do VER, JUGAR, AGIR, fora dividido em:

As mudanças no mundo do trabalho e os impactos na participação da comunidade;

Pluralismo:  Ecumenismo e diálogo religioso;

Democratização e participação na política partidária;

O desafio das juventudes;

Movimentos e organizações sociais e populares;

Ecologia e o cuidado ambiental;

Mídias, novas tecnologias e direito a comunicação;

Direito a saúde e saneamento;

A questão da violência e da segurança;

Os desafios da formação e educação;

Desafios de acesso e participação da cultura e lazer;

O acesso e condições de moradia;

Os desafios da mobilidade (transporte e locomoção).

Momentos Místicos:


Caminhada dos Mártires - percorreu ruas da cidade de Londrina e finalizou na praça da serigueira (aterro do Igapó). Lembra a vida de pessoas humildes que tiveram suas vidas ceifadas, na maioria dos casos de forma violenta, pelo simples fato de lutar por direitos e defender vida.




Delegações:


As delegações vindas de todas as regiões do país caracterizando seus respectivos estados e regionais, Dioceses  e Arquidioceses. Eram compostas por Bispos, Padres, Seminaristas, religiosas/os e leigos organizados em suas paróquias e comunidades e movimentos.

A exemplo disto, a Região Nordeste (Nordestão - dividido em sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão) com participação de 105 delegados/as. 
foto tirada na Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Londrina PR.
A Regional NE2 (Sertão), contou com  a participação de representantes das 21 Dioceses dos Estados do RN, PB, PE, AL.


Povos tradicionais:

Indígenas - mais de 30 tribos marcaram presença no evento. fizeram denuncias de crimes e perseguições que estão sofrendo, reforçaram as revindicações do direito a terra e disseram não se sentir representados através dos conteúdos em debate. 
Da mesma forma o povo quilombola, em especial a mulher negra, que afirma não se sentir representada diante das questões abordadas pois ainda são as que mais sofrem com a violência, o preconceito, a discriminação racial e a exclusão social no país. 
O 15° intereclesial das CEBs será no estado do Mato Grosso na cidade de Rodonopolis a qual recebeu em mãos o ícone das CEBs que é a cruz peregrina.
Destaque para os paroquianos/as Londrinenses que acolheram em seus lares, durante os quatro dias do evento, de forma bastante receptiva todas as delegações.  
Famílias da Paróquia Nossa Senhora do Carmo recepcionando participantes do evento

Por Cicero Do Carmo 

A tragédia em fortaleza e o silência da grande mídia

Grupo armado invade festa e mata 14 pessoas no Ceará; um suspeito é detido
Imágem divulgação: Folha de São Paulo

Sobre a tragédia de Fortaleza, vale a leitura. 

No dia 7 de janeiro de 2015, há três anos, dois atiradores, Saïd e Chérif Kouachi, mataram 12 pessoas em Paris, incluindo parte da equipe do jornal Charlie Hebdo. Até aquele momento, aquele atentado foi considerado um dos piores que Paris havia presenciado e, imediatamente, uma gigantesca comoção mundial se fez. 

O clamor, a dor, a indignação tomou conta das redes sociais. Orações de desespero, manifestações de solidariedade e EMPATIA com a dor dos franceses que foi demonstrada nos milhões de perfis no mundo que passaram a estampar as cores da bandeira francesa com o lema solidário, "Je suis Charlie". Aqui no Brasil isso não foi diferente, de tal maneira que, na época ficava-se na dúvida sobre em que país estávamos. 

Pois bem, ontem dia 27 de janeiro de 2018, um grupo armado metralhou um clube pobre da periferia da capital cearense, Fortaleza, e muito pouco se falou. Os mortos foram adolescentes, mulheres, alguns trabalhadores autônomos num forró. Ninguém mudou o perfil, tão pouco, empunhou algum slogan dizendo, "Je suis Cajazeira", "Je suis Fortaleza"... 

Quem se importa com isso? Foram 14 pobres a menos, "que se matem" é o que dizem e pensam alguns. Para a periferia, acossada pelas facções criminosas que dominam esses bairros, não há democracia, não há solidariedade. Há o medo, o desespero, a desgraça de não ter nascido em Paris. O simples espaço geográfico que habitam condiciona os olhares, os sentimentos, a desconfiança, a rejeição. 

Meus conterrâneos são os esquecidos moradores de uma periferia de uma capital do Nordeste. São invisíveis. A lista de mortos do jornal não trazia nomes, "duas adolescentes", "um motorista de aplicativo" um ambulante... não são ninguém, só têm um sexo e uma idade. Nesse país grande e equivocado chamado Brasil, se chora pelo distante e se comemora a tragédia e a dor dos que estão perto. Uma nação que odeia o pobre porque é o reflexo no espelho que quer negar.

