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domingo, 5 de março de 2017

A farsa referendada na ONU

Por; Leonardo Soares Nade
Não há como fugir da derrota grandiosa sofrida por Dilma, pelo PT e pela esquerda no campo internacional. Entre a sucessão de erros cometidos, a incapacidade de mobilizar apoio para caracterizar como “golpe” o que acontecia no país, e contra a pauta de retrocessos responsável por entronar Michel Temer. 
Foto: Agência Brasil
O desenrolar dos fatos no Brasil encaixava-se perfeitamente na narrativa internacional progressista, que viu-se surpreender com Brexit e Trump. Os olhos estarrecidos voltaram para o Norte global, deixando o ultraje à democracia correr no Brasil. Esse processo de normalização continua.

Várias vozes dentro do governo, do partido e da causa dos direitos humanos pleitearam algum tipo de reação internacional. Possivelmente dissuadida por um grupo de apoiadores mais próximos, Dilma não se engajou internacionalmente como deveria. Enquanto José Serra catapultava seus simpatizantes no Itamaraty para os quatros cantos do mundo e Temer acenava com Flávia Piovesan para a comunidade internacional de direitos humanos; Dilma e o PT faziam tímidos esforços de comunicação. O resultado é cada vez mais aparente.

Essa semana, o mundo testemunhou o Brasil de Temer ser eleito para uma vaga no Conselho de Direitos Humanos da ONU. O mesmo Brasil da crise prisional, dos direitos trabalhistas e previdenciários dilacerados, da política de contenção de gastos violadora de direitos econômicos, sociais e culturais. A um governo sustentado pela Bancada da Bala, da Bíblia e Boi; que nomeou em Alexandre de Moraes a maior ameaça às liberdades democráticas a ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal, foi dada a honra de ser um dos 47 países a deliberar sobre direitos humanos internacionalmente.

Essa validação não ocorreu por acaso: fez parte de uma estratégia internacional que em muito superou àquela executada pela esquerda.

Os estrategistas de Temer viram que a resistência internacional contra os retrocessos em Direitos Humanos seriam a última barreira de legitimidade a ser superada.

Fazia sentido ter alguém como Flávia Piovesan na articulação dessa campanha, de forma a assegurar ao mundo que não haveria mudanças bruscas nas mãos de um ideólogo anti-direitos. Na maré de retrocesso que seguiu, porém, tornou-se importante desgrudar a imagem de Temer da camarilla de homens brancos e ricos que puxa os títeres de seu governo. Em plena campanha pela membresia do Conselho de Direitos Humanos, Temer anteviu a oportunidade que se apresentava. Reverteu um de seus primeiros retrocessos, reestabelecendo um Ministério de Direitos Humanos, elevando ao cargo de Ministra a tucana Luislinda Valois, uma das primeiras desembargadoras negras do país.

Se de Flávia Piovesan interessava o conteúdo, em Valois Temer viu o semblante certo para um ministério de fachada. Era o rosto da diversidade necessário para encobrir a destruição dos recortes de gênero e raça nas políticas públicas brasileiras.

Seu discurso na ONU essa semana não mais fez que confirmar essa tese. A mandatária começa por citar seu próprio exemplo de mulher negra rompendo obstáculos para chegar onde chegou. Projeta, assim, a ideia de um Brasil justo com as mulheres, com os negros. Faltou a menção da atual proporção de mulheres ou negros em cargos de liderança nos três poderes e na iniciativa privada; e a alarmante taxa de homicídios de jovens negros no país. Se representasse mesmo as aspirações desses segmentos, ou se estivesse em harmonia com os movimentos sociais que os de fato representam, Valois teria utilizado essa oportunidade para abordar criticamente os problemas reais sofridos pela população brasileira.

Em vez disso, a Ministra passa uma parte considerável do tempo justificando perante o mundo a estabilidade das instituições brasileiras, a continuidade da democracia. Fala de “responsabilidade fiscal” para se referir à política de contenção de gastos sociais insculpida por Temer em nossa constituição, em violação às obrigações brasileiras em direitos sociais, e que foi amplamente criticada por especialistas de todo o mundo, inclusive da própria ONU. Falou em “fortalecimento” da previdência sob Temer; maquiando assim os dois maiores retrocessos em direitos humanos sofridos na última década.

Somente após se despir de legitimidade, se engajou nas pautas de direitos humanos já encrustadas na doutrina internacional brasileira, seguindo o roteiro compilado pelo Itamaraty. Cometeu gafes reveladoras, como por exemplo ao citar várias formas de discriminação e omitir referência à identidade de gênero ou orientação sexual. E deixou de levantar o combate a fome mundial, onde o Brasil tem sido exemplo, enquanto bandeira de luta continuada.

O discurso de Valois foi apaixonado na defesa da língua portuguesa, na liberdade de religião e consciência, e no combate ao racismo e outras formas de discriminação. Foi propositiva ao apoiar uma nova conferência contra o racismo, atendendo uma demanda pungente do Sul Global, a quem se referiu especificamente, em que pese os esforços de José Serra para quebrar o paradigma de cooperação Sul-Sul iniciado nos governos do PT. Além de próximos pessoalmente para a Ministra, são temas de boa ressonância com parceiros internacionais do Brasil, e seguem a cartilha de desviar a atenção dos problemas específicos ao governo Temer. Prestidigitação diplomática, em sua forma mais ardilosa.

