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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Juiz é acusado de perseguir indígenas e obrigar agentes públicos federais a cumprir reintegração de posse no MS

Numa operação desproporcional, quase uma centena de policiais despejou nove famílias Guarani Kaiowa do tekoha Apyka'i, na manhã desta quarta, 6, no município de Dourados (MS). 
Os pertences dos indígenas foram retirados e colocados em caminhões, e todos os barracos foram destruídos com um trator do tipo pá carregadeira.
O proprietário da fazenda, Cassio Guilherme Bonilha Tecchio, estava no local, e garantiu a servidores públicos que não violaria os túmulos dos nove indígenas enterrados no local. A área é arrendada para o plantio de cana da Usina São Fernando, propriedade de José Carlos Bumlai, preso em 2015 na Operação Lava Jato.

A operação teve início às 6 da manhã e foi realizada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, em cumprimento à decisão judicial de reintegração de posse da área, assinada pelo juiz substituto Fábio Kaiut Nunes, da 1a. Vara da Justiça Federal de Dourados. A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi informada do despejo apenas quando as forças policiais haviam iniciado o procedimento.


A reintegração foi realizada mesmo com pedido da Funai de suspensão de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não julgado - o STF aguardava a manifestação do Ministério Público Federal (MPF) no processo para decidir sobre o pedido. Também, o despejo ocorre uma semana após a publicação de uma portaria da Funai, na última semana, estabelecendo o Grupo de Trabalho (GT) responsável pela demarcação de Apyka'i.

Os caminhões levariam os pertences dos indígenas a qualquer lugar que eles quisessem. O lugar escolhido foi a beira da estrada em frente ao tekoha, onde por mais de uma década viveram os Kaiowa e, agora, debaixo de chuva forte, a 10 graus de temperatura, os indígenas voltam a erguer novos barracos.

Prevaricação
Esta não é a primeira vez que o juiz substituto em estágio probatório da 1a. Vara da Justiça Federal de Dourados decide pela reintegração de posse contra os Kaiowa de Apyka'i, apesar da forte oposição dos indígenas e de diversas organizações de direitos humanos do mundo todo contra o despejo.

Na última decisão, em maio, Kaiut requisitou ao governo do Mato Grosso do Sul o uso da PM para o cumprir a reintegração, mas o pedido foi negado. Em sua decisão, Kaiut exigiu que a Procuradoria Geral da República "adote as medidas cabíveis" contra o governo do estado pelo não-cumprimento. Tanbém solicitou ao Ministro da Justiça o uso da Força Nacional de Segurança (FNS), que respondeu ao magistrado não estar entre suas atribuições o despejo dos indígenas.

Dessa forma, no dia 14 de junho, uma nova decisão de Kaiut determinou novamente a reintegração de posse, "no prazo improrrogável de 15 dias, sob pena de apuração da prática de crime de prevaricação por parte dos agentes públicos federais"- ou seja, caso não cumprissem a ordem, os policiais responderiam a ação penal.

Em carta assinada por mais de 700 indígenas, o Conselho do Aty Guasu - Grande Assembleia - Guarani e Kaiowa denunciou "a perseguição que sofremos do juiz Fabio Kaiut Nunes (...) tem realizado uma verdadeira cruzada contra nosso povo, inclusive tem forçado a policia a cumprir ordem de despejo (...) mesmo quando a policia entende a ação como excessiva e não quer cumprir", e sugere que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) "estudem as decisões deste juiz e veja sua prática contra nosso povo".

O mesmo juiz negou pedido de indenização por danos morais coletivos contra Aurelino Arce, proprietário da empresa de segurança privada Gaspem, acusada de atos de violência contra grupos indígenas no Mato Grosso do Sul, determinando o arquivamento da ação e o pagamento de honorários advocatícios pelo MPF, no valor de R$ 3 mil, exigência considerada inédita.

O tekoha
Por mais de uma década, as nove famílias do Apyka'i viveram na beira da estrada, sofrendo ataques de seguranças privados, tendo seus barracos criminosamente incendiados a mando de produtores rurais, bebendo da água mais podre dos córregos envenenados pela monocultura - figurando, assim, como uma espécie de "comunidade modelo" do genocídio que sofrem os povos indígenas no Brasil.

Desde 2013, os indígenas retomaram parte do território reivindicado como tradicional, onde incide a fazenda Serrana, propriedade de Cassio Guilherme Bonilla, arrendada para a gigante do setor sucroalcooleiro Usina São Fernando.

Nove pessoas faleceram no local - oito, vítimas de atropelamentos, e uma envenenada por agrotóxicos utilizados nas plantações que circundam a retomada. Os moradores do tekoha sobrevivem essencialmente de doações e de cestas básicas oferecidas por apoiadores e pela Funai. Não tem acesso à água, à floresta, è educação, saúde, à segurança ou a dignidade mínima.

A usina
Instalada em Dourados em 2009, a Usina São Fernando é um empreendimento do Grupo Bertin, um dos maiores frigoríficos produtores e exportadores de itens de origem animal das Américas, e da Agropecuária JB, ligada ao Grupo Bumlai, especializado em melhoramento genético de gado de corte. Um dos territórios utilizados pela usina para produzir cana é reivindicado pelo Kaiowá do Apyka’i.

Em 2010, sob perigo de perder sua licença de operação em função de diversos descumprimentos legais em questões trabalhalistas, ambientais e indígenas, a usina teve de assinar um termo de cooperação e compromisso de responsabilidades na Justiça.

Entre as condicionantes estabelecidas pelo Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho e MPF, a usina era obrigada a não renovar o contrato de arrendamento da fazenda Serrana, de Cássio Guilherme Bonilha Tecchio, propriedade que incide sobre o território reivindicado como Apyka’i pela família de Damiana, quando o atual findasse.


Em 2015, José Carlos Bumlai foi preso no decurso da Operação Lava Jato, acusado de fazer parte de um esquema de corrupção e fraude no pagamento de dívidas de campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores.