Professora

Dra. Sônia Meneses,

Universidade Regional do Cariri.

Campanha CPC- Central Popular de Comunicação

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, texto

Precisamos urgente de 867 assinaturas. Conto com vcs amigos/as
Cilque aqui e inscreva-se:
https://www.youtube.com/user/75cicero

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Prefeito Miguel Coelho sanciona Lei que proíbe abordagem sobre questões de gênero e diversidade na formação escolar

A lei 2.985/17 foi sancionada em 19 dezembro de 2017 e versa sobre a proibição dos estudos de gênero, diversidade e educação sexual nas escolas da rede municipal de ensino.
Grupos que detêm o poder majoritário na política e na mídia se articulam em uma contraofensiva conservadora que visa atacar os poucos avanços na sociedade contemporânea em relação às pautas de mulheres e LGBT’s, avanços esses conquistados às duras e muitas vezes sangrentas batalhas. Em Petrolina, infelizmente, não tem sido diferente. O projeto de Lei do Vereador Elias Jardim aprovado na Câmara Municipal no dia 8 de dezembro do ano passado, foi sancionado pelo prefeito no dia 19 do mesmo mês. O “Novo Tempo” do prefeito Miguel Coelho segue o fluxo do retrocesso desses tempos sombrios.

Leia na íntegra: lei 2.985.17 Genero nas escolas Elias Jardim

Alinhado com a agenda conservadora que ocupa o poder legislativo dando sustentação ao golpe e à agenda de retrocessos no país como um todo, o prefeito ignorou o pedido de #VetaPrefeitoMiguelCoelho de uma significativa parcela da sociedade atendida pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos, que ele mesmo criou no início de sua gestão e tornou Lei um projeto pautado no uso de um conceito inexistente, o da “ideologia de gênero” e que, na verdade, censura o debate e ensino em sala de aula das escolas municipais em torno das questões de gênero, debate importante para superação de violências históricas contra as mulheres e a população LGBT, gerando um clima de patrulha ideológica ao ofício do professor.

Saiba mais sobre a invenção do conceito de ideologia de gênero

A Lei 2.985/17 foi sancionada e está em vigor desde o dia 19 de dezembro em Petrolina, mesmo depois do STF já ter se posicionado em relação a leis desse tipo em outros municípios, a exemplo de uma semelhante feita em Paranaguá (PR) suspensa pelo ministro Luís Barroso pela sua inconstitucionalidade e comprometimento da educação de crianças em sua proteção integral, uma vez que a impede de ter conhecimento sobre “questões pertinentes à vida íntima e social”. O prefeito Miguel Coelho escolhe o lado do obscurantismo quando concorda com uma Lei que censura professores e educadores a tratar de uma questão, e não uma ideologia, tão importante para o exercício da igualdade de gênero e da tolerância e respeito à diversidade.

Em um país onde uma mulher é violentada a cada 11 minutos, 3 de cada 5 mulheres já sofreram agressões em relacionamentos e onde mais se mata LGBT’s no mundo, um a cada 25 horas, discutir gênero nas escolas é uma necessidade que pode tornar efetivo o compromisso da educação com a vida, com a justiça, com as liberdades individuais e com a cultura de paz. Negar-se a ele, ou pior, proibir esse compromisso por parte do educador que deve ofertar o conhecimento acerca do que está na fundamentação desses problemas é uma outra violência, a violência da invisibilidade que não mata diretamente, mas deixa morrer.

Ascom

Gabinete do vereador Prof. Gilmar Santos

sábado, 13 de janeiro de 2018

Fortaleza recebe feira da Reforma Agrária organizada pelo MST

Além dos produtos vindos dos assentamentos e acampamentos, a feira que este ano tem como tema: "as feiras orgânicas e agroecológicas como processo de resistência na cidade de Fortaleza", também é um espaço de debate.
Acontece no próximo sábado (13), no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, a XVII Feira Cultural da Reforma Agrária do MST Ceará.

Além dos produtos vindos dos assentamentos e acampamentos, a feira que este ano tem como tema: "as feiras orgânicas e agroecológicas como processo de resistência na cidade de Fortaleza", também é um espaço de debate.

Esta edição contará com uma roda de conversa especial com representantes das organizações que realizam feiras na cidade de Fortaleza, como: Mercado dos Pinhões, Sapiranga, Benfica, Centro Frei Humberto (CFFH), Centro de Estudo e Trabalho e Assessoria ao Trabalhador (CETRA), Fundação Cultural Educação Popular em Defesa do Meio Ambiente (CEPEMA) e MST.

As feiras do MST têm como objetivo proporcionar a população urbana o acesso à alimentação saudável. Trazendo debates importantes da atualidade. É um espaço de mística, encontros, animação, de provar os saberes e sabores da terra e da luta.