Enfim, em sua superfície, visto por quem não vive no país, foi um discurso padrão. Essa superfície é, afinal, todo o objetivo de Temer no Ministério de Valois. O mundo virou seus olhos para o Brasil, e não viu nada preocupante: viu mulheres negras conquistando espaço, combate a corrupção, boa governança e comprometimento com pautas importantes de direitos humanos a nível internacional. Para nós, brasileiros, vendo a destruição das políticas públicas de direitos humanos pelo governo agora referendado globalmente, o som que veio do pódio em Genebra não fez mais do que ocultar nossa voz dos ouvidos do mundo.

Leonardo Soares Nader é doutorando em Direitos Humanos e Política Global pela Scuola Superiore Sant’anna, em Pisa, na Itália. É mestre em Direito Internacional dos Direitos Humanos pela UPEACE e pela Universidade de Oxford.

Fonte: Carta Capital/Justificando

sábado, 4 de março de 2017

29ª Assembléia Diocasana em Petrolina- PE

Nos dias 3 e 4 deste, a Diocese de Petrolina - Sertão de Pernambuco, realizou a sua 29ª Assembleia Diocesana. 


O evento foi acontceu no Centro Pastoral Monte Carmelo, local conhecido também como Pedra do Bode,e contou com a participação do Bispo D. Manoel dos Reis de Farias, Padres, Religiosas/os, e Leigos representantes de pastorais e movimentos das 24 paróquias que compõem a Diocese.


No encontro foram apresentado pelo Pe. Antonio Moreno o Tema: 'A alegria do Evangelho uma Igreja em saída" - baseando-se nas Encíclicas do Papa Francisco, Doc. da Conferênça Episcopal, Plano Diocesano e orientações da CNBB. 
Utilizando-se do método ver,julgar e agir  avaliou-se também as ações realizadas pela Diocese no ano de 2016 e foram apresentadas propostas para a ação evangelizadora da igreja para 2017. 

Fechando o evento, D. Manoel agradeceu e parabenizou os presentes, falando sobre a importância do conteúdo, da organização, participação e engajamento de todos/as para realização e exito do planejamento. 

Por: Cicero Do Carmo 

sexta-feira, 3 de março de 2017

Artistas lançam manifesto pedindo candidatura de Lula à Presidência ‘desde já’

Artistas e intelectuais criaram na quarta-feira, 1º de março, um manifesto defendendo a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto e vão lançar na próxima segunda-feira, 6, uma plataforma online para coletar assinaturas de internautas ao documento.


A chamada “Carta das (os) brasileiras (os)” pede ao ex-presidente que considere a possibilidade de se colocar “desde já” à disposição para uma candidatura em 2018.

“É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País, que nos faz, através desse documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam”, diz o documento.

Assinam o manifesto 424 pessoas, entre elas o teólogo Leonardo Boff, o músico Chico Buarque e o ex-ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff (PT) Eugenio Aragão. Representantes de movimentos sociais também estão entre os signatários, como o líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, além de professores universitários e profissionais liberais.

O documento afirma que o Brasil “precisa de Lula” e defende que com o petista será possível avançar na inclusão social, assegurar a soberania sobre o pré-sal e o território nacional, fazer com que o Brasil volte “a ter um papel ativo no cenário internacional” e a “distribuir com todos os brasileiros aquilo que os brasileiros produzem”. O PT está divulgando o conteúdo do manifesto em suas redes sociais.

Na manhã desta quinta-feira, 2, o manifesto se tornou assunto do momento na rede social Twitter no Brasil depois que a apresentadora da Rádio Jovem Pan Paula Carvalho impulsionou a hashtag #LulaPrezidente para criticar a manifestação. A tag teve rápida adesão de usuários da plataforma. Segundo ela, a campanha é uma “homenagem ao réu candidato e aos intelectuais que o apoiam”.

Fonte: RD- Reporter Diário

"Se a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa Família", ameaça o PMDB

Diante da elevada rejeição às mudanças nas regras da aposentadoria, o partido de Temer apela para o "terrorismo" nas redes sociais
Meirelles e Temer

O PMDB lançou, nesta sexta-feira 3, uma agressiva campanha em defesa do projeto do governo para alterar as regras da aposentadoria. “Se a reforma da Previdêncianão sair, tchau Bolsa Família, adeus Fies, sem novas estradas, acabam programas sociais”, ameaça um post publicado pelo partido de Michel Temer no Facebook.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o material foi produzido pela agência Benjamim Digital, do marqueteiro Lula Guimarães. Ele liderou a comunicação da campanha do tucano João Doria em São Paulo, nas eleições de 2016, e depois foi contratado pelo PMDB.

A iniciativa foi tomada após o Palácio do Planalto detectar forte resistência à reforma no Congresso. Além disso, uma pesquisa encomendada pelo governo revelou que a ampla maioria dos entrevistados manifestou-se contra a exigência de 49 anos de contribuição para o trabalhador ter direito à aposentadoria integral, noticiou recentemente a coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

De acordo com um levantamento divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas em janeiro, 53,8% dos brasileiros são contrários às mudanças propostas pela equipe de Temer para a aposentadoria. A rejeição às mudanças vem principalmente das mulheres, que correspondem a 60,1% dos insatisfeitos com a reforma.