Fonte: Conselho Indigenista Missionário (CIMI)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Listas enviadas à Justiça Eleitoral de contas julgadas irregulares- Eleições 2016

Em conformidade com § 5º do art. 11 da Lei n.º 9.504/97, o TCE-PE entregou em 05/07/2016, ao Tribunal Regional Eleitoral e ao Ministério Público Federal a relação definitiva com os nomes dos responsáveis que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas, por decisão irrecorrível, nos 08 (oito) anos anteriores ao pleito de 02/10/2016.

Entre a lista de Petrolina estão:
Antonio de Jesus Moreno Pinto
Antonio Passos Ferreira
Antonio Quirino
Armando Ferreira do Nascimento
Augusto César Rodrigues Durando
Deilson Freire Mororó
Durval de Andrade Araújo
Francico Patriota de Souza
Francisco Pereira da Silva
Francisco Sávio de Carvalho
Ibamar Fernandes Lima
Jeferson de Souza Correia
José Batista da Gama
José Crispiniano Celho
Manoel Nunes Pereira
Miguel Antonio de Amorim
Odacy Amorim de Souza
Paulo Afonso de Souza
Paulo Cavalcanti Rodrigues
Ruy Wanderley Gonsalves de Sá
Terezinha Teixeira Coelho

Confira outras Cidades em:

terça-feira, 5 de julho de 2016

Manifesto: movimento social não é organização criminosa

Os Presidentes das Comissões de Direitos Humanos do Congresso Nacional, outros 25 parlamentares, 67 entidades e dezenas de cidadãs e cidadãos brasileiros e estrangeiros assinaram manifesto contra a criminalização do MST.
Da Página do MST 

De acordo com a nota, os movimentos de caráter reivindicatório não podem ser enquadrados como organizações criminosas, uma vez que procuram, de forma legítima, fazer valer o programa previsto na Constituição de 1988. 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi considerado, por setores da Justiça de Goiás, como uma organização criminosa – crime previsto na Lei nº 12.850/2013. Por este fundamento estão presos José Valdir Misnerovicz, geógrafo com mestrado pela UFG, e Luiz Batista Borges, trabalhador rural. Essas decisões judiciais são absolutamente incompatíveis com as leis vigentes, com a Constituição e com o Estado Democrático de Direito.

A luta por novos direitos e pela efetivação de direitos já previstos é inerente à democracia, além de ser um imperativo decorrente da Constituição de 1988. Conforme seu artigo 3º, são objetivos fundamentais da República construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Ora, se esses são objetivos, é precisamente porque a norma máxima do ordenamento jurídico brasileiro reconhece as profundas desigualdades e injustiças da realidade nacional, e que estabelece, na positivação desses desígnios, um programa de ação a ser perseguido pela sociedade e pelo Estado.

Por isso a organização em movimentos sociais não apenas é lícita como desejável. São as articulações com propósitos reivindicatórios que permitem o avanço na concretização dos objetivos fundamentais previstos pelo próprio constituinte. O propósito dos movimentos sociais não é violar o Direito, mas, rigorosamente o contrário, fazê-lo valer.

A ocupação de terras, delito específico que daria a característica de organização criminosa ao MST de Goiás, é expressão dos direitos civis e políticos (art. 5º, IV, XVI e XVII) e visa a concretizar as normas constitucionais que preveem que a propriedade privada é garantida na medida em que se verifique o cumprimento de sua função social (art. 5º, XXIII, art. 170, III, art. 182. § 2º, art. 184, art. 186). Ou seja, no caso dos imóveis rurais, aqueles que não tenham aproveitamento racional e adequado, que não utilizem de forma adequada os recursos naturais disponíveis, que não observem as normas do direito do trabalho e que não favoreçam o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores, não cumprem o disposto constitucional.

O uso das ocupações de terras, assim, é instrumento completamente legítimo de pressão para realização de política pública. As ocupações são, também, mecanismos de efetivação urgente de necessidades vitais que são dos direitos humanos à alimentação e moradia (art. 6º). Significam, muitas vezes, recurso imediato para preservação da dignidade da pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1, III).

A decisão de considerar como criminosas as atividades de um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil e do mundo, essencial para o avanço na efetivação dos direitos humanos, tem viés político e arbitrário. É incompatível com o que se espera de um sistema de justiça que respeite a Constituição de 1988. Movimento social não é organização criminosa; a luta política não é crime.

ASSINAM:

PARLAMENTARES
Deputado Federal Padre João, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
Senador Paulo Paim (PT/RS), Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal
Deputada Federal Erika Kokay (PT/DF), Presidenta da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos
Deputado Federal Paulo Pimenta, 1º Vice-Presidente da CDHM
Deputado Federal Nilto Tatto, 2º Vice-Presidente da CDHM
Senador Humberto Costa (PT/PE), ex-Ministro de Estado da Saúde
Deputado Federal Patrus Ananias (PT/MG), ex-Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário
Deputado Federal Pepe Vargas (PT/RS), EX-Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e de Direitos Humanos
Deputado Federal Afonso Florence, Líder do PT na Câmara
Deputado Federal João Daniel (PT/SE), presidente do Núcleo Agrário do Partido dos Trabalhadores na Câmara
Senador Lindbergh Farias (PT/RJ)
Senadora Gleise Hoffmann (PT/PR)
Senadora Vanessa Graziotin (PC do B/AM)
Deputada Federal Margarida Salomão (PT/MG)
Deputado Federal Adelmo Leão (PT/MG)
Deputado Federal Assis Carvalho (PT/PI)
Deputado Federal Beto Faro (PT/PA)
Deputado Federal Bonh Gass (PT/RS)
Deputado Federal Leonardo Monteiro (PT/MG)
Deputado Federal Luiz Couto (PT/PB)
Deputado Federal Marcon (PT/RS)
Deputado Federal Paulão (PT/AL)
Deputado Federal Pedro Uczai (PT/SC)
Deputado Federal Valmir Assunção (PT/BA)
Deputado Federal Valmir Assunção (PT/BA)
Deputado Federal Wadih Damous (PT/RJ)
Deputado Federal Zé Carlos (PT/MA)
Deputado Federal Zeca do PT (PT/MS)