Para além dos produtos da Reforma Agrária, a feira trará produção intelectual brasileira e internacional com a participação do Plebeu Gabinete de Leitura, o almoço com comidas típicas, e música ao vivo com a banda “Chama que eu Vou”.


Confira a programação completa:
09:00 – Início da Feira Cultural;
10:00 – Debate;
12:00 – Almoço e música ao vivo com a banda “Chama Que Eu Vou”

Para mais informações, clique aqui.

 
Da Página do MST

Desafios para 2018: defender a democracia, Lula e a realização do Congresso do Povo

Durante mesa de Análise de Conjuntura dirigentes apontam os desafios da população brasileira
Para dar continuidade às atividades do 30º Encontro Estadual do MST na Bahia, foi realizada, na tarde da quarta-feira (10), uma mesa de Análise de Conjuntura com o objetivo de trazer o cenário político e os grandes desafios do povo brasileiro para 2018 e para o próximo período.

O espaço contou com a participação de Gleisi Hoffmann, Senadora e Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), e João Pedro Stédile, da Coordenação Nacional do MST.

Para Stédile, são duas as tarefas a serem cumpridas no curto prazo. A primeira fazer uma grande mobilização em Porto Alegre e em todo o Brasil antes e durante o dia 24 de janeiro, para impedir a inabilitação e prisão de Lula, com a realização de vigílias, acampamentos e mobilizações. A segunda, e última tarefa, é a realização do Congresso Nacional do Povo no mês de julho, construindo processos locais e estaduais para mobilização da população, com o objetivo de debater quais são os reais problemas do povo, quais são os culpados e o que fazer
para mudar o Brasil.

Ele disse também que no cenário atual existem contradições entre os inimigos do povo,- a burguesia-. “Apesar das medidas na economia contra o povo, como a retirada de direitos e cortes, não houve saída da crise. O projeto deles não é um projeto de nação e o povo não se reconhece nele. Há fraturas entre esse bloco e esse é o governo com menor legitimidade da história da república no país”, pontuou.

Ainda sobre o tema da investida da direita para prender e inabilitar a candidatura de Lula, Stédile frisou que “Lula representa a classe trabalhadora brasileira, se prenderem ele, estão prendendo a classe trabalhadora”, finaliza. Glesi Hoffmann, em sua fala, saudou o MST, a história de luta e resistência do Movimento no enfrentamento, não somente na disputa pela terra, mas na luta pela democracia e pela soberania nacional. Para a senadora é preciso “fortalecer os movimentos sociais e a organização popular”.

Diante da perseguição e seletividade do judiciário e mídia golpista ao ex-presidente Lula, Gleisi ressaltou a necessidade de “não sair das ruas, e mostrar para eles que não tem base para inabilitar e prender Lula. Faremos uma luta sistemática no Brasil. Eles que venham, pois estamos preparados”, concluiu.

O Encontro Estadual do MST segue até domingo (14), em Salvador, e conta com uma ampla agenda de debates e reflexões para nortear a ação do movimento durante o ano.

Confira detalhes da programação e do evento aqui.

Por Jamile Araújo
Da Página do MST

Atentam contra igrejas católicas em Santiago antes de visita do papa

Três igrejas católicas foram atacadas com artefatos explosivos nesta sexta-feira (12) em Santiago, encontrando-se em seus arredores panfletos e grafites contra a visita do papa Francisco, cuja popularidade no Chile é a mais baixa da América Latina.
Imagem da porta queimada na igreja de Santa Isabel de Hugria, em Santiago, onde ocorreu um ataque, em 12 de janeiro de 2018
"Papa Francisco, as próximas bombas serão na sua batina", podia-se ler em um panfleto encontrado na igreja Santa Isabel de Hungria, na comuna de Estación Central, oeste de Santiago, onde ocorreu o primeiro ataque.

Imagens mostravam policiais analisando a cena na igreja, cuja porta apresentava sinais de um incêndio.

A igreja Emmanuel de Recoleta também teve danos em suas portas e janelas, assim como a paróquia Cristo Vencedor, em Peñalolén. Um quarto artefato deixado na igreja Santuário de Cristo Pobre, no centro de Santiago, não foi ativado.

"Para o papa 10 bilhões (de pesos) e os pobres morrem nos povoados", dizia um grafite na fachada desta igreja.

O comandante da Polícia chilena, Gonzalo Araya, culpou "grupos anarquistas" destes ataques que causaram danos menores.

Os atentados "têm semelhanças, mas não necessariamente estão relacionados uns com os outros", afirmou o subsecretário de Interior e Segurança, Mahmud Aleuy, confirmando que "o governo apresentará uma ação nas próximas horas por infração à lei de armas" após visitar dois dos três templos atacados.

A poucos dias da chegada do papa, que na segunda-feira inicia uma visita de três dias ao Chile, o arcebispo de Santiago se declarou penalizado "por estes feitos, que contradizem o espírito de paz que anima a visita do papa ao país".