A pesquisa ouviu 606 pessoas residentes em todas as capitais do Brasil, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e todas as classes sociais. A margem de erro é de 4 pontos percentuais e a margem de confiança de 95%.

Confira a postagem do PMDB no Facebook:
Um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais.
Para evitar que este seja o cenário do Brasil no futuro, é necessário reformar a Previdência, que hoje está em crise e ameaça as melhorias que o país tanto precisa.
Saiba mais em https://goo.gl/ykyXIv

#PraCegoVer: Imagem composta por ilustração digital de uma cidade em ruínas e o texto: "Se a reforma da Previdência não sair: Tchau, Bolsa Família; Adeus, Fies; Sem novas estradas; Acabam os programas sociais". No rodapé está o logotipo do PMDB.
As reações à agressiva campanha governista nas redes não tardaram. O PSOL tomou a iniciativa de "corrigir" o meme, como divulgou o deputado estadual Marcelo Freixo (RJ):
O PSOL 50 corrigiu a postagem que partido de governo ilegítimo fez sobre as mentiras do reforma da previdência.

Não entendeu? Entra lá e aproveita pra deixar seu comentário carinhoso:goo.gl/dCpH5Q


Fonte: Carta Capital

Marcelo Odebrecht inocenta Dilma e diz que apenas Temer lhe pediu dinheiro

Em seu depoimento no processo sobre a cassação da chapa Dilma-Temer, o empreiteiro Marcelo Odebrecht foi questionado três vezes pelos procuradores se, em alguma oportunidade, a presidente eleita Dilma Rousseff lhe pediu alguma doação de campanha.
"Não, não e não", disse Marcelo, embora tenha dito que ela soubesse que a construtora realizara doações para sua campanha – o que é óbvio.

A revelação foi feita pela jornalista Simone Iglesias, no jornal O Globo.

"No depoimento que prestou à Justiça Eleitoral na última quarta-feira, Marcelo Odebrecht negou ter tratado diretamente com a ex-presidente Dilma Rousseff sobre ajuda financeira para sua campanha. 

Segundo uma fonte que teve acesso à oitiva, ele foi questionado ao menos três vezes se a petista pediu pessoalmente dinheiro, e a resposta foi a mesma: 'não'. No entanto, Odebrecht afirmou que Dilma sabia dos pedidos de contribuição para financiar sua campanha por meio de 'interlocutores', sem citar quem seriam essas pessoas", informa a jornalista.

Com Michel Temer, no entanto, as coisas foram bem diferentes. Na condição de vice-presidente da República e presidente do PMDB, que tinha sete ministérios na administração Dilma, ele organizou um jantar, em pleno Palácio do Jaburu, para arrancar doações da Odebrecht.

Os R$ 11,3 milhões foram entregues em dinheiro no escritório de seu melhor amigo, José Yunes, que disse ter sido "mula" de Eliseu Padilha, ministro licenciado da Casa Civil.

Questionado sobre o fato de ter pedido dinheiro a um empreiteiro num palácio, Temer confirmou a história por meio de nota oficial. “Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral”, diz o texto, divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência.

“A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio”, completa o texto.

Segundo o relato de Yunes, o empresário Lúcio Funaro, que teria levado um envelope ao seu escritório, lhe disse que 140 deputados estavam sendo pagos. Ou seja: por mais que tentem distorcer a realidade, depoimento de Marcelo Odebrecht comprova que o Brasil executou o golpe dos corruptos contra a presidente honesta.

Fonte : Plantão Brasil

Governo omite desastre ambiental em Mariana em informe para ONU

O relatório emitido pelo Ministério dos Direitos Humanos, que servirá de base para avaliar o Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), omitiu o desastre ambiental de Mariana, o maior do país, com 18 mortos. Governo alega limite de espaço em documento da ONU.

(Fonte/Imagem: Correio Braziliense).
O governo Michel Temer omitiu o desastre ambiental de Mariana do informe oficial que entregou para a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação de direitos humanos no país. O relatório servirá de base para uma sabatina do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da entidade, onde recentemente retomou assento por mais dois anos.

O documento não foi divulgado pelo governo brasileiro, mas o Ministério dos Direitos Humanos confirmou que não faz referências ao rompimento da barragem de rejeitos da Samarco na cidade mineira, que deixou 18 mortos em novembro de 2015, contaminou cursos d’água e é considerado um dos maiores desastres ambientais da história.

Segundo o governo, a ONU impõe um limite de tamanho para o documento e não teria sido possível incluir o desastre.

Relembre

Na tarde do dia 5 de novembro, o rompimento da barragem do Fundão, localizada na cidade histórica de Mariana (MG), foi responsável pelo lançamento no meio ambiente de 34 milhões de m³ de lama, resultantes da produção de minério de ferro pela mineradora Samarco – empresa controlada pela Vale e pela britânica BHP Billiton.