ENTIDADES
Amig@s MST-Italia
Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB
Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil
Associação Brasileira de Agroecologia - ABA
Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – ANCED
Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza - CDVHS
Centro de Defesa de Direitos Humanos Heróis do Jenipapo - CDDHHJ
Centro de Defesa dos Direitos Humanos Nenzinha Machado - CDDHNM
Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA
Centro para la Democracia, la Creatividad y la Inclusión Social - DEMOS
Centro Popular de Formação da Juventude - Vida e Juventude
Círuclo Palmarino
Comissão Pastoral da Terra
Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí - CEEDHPI
Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Piauí - CEPCTPI
Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino
Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno
Commission Amérique latine et Caraïbes Parti de Gauche France
Conectas Direitos Humanos
Confederação Nacional de Entidades Negras - CONEN
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura - CONTAG
Conselho Indigenista Missionário
Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB
Conselho Pastoral dos Pescadores
Coordenadoria Ecumênica de Serviço - CESE
CRIOLA
ELO Ligação e Organização
Encontros da Nova Consciência
Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar - FETRAF BRASIL/CUT
FIAN Brasil - Rede de Informação e Ação pelo Direito Humano a se Alimentar
Fórum de Mulheres de Imperatriz, Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pé.Josimo.
Fórum Maranhense de Mulheres
Frente Brasil Popular - Goiás
Frente Povo Sem Medo
Fundação Marica Saraiva
Iniciativa das Religiões Unidas - URI (CC BRASÍLIA)
Instituo Pólis
Instituto da Mulher Negra – GELEDÉS
Instituto de Capacitação, Assessoria e Projetos - ICAP
Instituto Samara Sena - ISENA
Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
Justiça Global
Juventude Socialismo e Liberdade
Levante Popular da Juventude
Marcha Mundial das Mulheres
Movimento Camponês Popular - MCP
Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB
Movimento dos Pequenos Agricultores
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH
Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua
Nova Consciência
O Estopim
Partido de la Refundacion Comunista – Izquierda Europea (Italia)
Pastoral Da Juventude do Meio Popular - Goiás e Brasil
Plataform Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Dasarrollo - PIDHDD
Plataforma de Direitos Humanos Dhesca Brasil
Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos
Rete Radié Resch - Roma/Italia
RiMaflow, Fabbrica Recuperata di Milano
Tatiane dos Santos Duarte - Doutoranda em Antropologia Social - UnB
Terra de Direitos
União Nacional LGBT
Via Campesina Brasil

CIDADÃOS
Dom Enemésio Angelo Lazzaris, bispo de Balsas e Presidente Nacional da CPT
Dom Heriberto Hermes, O.S.B, Bispo Emérito da Prelazia de Cristalândia e Coordenador Executivo do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia
Ermínia Maricato, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São e ex-Ministra Adjunta das Cidades
Pa. Romi Márcia Bencke, Secretária-Geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
Frei Betto, escritor
Adelaide Gonçalves - professorada Universidade Federal do Ceará
Adelson Fernandes Moreira, professor de Física do CEFET-MG.
Alexandre Guedes - Adv. OAB/PB - 5546- REJUDH.       
Ana Amelia Melo, Departamento de História da Universidade Federal do Ceará
Ana Carolina Caruso Cavazza OAB/SP 269.595
Ana Claudia Diogo Tavares
Anakeila de Barros Stauffer - professora adjunta da FEBF/UERJ.
André Vasconcelos Ferreira, Professor do Departamento de Teoria Econômica da Universidade Federal do Ceará
Antonia Neide Costa Santana - professora do Curso de Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú em Sobral (CE).
Ariovaldo Ramos - Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
Baby Siqueira Abrão, jornalista
Caetano de Carli - Professor do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRPE
Carlos Schmidt ,professor aposentado de economia da UFRGS
Celi Taffarel, Professora Dra. Titular FACED UFBA, Coordenadora dos Grupos de Pesquisa GEPEC e LEPEL FACED/UFBA
Cesar Cordaro - Advogado
Claudia Jardim, Jornalista
Corinta Maria Grisolia Geraldi - professora da Unicamp
Cristina Gross Villanova, OAB/RS 43328
Daniela Félix - OAB/SC 19.094
Denise da Veiga Alves - OAB/DF 24.399
Eliana Rolemberg, Membro do Conselho Diretor da ABONG - Associação Brasileira de ONGs / Direção estadual Bahia
Elmano de Freitas, advogado e Presidente do PT de Fortaleza
Elsa Plaza Müller. España
Erina Batista Gomes, Advogada OAB PA 15.601
Fernando Antonio Dos Santos Matos OAB / PE 12. 436
Frei Diamantino P. de Carvalho, OFM
Gabriella Scheer – Collectif Solidarité France-Brésil
Gérson Wasen Fraga, professor da Universidade Federal da Fronteira Sul
Giselle Flügel Mathias Barreto- Adv. OAB/DF 14300
Guilherme Costa Delgado
Heloisa Helena Mesquita Maciel - professora e assistente social
Horacio Martins de Carvalho, pesquisador agrário
Iaris Ramalho Cortês - OAB/DF 3141
Irenísia Torres de Oliveira - Professora do Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará
Isabela Corby OAB/MG 120777.                                        
Janete Triches, Professora da Unesc
Jean Luc Pelletier, Associação dos Amigos do MST da França
João Wanderley Geraldi - professor titular da Unicamp
Jorge Luiz Souto Maior, professor da Faculdade de Direito da USP
José Carlos de Araújo, Professor da Universidade Federal do Ceará
José Claudinei Lombardi - Prof. Titular, FE Unicamp, Coordenador Ex. HISTEDBR
Juan Grabois, Secretariado Nacional CTEP Argentina
Juventude Revolução - Núcleo UFBA
Leonel Wohlfahrt, Especialista em Uso de Recursos Naturais Renováveis, Técnico em Planejamento e Desenvolvimento Social da FASE
Leonilde Servolo de medeiros - CPDA/UFRRJ
Lígia Chiappini, Prof. De Literatura e Cultura Brasileira e Hispano-americana, FU-Berlin
Lindomar Dias Padilha, filósofo indigenista
Luana Natielle Basílio e Silva OAB/PB 16.750
Luciana de Soua Ramos OAB/AM 5237
Luiz Carlos de Freitas
Luiz Carlos Pinheiro Machado, professor, presidente do Instituto André Voisin
Luiz Roncari, docente sênior USP/FFLCH/DLCV
Maíra Taquiguthi Ribeiro - Indigenista Especializada
Maria Fernanda Milicich Seibel, advogada
Maria Helena Guimarães Pereira, agente literária
Maria Victoria de Mesquita Benevides, Socióloga, Profa. Aposentada Da USP
Mariana Mei de Souza OAB-SP 174.581
Mariana Prandini Assis - Doutoranda Em Ciencia Política, The New School For Social Research
Marleide Rocha, advogada
Mauricio Acuña, doutorando  pela Universidade de São Paulo e Princeton University
Mônica Nogueira, Professora da UnB
Monique Murga, Albi, France, Présidente du Comité des Amis du Mouvement des travailleurs ruraux sans terre (MST)
Munir Jorge Felicio, Pesquisador do NEAGEO
Myllena Calasans de Matos - OAB/BA 15736
Nancy Cardoso, pastora metodista
Natanaelsenir Saraiva Bastos
Oneide Bobsin, Professor das Faculdades EST
Peter Rosset, Centro de Estudios para el Cambio en el Campo Mexicano (CECCAM)
Priscylla Joca, doutoranda em Direito pela Universidade de Montreal
Renata dos Reis Cordeiro OAB -MA 7854
Roberto E. Zwetsch - Professor dasFaculdades EST - São Leopoldo
Rodrigo Castelo, professor da Unirio e diretor da Adunirio (Andes-SN)
Rodrigo de Medeiros Silva, OAB/RS 102235A
Sônia Maria Alves da Costa, OAB-TO 619, Doutoranda em Direito/UnB
Tatiana Berringer, Professora de Relações Internacionais da UFABC
Tayse Ribeiro de Castro Palitot- mestranda em gênero e dh pela UFPB, CPF:097 351 644 50
Vanessa Lima- advogada
Walnice Nogueira Galvão – Prof. USP
Wilson Mozena Leandro - Professor EA-UFG