Para a presidente Michelle Bachelet, esses ataques são "muito estranhos, porque não é algo que alguém possa identificar, como um grupo específico, se chama 'corpos livres'".

 
 A segurança de Francisco é um quebra-cabeças para os organizadores da viagem, já que além dos percursos no papamóvel, ele celebrará missas em Santiago e nas cidades de Temuco e Iquique, nas quais são esperadas 1,2 milhão de pessoas.

Francisco chegará a um Chile onde 59% da população se declara católica - em constante queda -, mas que vive uma "secularização acelerada" desde a revelação dos casos de abusos sexuais de sacerdotes, segundo um estudo da consultora Latinobarómetro divulgado nesta sexta-feira.

A avaliação do pontífice e da Igreja Católica no Chile é a pior da América Latina.

Enquanto na região a média de avaliação o papa é de 6,8 (de zero a 10), no Chile é de 5,3, e apenas 36% dos chilenos dizem "confiar" na instituição.

O "Chile é o país que mais desconfia da Igreja", disse Marta Lagos, diretora da Latinobarómetro, em coletiva de imprensa.
 AFP / Nicolas RAMALLO Visita do Papa ao Chile e Peru

Trump usa palavras ofensivas ao falar de imigrantes haitianos e africanos

O presidente Donald Trump usou palavras ofensivas nesta quinta-feira durante um encontro com congressistas sobre a reforma migratória, ao perguntar por que os Estados Unidos deve aceitar pessoas procedentes de "países de merda".
 

O chefe de Estado se reuniu com senadores e legisladores na Casa Branca para falar sobre uma proposta bipartidária que limitaria a reunificação familiar e o chamado programa "sorteio de vistos", em troca de evitar que centenas de milhares de jovens em situação irregular sejam deportados.

"Por que todas essas pessoas de países de merda vêm para cá?", perguntou Trump, segundo relataram fontes ao jornal The Washington Post.

O jornal The New York Times noticiou a mesma informação, citando pessoas próximas ao encontro.

O presidente se referia cidadãos do Haiti, do El Salvador e de países africanos. Ele sugeriu, ao mesmo tempo, que os Estados Unidos deveriam receber imigrantes de lugares como Noruega, país com cuja primeira-ministra se reuniu na quarta-feira.

Os comentários de Trump alarmaram os congressistas que participaram da reunião.

O senador republicano Lindsey Graham e o senador democrata Dick Durbin foram à Casa Branca para apresentar sua proposta bipartidária, mas para o encontro também foram convidados ativistas republicanos com uma posição muito dura a respeito da imigração.

Os dois estão tentando obter uma solução para os chamados "dreamers" (sonhadores), os quase 800.000 jovens sem documentos que chegaram aos Estados Unidos ainda quando eram crianças. 
" Só para refrescar a memória do presidente Trump e informar melhor os leitores deste bolg: citaremos aqui uma matéria do Operamundi de 2010, com o seguinte Título:"

Atuação dos EUA no Haiti tem interesse geopolítico, dizem analistas
(...) Ontem, (18) o secretário de Estado de Cooperação francês, Alain Joyandet, pediu que a ONU (Organização das Nações Unidas) definisse o papel dos EUA no Haiti, porque “não se trata de ocupar o país, mas de ajudá-lo a recuperar a vida”. No entanto, só foi definido até agora o pedido de envio de 3,5 mil soldados e policiais pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.

Na opinião de especialistas, o desejo dos EUA de aliviar o sofrimento do povo haitiano é inegável, assim como os interesses geopolíticos por trás da operação.

“Além da ajuda humanitária, os EUA têm a preocupação de preservar sua influência e hegemonia no continente”, afirmou o professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Félix Sánchez, ao Opera Mundi.

Para Reginaldo Nasser, também professor da PUC-SP, é crescente nos últimos anos a relação entre ajuda humanitária e interesse nacional. Em entrevista a O Estado de S. Paulo, ele cita o furacão Mitch, que atingiu a América Central, em 1998. Para Honduras receber auxílio norte-americano, o país foi “pressionado a privatizar portos, aeroportos e sistemas de comunicação (...)”.
 
"Trump com a delicadeza de um bucéfalo esquece que é responsável também pela miséria presente naquele país um vez que o vê não apenas com um olhar altruísta ou parceiro comercial mas como uma linha de defesa de seus interesses o qual caindo nas mãos do inimigo pode afetar a estabilidade do Caribe e da América Latina, portanto, é estrategicamente importante para os Estados Unidos.
Hoje com  a reabertura das negociações com Cuba o povo haitiano que busca refúgio em seu país, "mora em um pais de merda" e não passa de sonhadores."

Por; Cicero Do Carmo
Com informações de AFP Notícias


Mais Postagens