Seiscentos e sessenta e três quilômetros de rios e córregos foram atingidos; 1.469 hectares de vegetação, comprometidos; 207 de 251 edificações acabaram soterradas apenas no distrito de Bento Rodrigues. Esses são apenas alguns números do impacto, ainda por ser calculado, do desastre, já considerado a maior catástrofe ambiental da história do país.

Fonte; CPT- Comissão Pastoral da Terra

quinta-feira, 2 de março de 2017

Vacina cubana contra HIV apresenta resultados positivos em testes com seres humanos

Não foram registrados casos de efeitos colaterais ou de toxicidade; há indícios positivos de eficácia, que ainda precisam ser confirmados em um grupo maior de indivíduos

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Por Redação do Opera Mundi

Uma vacina desenvolvida em Cuba com o objetivo de reduzir a carga viral de portadores do HIV e que se encontra em fase de testes clínicos na ilha caribenha tem demonstrado eficácia, afirmou Yayri Caridad Prieto Correa, uma das responsáveis pelo estudo. A vacina Teravac-VIH tem potencializando a resposta imunológica dos nove pacientes que a tomaram e que estão sendo acompanhados pelos pesquisadores cubanos.

A pesquisadora do CIGB (sigla em espanhol para Centro de Engenharia e Biotecnologia) de Havana apresentou os resultados preliminares dos testes com humanos durante o primeiro congresso BioProcess Cuba 2017, realizado em na cidade cubana de Camaguey na última semana.

Segundo Correa, os nove pacientes soropositivos que tomaram a vacina não apresentaram efeitos adversos nem de toxicidade, o que era o principal objetivo desta fase de testes, que certifica a segurança do medicamento. Assim como nos estudos pré-clínicos em animais, o teste com humanos demonstrou que a vacina potencializa a resposta imunológica do organismo infectado por HIV, vírus causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).

A pesquisadora, porém, alertou para que não se criem falsas expectativas sobre a vacina, que ainda deve passar por testes com mais pessoas soropositivas para se estabelecer sua eficácia em larga escala, o que deve levar mais alguns anos. A atual fase de testes, por exemplo, foi anunciada em março de 2012.

Correa também ressaltou que a vacina não sana a infecção por HIV, mas diminui a taxa de vírus no sangue, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas soropositivas. Ela afirmou que a busca de vacinas contra o vírus segue sendo uma das prioridades das instituições médicas e científicas cubanas, mas que a prevenção segue sendo o principal método para evitar o contágio.

O objetivo dos especialistas cubanos é substituir a atual terapia contra o HIV, que consiste na combinação de vários inibidores retrovirais que bloqueiam a expansão do vírus. Embora tal terapia se mostre majoritariamente eficiente, em alguns casos pode causar danos colaterais aos pacientes.

A vacina Teravac-HIV é administrada simultaneamente por via mucosa, por spray e administração intramuscular. Ela foi desenvolvida a partir de uma “proteína recombinante” – através de técnicas de engenharia genética – e busca induzir uma resposta celular contra o vírus. Segundo os resultados preliminares, a vacina diminuiu a carga viral nos linfócitos T citotóxicos (CD8) dos pacientes.

Segundo o portal Infomed, da rede de saúde de Cuba, o primeiro caso de HIV foi diagnosticado na ilha há 31 anos. Em 2015, o país se tornou o primeiro no mundo a erradicar a transmissão do HIV de mãe para filho, como afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde). A transmissão sexual é a forma predominante de infecção por HIV em Cuba, responsável por mais de 99% dos casos.

*Com informações de CubaDebate

Artigo|Desmonte do SUS em curso pelo aprofundamento da “asfixia” financeira

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Por Francisco R. Funcia*
O processo histórico de subfinanciamento do SUS foi agravado com a aprovação da Emenda Constitucional nº 86/2015 pelo Congresso Nacional e com a aprovação da Emenda Constitucional nº 95/2016, ambas pelo Congresso Nacional a partir de iniciativas do Poder Executivo.
A Emenda Constitucional nº 86/2015 estabeleceu uma nova regra de apuração da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde pelo governo federal, em substituição a Emenda Constitucional nº 29/2000: a vinculação à receita corrente líquida de forma escalonada – iniciando com 13,2% em 2016 até atingir 15,0% em 2020. Com isso, os valores mínimos de 2016, 2017 e 2018 seriam menores, em termos percentuais da receita corrente líquida, da efetiva aplicação de 2014 (14,3%) e 2015 (14,8%).

Além disso, a EC 86/2015 estabeleceu a execução orçamentária obrigatória das emendas parlamentares individuais correspondente a 1,2% da receita corrente líquida, sendo a metade (0,6%) para despesas com ações e serviços públicos de saúde (que integrariam a aplicação mínima obrigatória, aumentando de R$ 1,0 bilhão – média de 2009-2013 – para cerca de R$ 4,5 bilhões o valor dessas despesas), bem como retirou a condição de recurso adicional ao mínimo dos valores a serem distribuídos dos royalties do Pré-Sal.