* Texto originalmente publicado no Portal da Câmara Legislativa


sexta-feira, 1 de julho de 2016

'Amor Junino' do Bairro João de Deus: vence o Concurso de Quadrilha Junina da TV Grande Rio 2016

A 22ª edição do concurso de quadrilhas juninas foi realizada nesta quarta-feira (29), na quadra do SESC, em Petrolina , no Sertão de Pernambuco.
O público lotou o ginásio para assistir as apresentações que, com muito brilho, enfeites e coreografias encantou a todos(as) os presentes.
Ao todo participaram seis quadrilhas que tiveram 25 minutos para a apresentação.
A primeira a se apresentar foi a Junina Danado de Bom - Bairro Vila Mocó, campeã de 2015, que trouxe para o arraial o pedido de chuva do sertanejo, "o milho compôs o cenário".
A segunda foi a quadrilha Xamego Bom - Maria auxiliadora, que também teve como tema o pedido de chuva. 
A Renascer do Sertão - Projeto Irrigado N9, buscou a cultura popular, como o Bumba meu Boi . Já a quadrilha Forró Xaxado - Cohab VI, mostrou no arraial a união do sol com a lua. A última a se apresentar foi a Balão Dourado - Pedro Raimundo, trazendo elementos tradicionais das quadrilhas juninas, como o casamento matuto e muito colorido no figurino. 
Mais o primeiro lugar ficou mesmo com a terceira a se apresentar: a  Amor Junino - Bairro João de Deus,  que encantou o público com o tema 'Festa no céu, Asa Branca, Maria Bonita e Lampião'.

O segundo lugar ficou com a balão Dourado e em terceiro a Forró Xaxado.
Entre os critérios avaliados pelos jurados estavam a entrada e saída do arraial, repertório musical, marcador, coreografia e conjunto, o que envolve alinhamento,animação e harmonia.

O valor arrecadado com a venda de ingressos segundo a organização será revertido para os grupos participantes do Concurso de Quadrilhas.

Fonte: G1
Adaptação: Cicero Do Carmo




quinta-feira, 30 de junho de 2016

Lei que amplia prazo de licença a paternidade e maternidade a servidores públicos municipais é sancionada pelo prefeito de Petrolina-PE

Foi sancionada ontem (29), pelo Prefeito Júlio Lóssio: a lei municipal de n° 2850/2016, que amplia a licença maternidade e paternidade de servidores públicos municipal com filhos portadores de necessidades especiais e de qualquer natureza.
A é lei de autoria do vereador Ednaldo Lima e  tem o objetivo de proteger o direito dos pais em cuidar de seus filhos naturais ou adotados nos primeiros meses desse contato e o direito dos menores em receber a devida atenção com os cuidados adequados e específicos para seu pleno desenvolvimento físico e emocional, considerando as características de cada criança.
A partir da sua publicação os pais terão suas licenças almentadas: nos casos das mães serão de três para dose meses e pais de um para três meses.

"Essa lei beneficia nossos servidores e Petrolina sai a frente ao sancioná-la, nesse momento que se fala tanto em microcefalia. Espero que ela sirva de exemplo para que outros municípios também cuidem de seus servidores, pois esse é o período que a criança mais precisa de cuidados e a partir de agora o servidor de Petrolina vai poder se dedicar ao seu filho com exclusividade pelo menos nesse primeiro ano de vida”, assegurou o prefeito.

Via: Ednaldo Lima/facebook
Adaptação: Cicero Do Carmo

Mais Médicos é destaque em publicação das Nações Unidas

Programa Mais Médicos, que conta com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, foi considerado prática relevante para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em publicação do Escritório da ONU para a Cooperação Sul-Sul e do PNUD. 