Porém, com a aprovação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que estabeleceu um “teto” para as despesas primárias (que serão corrigidas anualmente no máximo pela variação do IPCA/IBGE) para o período 2017-2036, o Congresso Nacional revogou a regra de apuração (vinculada à receita corrente líquida) da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde da Emenda Constitucional nº 86/2015: a nova regra será calculada a partir de 2018 e até 2036, tomando por base o valor mínimo de 2017 (que corresponderá a 15% da receita corrente líquida) corrigido pela variação anual do IPCA/IBGE.

Considerando que somente as despesas primárias passaram a ter um “teto” constitucional, a EC 95/2016 será responsável pela redução ano após ano das despesas per capita com ações e serviços públicos de saúde (afinal, “esqueceram” de propor um dispositivo para impedir que haja nascimentos de pessoas em número superior ao de mortes nos próximos 20 anos).

Consequentemente, assim como em outras áreas sociais, haverá deslocamento de recursos dessas áreas para pagamento dos juros e amortização da dívida pública. A nossa estimativa inicial é que a aplicação federal em saúde pública cairá de 1,7% do PIB para menos de 1,0% do PIB em 2036, com impactos negativos sobre a aplicação estadual e municipal, visto que 2/3 do orçamento do Ministério da Saúde são despesas com as transferências fundo a fundo.

A EC 95/2016 representa o mais duro golpe – na história recente do Brasil – contra o financiamento das políticas sociais, em particular da seguridade social e, dentro dela, do Sistema Único de Saúde (SUS). O histórico processo de subfinanciamento do SUS será agravado pelo desfinanciamento consolidado decorrente da redução dessas despesas federais em relação ao PIB, exatamente quando seria preciso aumentar a participação do Ministério da Saúde nesse financiamento diante da grave restrição orçamentária e financeira porque passam os Estados, Distrito Federal e Municípios após dois anos de grave recessão econômica (2015 e 2016), sendo que esta última esfera de governo tem alocado em média 24% de seus recursos próprios para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde (muito acima do mínimo de 15% legalmente estabelecido).

Considerando os parâmetros internacionais, países com sistemas de saúde pública semelhantes ao do SUS alocam 6% do PIB no mínimo, enquanto no Brasil a aplicação consolidada (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) em ações e serviços públicos de saúde correspondem a 3,9% do PIB. Em outros termos, com a EC 95/2016, essa diferença aumentará ainda mais como consequência do desfinanciamento federal e diante da impossibilidade das demais esferas de governo alocarem recursos adicionais para compensar a queda que virá com o “teto” de recursos orçamentários para o Ministério da Saúde.

Apesar da EC 95/2016 estabelecer que o início desse “teto” para o SUS será em 2018 (com o valor mínimo de 2017 corrigido tão somente pela variação do IPCA), a insuficiência de recursos para o financiamento do SUS pode ser observada também em 2017, quando da comparação com os valores aplicados em anos anteriores, como está ilustrada na Tabela 1.




A Tabela 1 apresenta os parâmetros de comparação da alocação orçamentária para as despesas com ações e serviços públicos de saúde em 2017 em comparação com os valores empenhados em 2014, 2015 e 2016, bem como em termos de aplicação como percentual da receita corrente líquida e do PIB: é possível constatar que, em termos reais, os valores orçamentários totais de 2017 são maiores que os dos anos anteriores, revertendo uma tendência de queda verificada em 2015 e 2016.

Porém, em termos reais per capita, os valores de 2017 recuperam a situação de 2015 (queda de apenas 0,26%), mas ficando abaixo do valor de 2014 em 1,11% e acima do de 2016 (2,58%). Enquanto percentual da receita corrente líquida, a alocação orçamentária de 2017 (15,2%) é maior que a aplicação de 2014, 2015 e 2016; em termos de percentual do PIB, há semelhança entre as cifras de 2017 (1,70%) e 2016 (1,72%), que expressam também a média anual observada a partir da vigência da Emenda Constitucional nº 29/2000.
***Economista/Mestre em Economia Política pela PUC-SP/Consultor Técnico do Conselho Nacional de Saúde-CNS e Diretor da Associação Brasileira de Economia da Saúde-ABrES. No dia 2 de março participará do debate sobre o tema “Sus em desmonte”. Será às 19h, ao vivo pelo Facebook na página do Saúde Popular.

Fonte; Saúde Popular

quarta-feira, 1 de março de 2017

Papa diz que povos indígenas devem ter a palavra final sobre suas terras

No século XV, as bulas papais promoveram e forneceram uma justificativa legal para a conquista e o saqueamento das terras e recursos dos povos indígenas – cujas consequências são sentidas ainda hoje. O direito à conquista em uma tal bula, Romanus Pontifex, emitida por volta de 1450 quando Nicolau V era o papa, foi dada em caráter perpétuo.
David Hill* – The Guardian / IHU On-Line

Mas o tempo muda. Na semana passada, mais de 560 anos depois, Francisco, o primeiro papa latino-americano, deu um tom bem diferente: pôs-se a favor dos povos indígenas ao redor do mundo, a favor do direito à terra (algo que possui um significado prático), e pôs-se a favor de uma melhor relação com o meio ambiente. Publicamente disse que os povos indígenas têm o direito ao “consentimento prévio e informado”. Em outras palavras, nada deveria acontecer nas – ou impactar suas – terras, territórios ou recursos a menos que concordem.