O Programa Mais Médicos foi considerado uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A informação consta da publicação “Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development” (em português: ‘Boas Práticas de Cooperação Triangular Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável’), primeira de uma série desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A iniciativa do governo brasileiro contempla o terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – “Saúde de qualidade”: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de todos, em todas as idades. O programa foi criado em 2013 com o objetivo de suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades brasileiras.
A Representação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil colabora com a iniciativa intermediando a vinda de médicos de Cuba para atuar em unidades básicas de saúde do país.
Segundo a publicação, um dos grandes desafios do Brasil era assegurar à população, assim como disposto em sua Constituição Federal, o acesso universal à saúde – considerando que grandes disparidades persistem e uma parcela considerável de pessoas ainda não tinha acesso a profissionais médicos.
Antes do programa, cinco estados brasileiros possuíam menos de um médico para cada mil pessoas, enquanto 700 municípios não dispunham de nenhum médico na atenção básica. Quase três anos após o início do Mais Médicos, foram preenchidas 18.240 vagas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
A iniciativa também possibilitou que, pela primeira vez na história,700 municípios localizados em áreas remotas do Brasil passassem a ter médico residente para atendimento na atenção básica. Dados do Ministério da Saúde brasileiro apontam que o Mais Médicos beneficia atualmente 63 milhões de pessoas.
De acordo com a publicação da ONU, o Programa Mais Médicos “é potencialmente benéfico em qualquer país que decidisse adotá-lo”. Estados-membros da OPAS já demostraram interesse em relação ao programa.


Fonte: ONU BRASIL 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

VÍDEO: Especialistas da ONU analisam situação do aborto na América do Sul

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto inseguro é uma das principais causas mortalidade materna no mundo. Cerca de 20 milhões de mulheres recorrem aos abortos inseguros por ano, o que causa cerca de 47 mil mortes. E a situação não é muito diferente na América do Sul, se tratando de um dos principais problemas de saúde pública da região.

Confira em detalhes neste vídeo especial do escritório de direitos humanos da ONU na região (ACNUDH América do Sul); Mais sobre direitos humanos na região e no mundo em: 


Fonte: ONU BRASIL

México: violência sexual é usada para garantir “confissões” de mulheres

Uma investigação sem precedentes conduzida pela Anistia Internacional com 100 mulheres presas no México revela que elas são rotineiramente abusadas sexualmente pelas forças de segurança, que desejam conseguir confissões e impulsionar as estatísticas em uma tentativa de mostrar que estão enfrentando o crescente crime organizado.


Todas as 100 mulheres detidas em prisões federais que denunciaram tortura e outros maus-tratos à Anistia Internacional disseram ter vivenciado alguma forma de assédio sexual ou abuso psicológico durante sua prisão e interrogatório por parte de policiais municipais, estaduais ou federais, ou membros do Exército e Marinha. Setenta e duas delas disseram ter sido abusadas sexualmente durante sua prisão ou nas horas seguintes. Trinta e três denunciaram ter sido estupradas.
Sessenta e seis das mulheres disseram ter reportado o abuso para um juiz ou outras autoridades, mas investigações foram abertas em apenas 22 casos. A Anistia Internacional não tem conhecimento de quaisquer acusações criminais decorrentes dessas investigações.
“As histórias dessas mulheres pintam um quadro completamente chocante do nível de tortura contra mulheres no México, mesmo para os padrões locais. A violência sexual utilizada como uma forma de tortura parece ter se tornado parte rotineira dos interrogatórios”, disse Erika Guevara-Rosas, diretora do programa para as Américas da Anistia Internacional.
“Mulheres de origens marginalizadas são as mais vulneráveis na chamada ‘guerra às drogas’ do México. Elas são frequentemente vistas como alvos fáceis por parte das autoridades, que muitas vezes estão mais preocupadas em demonstrar que estão prendendo pessoas do que em garantir que estão encontrando os verdadeiros criminosos.”

A maioria das mulheres na prisão que conversaram com a Anistia Internacional disse ter sido abusada sexualmente, espancada, eletrocutada, tocada e apalpada durante a detenção e os interrogatórios. A enorme maioria foi acusada de crime organizado e crimes relativos ao tráfico de drogas. Muitas foram apresentadas à imprensa como “criminosas” logo após terem sido forçadas a “confessar” seus crimes. A maioria é de baixa renda, o que diminui a chance de que essas mulheres possam pagar por uma defesa eficaz.

Confira matéria completa em:
https://anistia.org.br/noticias/mexico-violencia-sexual-e-usada-para-garantir-confissoes-de-mulheres/

Grupos pedem que a Arábia Saudita seja privada de seus direitos de participação no Conselho de Direitos Humanos