“O principal desafio é conciliar o direito ao desenvolvimento, incluindo também o social e cultural, com a tutela das características próprias dos povos e territórios indígenas”, disse Francisco, segundo texto divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

“[Esta conciliação] fica ainda mais evidente quando atividades econômicas interferem com as culturas indígenas e sua relação ancestral com a terra”, continuou o papa. “Nesse sentido, sempre deve prevalecer o direito ao consenso prévio e informado, segundo exige o artigo 32 da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas. Somente assim é possível garantir uma cooperação pacífica entre as autoridades governamentais e os povos indígenas, que supere contradições e conflito”.

Francisco falava a representantes indígenas em Roma na conclusão do 3º Fórum dos Povos Indígenas, realizado pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola – FIDA, órgão da ONU.

A Declaração das Nações Unidas – não vinculativa juridicamente – foi adotada há 10 anos. Em seu artigo 32, diz que “é dever do Estado consultar e cooperar de boa-fé com os povos indígenas interessados, por meio de suas instituições representativas, a fim de obter seu consentimento livre, prévio e informado antes de adotar e aplicar medidas legislativas e administrativas que os afetem”.

Francisco também declarou que a “humanidade peca gravemente, deixando de cuidar da terra”, e instou os líderes indígenas a resistirem às novas tecnologias e que “não permitais aquelas que destroem a terra, que destroem a ecologia, o equilíbrio ecológico e que acabam por destruir a sabedoria dos povos”. Convidou os governos a capacitar os povos originários a participarem plenamente no desenvolvimento de “diretrizes e projetos”, tanto no nível local quanto nacional.

Vários meios de comunicação convencionais, incluindo a BBC, os jornais The Independent e Washington Post, interpretaram as palavras do papa como um comentário – ou um comentário aparente – sobre o atual conflito em torno do oleoduto Dakota Access, nos EUA, como se este fosse o único conflito indígena do que se sabe hoje. Mas e quanto a outros casos ao redor do mundo? Essa interpretação foi rapidamente rejeitada por uma porta-voz do Vaticano, que disse que “não há elementos nas palavras do papa que nos permita saber se ele estava falando de algum caso específico”.

Então, o que algumas das pessoas que estavam com Francisco naquele dia pensam do que ele afirmou? Até que ponto o que foi dito é significativo a eles?

Myrna Cunningham, ativista miskita da Nicarágua e ex-presidente do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, da ONU, disse que o papa estava enviando mensagens importantes. Estas incluem a “necessidade conciliar o direito ao desenvolvimento, incluindo também o social e cultural, com a tutela das características próprias dos povos e territórios indígenas”, e a importância da Declaração da ONU, do consenso, que, segundo ela, “de algum modo foi uma resposta às demandas indígenas”.

“Eu esperava uma mensagem incisiva, porém a postura dele excedeu as minhas expectativas”, disse Cunningham ao jornal The Guardian. “Ele foi claro sobre as lutas do nosso povo e vem sendo uma voz importante para fazer que nossas demandas sejam ouvidas”.

Elifuraha Laltaika, da Associação de Direito e Advocacia a Pastoralistas na Tanzânia, diz que foi um “chamado a despertar oportuno aos governos”.

“[Os comentários do papa] foram feitos num momento em que os governos cada vez mais violam e olham com desconfiança para os padrões mínimos da Declaração da ONU”, disse Laltaika ao The Guardian. “Sem ouvir o chamado do Papa Francisco, com certeza a vida vai se tornar mais miserável aos povos indígenas do que alguma vez já foi. A ganância para com a extração de hidrocarbonetos e minerais irá criar rachaduras além das existentes já, acentuando a pobreza dos povos indígenas e a incapacidade deles de lidar com os impactos da mudança climática e uma miríade de outros desafios”.

Para Alvaro Pop, represente maya da Guatemala, as palavras de Francisco demonstram o compromisso contínuo dele para com os direitos dos povos originários.

“Os povos indígenas têm sido os guardiões destes recursos há séculos”, diz Pop, um dos presidentes do Fórum Permanente da ONU. “O consentimento livre, prévio e informado é uma das questões mais importantes do século XXI. As palavras do papa são verdadeiramente significativas”.

Victoria Tauli-Corpuz, membro do povo Kankanaey Igorot das Filipinas e atualmente relatora especial da ONU para os Direitos dos Povos Indígenas, diz que a fala do papa ilustra “a compreensão que ele tem da importância” de implementar a Declaração da ONU.
“A visão dele de que uma maior chance de superar o confronto e o conflito entre os povos indígenas e as autoridades governamentais pode ser alcançada se um consentimento prévio e informado for respeitado ecoa o que muitos povos vêm afirmando”, disse Tauli-Corpuz ao The Guardian.

Les Malezer, da Austrália, descreve como “gratificante” que o papa tenha assumido uma postura tão dura no tocante à necessidade de respeitar os direitos dos povos indígenas, e diz que ele também aproveitou a oportunidade para levantar a questão da “Doutrina da Descoberta” – conceito jurídico internacional fundamentado nas bulas papais do século XV.