A Arábia Saudita cometeu “violações flagrantes e sistemáticas de direitos humanos” no exterior e no país, e usou sua posição no Conselho de Direitos Humanos da ONU para obstruir eficazmente a justiça quanto a possíveis crimes de guerra, declarou a Anistia Internacional e a Human Rights Watch em um comunicado conjunto hoje, fazendo um sonoro apelo à Assembleia Geral da ONU para suspender a participação do país junto ao principal órgão mundial de direitos humanos.
Os grupos pedem que a Arábia Saudita seja privada de seus direitos de participação no Conselho de Direitos Humanos até que acabe com os ataques ilegais por parte da coalizão militar que lidera no Iêmen e até que estes sejam investigados de forma crível e imparcial.
“Está em jogo a credibilidade do Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas. Desde que entrou para o Conselho, os desastrosos antecedentes da Arábia Saudita, quanto a direitos humanos no país, continuaram a se deteriorar e a coalizão que lidera, matou ilegalmente e feriu milhares de civis no conflito no Iêmen. Permitir que continue membro ativo do Conselho, onde usou essa posição para se proteger da responsabilidade por prováveis crimes de guerra, cheira a profunda hipocrisia. Isso desacreditaria enormemente o principal órgão de direitos humanos do mundo”, disse Richard Bennett, chefe da repartição da Anistia Internacional nas Nações Unidas.
“Os fortes indícios de prática de crimes de guerra cometidos pela coligação árabe liderada pela Arábia Saudita no Iêmen deveria ter sido investigados pelo Conselho de Direitos Humanos. Em vez disso, a Arábia Saudita cinicamente usou sua participaçao no Conselho de inviabilizar uma resolução para constituir uma investigação internacional, ao reunir apoio para a sua resolução rival, inócua, por um inquérito iemenita nacional. Nove meses depois, essa investigação não investigou adequadamente e com credibilidade as alegações de crimes de guerra e outras violações graves.”
“Na qualidade de membro do Conselho de Direitos Humanos, a Arábia Saudita é obrigada a manter os mais altos padrões de direitos humanos. Na realidade, liderou uma coalizão militar que realizou ataques aéreos ilegais e mortais sobre mercados, hospitais e escolas no Iêmen. A coalizão também tem usado repetidamente armas proibidas internacionalmente em áreas civis. Dentro do país, tem realizado centenas de execuções, colocou crianças no corredor da morte após julgamentos injustos, e reprimiu sem piedade a oposição e ativistas dos direitos humanos.”
A dura repressão da Arábia Saudita sobre todas as formas de dissidência no país, continuou inabalável enquanto membro ativo do Conselho, inclusive através da utilização de julgamentos injustos em um tribunal especial antiterror e extensas penas de prisão quanto a dissidentes pacíficos e defensores dos direitos humanos. Mais de 350 pessoas foram executadas desde que a Arábia Saudita foi eleita para o Conselho, com o ano de 2015 registrado mais execuções do que qualquer outro ano desde 1995.
“Arábia Saudita precisa liberar todos os prisioneiros de consciência imediata e incondicionalmente, e acabar com a vergonhosa adoção da pena de morte”, disse Richard Bennett.
Nas últimas semanas, a Arábia Saudita deixou de prestar contas ao pressionar a ONU para remover a coalizão militar que lidera no Iémen de uma lista de Estados e grupos armados que violam os direitos das crianças em conflitos armados. A Arábia Saudita ameaçou retirar-se da ONU, retirar apoio financeiro, incluindo projetos humanitários e de levar consigo seus aliados próximos.
Os principais aliados da Arábia Saudita, incluindo os EUA e Reino Unido, deixaram de impedir a transferência de armas para uso no Iêmen apesar dos crescentes indícios de crimes de guerra.
“O que mais choca é o silêncio ensurdecedor da comunidade internacional, que volta e meia tem cedido à pressão da Arábia Saudita, e colocou negócios, armas e acordos comerciais adiante dos direitos humanos, apesar dos registros de violações flagrantes e sistemáticas por parte do Reino, com total impunidade”, disse Richard Bennett.
A Anistia Internacional e a Human Rights Watch pedem que os Estados membros da ONU votem para suspender Arábia Saudita do Conselho. Também pedem um inquérito internacional independente e imparcial quanto às violações do direito internacional humanitário no Iêmen.

 Antecedentes:
A Resolução da Assembleia Geral 60/251, que criou o Conselho de Direitos Humanos, prevê que “a Assembleia Geral, por maioria de dois terços dos membros presentes e votantes, poderá suspender os direitos de participação no Conselho de um membro do Conselho que cometa violações flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos “. Em 2011, a Líbia foi o primeiro e único país a ser suspenso.
O Conselho de Direitos Humanos se reúne de 13 junho a de 1 julho. Sua próxima sessão será de 13 a 30 de setembro.


Fonte: Anistia Internacional Brasil

sábado, 18 de junho de 2016

Os 12 produtos mais perigosos criados pela Monsanto


A historia da Monsanto é reflexo de um quadro persistente de substâncias químicas tóxicas, demandas e manipulação da ciência.
Do Resumen Latinoamericano


1. Sacarina. John Francisco Queeny fundou a “Monsanto Chemical Works”, com o objetivo de produzir sacarina para Coca-Cola. Estudos realizados durante a década de 1970 mostraram que este químico produz câncer em ratos e outros mamíferos de testes. Porém, depois descobriu-se que causa o mesmo efeito em humanos, Monsanto subornou médicos e instituições para seguir comercializando-a.

2. PCBs. Durante a década de 1920, a Monsanto começou a expandir sua produção química mediante bifenilos policlorados (PCB), para produzir fluídos refrigeradores de transformadores elétricos e motores. Cinquenta anos depois, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) publicou um informe citando os PCBs como causa do câncer em animais, e com provas adicionais indicou que estes produzem câncer em seres humanos. Quase 30 anos depois dos PCBs serem proibidos nos EUA, este químico segue aparecendo no sangue das mulheres grávidas, como informou um estudo de 2011. Em muitas áreas da Argentina ainda utilizam os PCBs.

3. Poliestireno. Em 1941, a Monsanto começou a focar em plásticos e poliestireno sintético, que ainda é amplamente utilizado para embalar alimentos. O poliestireno foi classificado o quinto da lista de 1980 da EPA, onde se enumera os produtos químicos cuja produção gera os resíduos mais perigosos. Ao estar nas embalagens de comida ingerimos poliestireno (efeito de migração), que causa depressão, câncer e danos aos nervos. Os vasos e recipientes feitos deste material sintético são difíceis de reciclar. Devem ser derretidos utilizando um equipamento adequado que a maioria dos centros de reciclagem não possuem. Dentro de 1000 anos, a bandeja de carne que você comprou no Carrefour ou Wall-Mart seguirá existindo em alguma parte do planeta. É fatal para a vida marinha: Flutua na superfície do  oceano, se decompõe em pequenas esferas que os animais comem. As tartarugas marinhas, por exemplo, perdem sua capacidade de mergulhar e morrem de fome.

4. Bomba Atômica e armas nucleares. Pouco depois de ser adquirida por Thomas e Hochwalt Laboratories, a Monsanto tornou-se uma divisão do Departamento de Investigação Central. Entre 1943 e 1945, este departamento coordenou esforços importantes de produção para o Projeto Manhattan. Leia sobre o maior acidente industrial da América do Norte.

5. DDT. Em 1944, a Monsanto começou a fabricar o insecticida DDT, com a desculpa de combater os mosquitos “transmissores da malária”. Em 1972, o DDT foi proibido nos EUA. – Seus efeitos adversos para a saúde humana incluem infertilidade, problemas no desenvolvimento, destruição do sistema imunológico, morte. O DDT impede que o hormônio una com seu receptor, bloqueando, por sua vez, o hormônio para obter um desenvolvimento sexual normal, dando lugar a anormalidades. Durante um experimento levado a cabo no Mar Caspio (Mediterrâneo), o DDT em uma concentração de 1 ppb reduziu a população de peixes até 50%.  O transporte atmosférico desta substância atualmente afeta a todos os seres vivos do planeta. Foi detectado no ar do Ártico, terra, gelo e neve, praticamente todos os níveis da cadeia alimentar global. Os sedimentos do fundo de lagos e os leitos dos rios atuam como reservas para o DDT e seus metabolitos. Todos os bebês humanos nascem com DDT no sangue.