“Todos entre nós tiveram a oportunidade de dizer algumas poucas palavras ao papa quando ele circulou pelo salão”, disse Malezer, de Queensland. “Pedi que o papa continuasse a rever a Doutrina da Descoberta, que foi seguida por muitos casos de genocídio dos povos indígenas e pela tomada de suas terras. Também pedi que a Igreja Católica busque conscientizar, em nível mundial, as pessoas para a situação e os direitos dos povos indígenas”.

Ao abordar o direito ao consentimento dos povos indígenas, Francisco ecoava – e dava sustentação a – um órgão crescente do direito e da jurisprudência internacional que vincula os governos, diretrizes, princípios e procedimentos operacionais adotados por algumas instituições financeiras, agências da ONU e grupos do setor privado. Segundo um relatório de 2013 emitido pela REED (sigla inglesa para Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação, entidade da ONU) sobre a base jurídica internacional para o que se conhece por “CLPI” – iniciais para consentimento livre, prévio e informado –, “mais de 200 estados ratificaram numerosos tratados e convênios internacionais e regionais que proveem expressamente o dever e a obrigação do Estado de obter o CLPI onde circunstâncias assim se justificarem”.

*Tradução é de Isaque Gomes Correa.

Fonte: http://racismoambiental.net.br

Estudantes de Medicina dos EUA vão a Cuba para reforçar currículo

Notícias que a grande mídia brasileira não tem intenção de divulgar e mesmo sendo de 2016, vale a pena ver de novo.

Alunos de medicina dos EUA passarão período em Cuba como parte do currículo a partir de abril de 2016. 

Objetivo é que os estudantes americanos "estejam expostos a um sistema de saúde que tem sido líder na identificação dos fatores sociais sobre as doenças e na prevenção quando se trata de saúde pública", afirmou a Universidade de Michigan (MSU)


Estudantes de medicina da Universidade Estadual de Michigan (MSU), no norte dos Estados Unidos, poderão fazer parte de seu programa acadêmico em hospitais de Cuba a partir de abril de 2016, afirmou o centro de ensino superior.

“Após a restauração das relações diplomáticas (…) a Universidade de Michigan [MSU] é a primeira a solidificar um acordo com as autoridades cubanas para desenvolver um novo curso para os nossos alunos, que conta para seu currículo acadêmico”, anunciou em seu site oficial.

A intenção do programa é que os estudantes americanos “estejam expostos a um sistema de saúde que tem sido líder na identificação dos fatores sociais sobre as doenças e na prevenção quando se trata de saúde pública”, afirmou a Universidade de Michigan (MSU).

Assim, os alunos “vão aprender sobre medicina comunitária”, obstetrícia, ginecologia, pediatria e cuidados geriátricos, explicou.

Em Cuba, os estudantes poderão juntar-se ao Hospital Calixto Garcia, ao hospital do centro de Havana (especializado em pediatria) ou ao hospital Ramón González Coro (dedicado à obstetrícia e ginecologia).

William Cunningham, da faculdade de medicina da MSU, disse que “é a primeira vez que os estudantes de medicina dos Estados Unidos poderão atuar nos corredores de três grandes hospitais de Havana e fazer cumprir crédito acadêmico pela experiência”.

O sistema médico cubano, lembrou Cunningham, é focado na atenção primária e na saúde pública.

A seleção do primeiro grupo de estudantes terá lugar nas duas primeiras semanas de abril e será reservada aos alunos do quarto ano de medicina convencional ou osteopatia.

De acordo com a MSU, dezenas de alunos já fizeram a inscrição.

Cuba e os Estados Unidos restaurado relações diplomáticas em julho do ano passado, depois de meio século de ruptura, com a reabertura de suas embaixadas.

Fonte: AFP

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Campanha da Fraternidade 2017

Tema e lema da Campanha da Fraternidade 2017
Tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).


A Campanha da Fraternidade é marcada pelo empenho de todos em favor da solidariedade e fraternidade, sempre abordando temas atuais, que a cada ano propõe uma transformação social e comunitária, seja ela em desafios sociais, econômicos, culturais e até mesmo religiosos, onde toda a população envolvida na Campanha da Fraternidade é convidada a ver, julgar e agir.


Campanha da Fraternidade 2017 Datas

Muitas pessoas se perguntam, “Mas quando a Campanha da Fraternidade começa?”. A Campanha da Fraternidade sempre começa na quarta-feira de cinzas e acontece durante o ano todo! Muitas pessoas acham que ela termina depois da Páscoa, mas não, como dissemos, ela dura até o fim do ano, junto com o Ano Litúrgico, onde são desenvolvidas diversas atividades pastorais.

Podemos citar alguns exemplos de como a Campanha da Fraternidade 2017 é trabalhada, debatida e refletida com a comunidade, são eles: Cartazes, desenhos, músicas, texto-base, textos voltados para cada pastoral, vídeos e muito mais!


Ministro diz que saúde indígena ‘é muita despesa e pouco resultado’

Ricardo Barros defendeu que o atendimento a índios seja feito por Organizações Sociais, instituições privadas sem fins lucrativos

Em áudio gravado nesta terça-feira (25) no Ministério da Saúde durante uma reunião com indígenas, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu que o atendimento à saúde indígena seja repassada a Oss (Organizações Sociais) vinculadas “às universidades”, que teriam “uma estrutura mais ampla de disposição de pessoas com conhecimento de história, de geografia, de tudo”.