6. Dioxinas. Em 1945, a Monsanto começou a promover o uso de pesticidas químicos na agricultura com a fabricação do herbicida 2,4,5-T (um dos percursores do agente laranja), que contém dioxina. As dioxinas são um grupo de compostos quimicamente relacionados que se conhece como “Os doze condenados” – São contaminadores ambientais persistentes que se acumulam na cadeia alimentar, principalmente no tecido adiposo dos animais. Durante décadas, desde que foi desenvolvido pela primeira vez, a Monsanto foi acusada de encobrir ou não informar sobre a contaminação por dioxinas em uma ampla gama de seus produtos.

7. Agente Laranja. Durante a década de 1960, a Monsanto foi a principal fabricante do Agente Laranja, um herbicida/desfolhante utilizado como arma química na guerra do Vietnã. A fórmula da Monsanto tinha níveis de dioxinas muito maiores que o Agente Laranja produzido pela Dow Chemicals, outro fabricante (por que a Monsanto foi a denúncia chave na demanda apresentada por veteranos de guerra nos Estados Unidos). Como resultado da utilização do Agente Laranja, o Vietnã estima que mais de 400.000 pessoas foram assassinadas ou mutiladas, 500.000 crianças nasceram com defeitos de nascimento, e no máximo um 1 milhão de pessoas ficaram deficientes ou sofreram problemas de saúde, sem falar dos efeitos a largo prazo que lesionou mais de 3 milhões de soldados americanos e seus descendentes. Memorandos internos da Monsanto mostram que a corporação conhecia perfeitamente os problemas de contaminação por dioxinas do Agente Laranja quando vendeu o produto ao governo dos EUA (para seu uso no Vietnã). Porém, a “Justiça” norte-americana permitiu a Monsanto e a Dow Chemicals apelar e receber proteção financeira por parte do governo, ignorando os veteranos que buscam uma compensação por haver sido expostos ao Agente Laranja.

Só no ano de 2012, 50 anos mais tarde da pulverização com o Agente Laranja, começaram alguns esforços para limpá-lo. Entretanto, o legado da Monsanto para as gerações futuras se traduz em nascimentos de crianças disforme, que continuarão durante as próximas décadas. Você acha que não pode acontecer aqui? Vários cultivos argentinos são geneticamente modificados para resistir a um herbicida feito com o principal componente do Agente Laranja (2,4-D), com o fim de lutar contra as “super ervas maléficas” desenvolvidas pelo RoundUp. Estes químicos persistem nos alimentos até chegar às prateleiras do supermercado e mais tarde a seu estômago.

8. Fertilizante a base de petróleo. Em 1955, a Monsanto começou com a fabricação de “fertilizantes” a base de petróleo, depois de comprar uma refinaria de petróleo. Os “fertilizantes” a base de petróleo matam micro-organismos benéficos do solo esterilizando terra e criando dependência, é como uma adição de substitutos artificiais. Dado o crescente preço do petróleo não parece uma opção muito econômica, nem próspera…

9. RoundUp. Durante la década de 1970 a Monsanto fundou sua divisão de Produtos Químicos Agrícolas, para produzir herbicidas, e um em particular: RoundUp (glifosato). A propaganda da Monsanto é que pode erradicar “as ervas daninhas” de um dia para o outro. Claro, que os agricultores adotaram de imediato. A utilização deste químico aumentou quando a Monsanto introduziu as sementes “RoundUp Ready” (resistentes ao glifosato), o que permite aos agricultores encher o campo com herbicidas sem matar estes cultivos (transgênicos). A Monsanto é uma corporação muito poderosa, como demostrou recentemente fazendo Obama assinar uma Ata de Proteção para seus crimes. E ainda que, o glifosato inicialmente tenha sido aprovado por organismos reguladores de todo o mundo, e seja amplamente utilizado na Argentina y Estados Unidos, mais tarde foi praticamente erradicado da Europa. O RoundUp foi achado em mostras de águas subterrânea, assim como no solo, e no mar, incluindo nas correntes de ar e nas chuvas. Mas sobretudo nos alimentos.

É a causa do desaparecimento das abelhas, produz mal formações, infertilidade, câncer e destruição do sistema imunológico. Os estudos independentes demostraram efeitos sobre a saúde consistentemente negativos que vão desde tumores e função orgânica alterada, até a morte por intoxicação. O RoundUp é o Agente Laranja com nome diferente.

10. O aspartame (NutraSweet/Equal). Foi descoberto acidentalmente em uma investigação sobre hormônios gastrointestinais. Se trata de um produto químico doce que em primeira instância, matou um macaco bebê e deixou outros 5 gravemente feridos (em um total de 7 macacos), em um ensaio clínico realizado para que a FDA aprovasse o Aspartame. E a FDA o aprovou (1974). Em 1985, a Monsanto adquiriu a empresa que fabricava aspartame (GD Searle) e começou a comercializar o produto rebatizado de NutraSweet. Vinte anos mais tarde, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA publicou um informe que enumera 94 problemas de saúde causados pelo aspartame.

11. Hormônio de Crescimento Bovino (rBGH). Este hormônio geneticamente modificado foi desenvolvido pela Monsanto para ser injetado nas vacas leiteiras e aumentar a produção de leite quando não há escassez de leite.  As  vacas sometidas a rBGH sofrem uma dor insuportável devido a inflamação de suas tetas e mastite. O pus da infecção resultante entra no fornecimento de leite que requer o uso de antibióticos adicionais. O leite rBGH produz câncer de mama, câncer de cólon e câncer de próstata nos seres humanos.

12. Cultivos Geneticamente Modificados (OGM/GMO/GM). No início da década de 1990, a Monsanto começou a “junção” de genes de milho, algodão, soja e canola. Utilizou ADN de fontes estranhas para lograr dos características principalmente: Um pesticida gerado internamente e resistente ao herbicida RoundUp da Monsanto. Em outras palavras, as plantas envenenam e matam aos insetos e mamíferos que as devoram, e resistem ao agroquímico (parente do Agente Laranja) RoundUp que persiste nelas inclusive depois do seu processamento até chegar ao consumidor.

Claro que a transgênese tem se expandido. Batatas, frutas, maçãs, tomates, alface, tabaco, peras, melancia. TUDO tem sua versão OGM.

Apesar das décadas de propaganda dizendo que os cultivos geneticamente modificados poderiam alimentar o mundo, que teriam mais nutrientes, resistência a seca, o maior rendimento, nenhuma dessas promessas se cumpriu. Os cultivos GM não alimentam o mundo, causam câncer. Não tem mais nutrientes, na verdade não alcançam nem 10 % dos nutrientes que tem os cultivos orgânicos. Não resistem a seca. Não fornecem maior rendimento e sim menor, enquanto encarecem a produção. A maioria das ganhos da Monsanto provém das semente desenhadas para tolerar o RoundUp, este desenho transforma aos “alimentos” em armas mortais para a humanidade. As receitas da Monsanto aumentam constantemente desde que os agricultores se veem obrigados a usar mais e mais químicos devido a proliferação de ervas daninhas que evoluem desenvolvendo resistência ao RoundUp.

A Monsanto e os meios de comunicação de massa ocultam que o Amaranto orgânico era o verdadeiro alimento projetado para a humanidade do futuro. Cura o câncer e o previne, é o cereal mais nutritivo do planeta e foi a primeira planta a germinar no espaço. Tanto é que os astronautas da NASA utilizam  amaranto para manter-se saudável e não a soja.

Como durante os primeiros dias dos PCB, o DDT, o Agente Laranja, a Monsanto tem enganado e subornada com êxito os organismos públicos e reguladores gerais implantando a crença de que o RoundUp e os cultivos geneticamente modificados são benéficos e “seguros”.

Claro que a Monsanto teve que ordenar a Obama que assinasse uma Lei na salvaguarda da corporação para se defender das denúncias e demandas, produto de 100 anos de novos estudos que demonstram os efeitos negativos e impactos ambientais de los OGM. A Monsanto ataca estes estudos científicos mediante os meios de comunicação de massa controlados, difamando e ignorando as organizações independentes, e científicos honestos. Mas também, a Monsanto conta com associações industriais, blogs, cientistas subornados, “ciência independente” falsa e todo tipo de ferramentas que por sua vez, os mesmos meios de comunicação  corruptos patrocinam, somado a centenas de milhões de artigos de relações públicas “privadas” realizados por empresas que com frequência foram fundadas, são financiadas e mantidas pela Monsanto.

Desafortunadamente, poucos de nós tiramos um tempo para localizar os membros fundadores e as relaciones destas fontes ilegítimas com a Monsanto.

A FDA respalda enfaticamente a Monsanto, já que compartilha funcionários com a Monsanto mediante o fenômeno “Portas Giratórias”. No seguinte gráfico elaborado por Milhões contra Monsanto pode ver  alguns ex vice presidentes da Monsanto e advogados da firma que mais tarde ocuparão cargos na FDA. E não se esqueça de Clarence Thomas, o ex advogado da Monsanto, que sendo juiz da Corte Suprema de Justiça, falou a favor de Monsanto em cada caso apresentado.

O vento e as abelhas transportam as mutações genéticas da Monsanto para a natureza selvagem, comprometendo o ecossistema global. Em breve todas as plantas serão transgênicas.

13. Um produto extra para este informe: As sementes Terminator. No final de 1990, a Monsanto desenvolveu uma tecnologia para produzir grãos estéreis incapazes de germinar. Estas “sementes Terminator” obrigariam aos agricultores a cada ano comprar novas sementes da Monsanto, no lugar de guardar e reutilizar as sementes de suas colheitas como fizeram durante séculos. Afortunadamente, esta tecnologia fracassa no mercado. Pelo qual a Monsanto decidiu exigir aos agricultores a assinatura de um contrato de acordo para que não reutilizem nem vendam as sementes, o que os obrigam a comprar novas sementes e coloca a necessidade de um “gene terminator”. O fracasso parcial das sementes terminator é uma sorte para nós... já que também eram  suscetíveis a polinização cruzada e podiam ter contaminado cultivos e bosques em todo o mundo. O que não significa que este objetivo siga no planos da Monsanto.

Como se traduz o legado da Monsanto para a humanidade?

Entre 85% e 90% dos alimentos que você consome diariamente tem OGMs, agrotóxicos da Monsanto e resíduos de RoundUp. (Os números desta fonte estão desatualizados).

Como a Monsanto alcança sua impunidade? Segundo a Associação de Consumidores Orgânicos em um documento do ano de 2011, “Há uma correlação direta entre o fornecimento de alimentos geneticamente modificados e os $ 2.000.000.000.000 de dólares que o governo dos EUA gasta anualmente em atenção médica, quer dizer, uma epidemia de enfermidades crônicas relacionadas com a dieta e um vínculo comercial com os laboratórios de medicamentos e vacinas.

No lugar de frutos sadios, verduras, grãos e animais alimentados com erva natural, as granjas industriais dos Estados Unidos e da Argentina produzem um excesso de comida com fragmentos de engenharia genética que causam enfermidades cardíacas, derrame cerebral, diabetes e câncer, com o respaldo de subsídios agrícolas, enquanto que os agricultores orgânicos não recebem estes subsídios.

A historia da Monsanto é reflexo de um quadro persistente de substâncias químicas tóxicas, demandas e manipulação da ciência. É esse o tipo de entidade que queremos para controlar  os fornecimento de alimentos do nosso mundo?

A Monsanto não está só. Outras empresas do “Big Six” (Seis grandes) inclui a: Pioneer Hi-Bred International (filial de DuPont), Syngenta AG, Dow Agrosciences (filial de Dow Chemical), BASF (que é uma companhia química que expande rapidamente sua divisão de biotecnologia) e a Bayer CropScience (filial da Bayer).

*Fonte: Regeneración
Via: MST


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