Atualmente a saúde indígena é atendida pelo Ministério da Saúde por meio da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que controla 34 DSEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) e atua em conjunto com organizações não governamentais que também recebem verbas federais. Pela proposta do ministro, seriam criadas Oss, instituições privadas sem fins lucrativos, necessariamente vinculadas a universidades.

Na reunião, Barros afirmou que a saúde indígena atualmente “é muita despesa e pouco resultado”. Ele criticou uma das principais parceiras do ministério no setor, a Missão Evangélica Caiuá, que ele chamou erroneamente de “Fundação Caiuás”, ao dizer que ela estaria fazendo “um lobby danado” para o sistema não mudar.

“Eu vou cuidar diretamente do assunto. Tem muita gente na saúde indígena, pouco resultado. A gente podia gastar muito melhor o dinheiro. A minha sugestão é que essas organizações sejam vinculadas a uma universidade. Porque o índio não precisa só de gente, mão-de-obra, precisa de uma atenção integral, e aí tem a cultura, tem a saúde, tem uma série de outras ações que precisam ser feitas”, disse o ministro na gravação. Ele argumentou que as mudanças “não serão impostas”, mas sim discutidas previamente com os índios.

Barros alegou, na reunião, que teria economizado “R$ 1 bilhão” desde que entrou no ministério e que “dinheiro mal gasto é o que mais tem aqui nesse ministério, lamentavelmente”. “A gente olha uma despesa grande para a União mas não vê o índio atendido direito. Isso que nós temos que mudar. […] E o de vocês é um dinheiro mal gasto também”, disse Barros.

A reportagem apurou que a proposta citada pelo ministro deve ser apresentada oficialmente no dia 9 de novembro em reunião com representantes dos Condisi (conselhos distritais de saúde indígena). Apesar da transferência das decisões de atendimento à saúde, a ideia é manter o atendimento regionalizado e vinculado aos DSEIs.

RECUO

A reunião ocorreu após um recuo do ministério no mesmo tema da saúde indígena. Pressionado por protestos organizados por índios, incluindo ocupações de prédios públicos em dois Estados e o fechamento de uma rodovia em Santa Catarina, o ministério revogou uma portaria que havia sido baixada apenas seis dias antes e que retirava a autonomia da Sesai e dos DSEIs, submetendo todas as decisões ao Ministério da Saúde.

Com a portaria, gestores dos DSEIs ficavam impedidos de emitir notas de crédito, realizar despesas, conceder diárias e requisitar passagens e transportes de pacientes.

Após os protestos, Barros recuou da medida nesta terça-feira (25), em publicação no “Diário Oficial”. Manteve, no entanto, espaço para maior interferência da secretaria executiva da pasta. Em nota, o ministério informou que a medida “tem o objetivo de estabelecer um novo fluxo e modelo administrativo para o setor, corrigindo, por exemplo, distorções de compra de produtos com variação acima de 1.000%”.

A reportagem apurou que o ministro vai apresentar como justificativa da eventual entrada das universidades no setor a necessidade de apresentar uma “alternativa” diante de uma decisão judicial que obriga o governo a corrigir falhas no atendimento às comunidades indígenas e contratar profissionais para os DSEIs.

Apesar do recuo, a incerteza sobre o atendimento e a ameaça de mudanças provocaram novos protestos de índios em frente ao Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira. “Nós, povos indígenas, cobramos nossos direitos garantidos por lei”, informavam faixas colocadas na frente da pasta. Com informações da Folhapress.

Fonte: Notícias ao Minuto-http://amazonia.org.br/

Médicos especializados em saúde da famíla fazem a diferença no atendimento do SUS

Paciência e a educação dos jovens residentes são algumas das características destacadas por quem procura a unidade.

A dona de casa Ana Maria Rodrigues Lopes, de 62 anos, moradora da Tijuca, tem plano de saúde — ela é dependente da filha, funcionária da prefeitura. No entanto, prefere se consultar no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Rua Desembargador Izidro, no mesmo bairro. 

Ali, diz Ana, o atendimento prestado pelos médicos — que ela chama de “meninos de ouro” — é bem melhor do que o já recebido na rede privada.

Os médicos Bernardo (à esquerda), Thadeu e Rodrigo: elogiados - Waleska Borges / O Globo

Assim como ela, outros moradores da região elogiam o tratamento no local. A paciência e a educação dos jovens residentes são algumas das características destacadas por quem procura a unidade de saúde.

— O doutor Rodrigo (Meirelles, de 27 anos) chama o paciente pelo nome. O doutor Bernardo (Lago Alves, de 26) é muito dedicado. E o doutor Thadeu (Félix Cariello, de 26) é muito atencioso e me dá até bronca se eu não estiver tomando água — conta Ana.

Neide Silveira dos Santos, de 74 anos, também se diz satisfeita com o atendimento. Paciente de Bernardo, ela conta que sofre de depressão e que o médico sempre a escuta:

— Eu já tive plano de saúde e sei que nem todos os médicos têm paciência para escutar a gente falar.

Os profissionais são formados pela UFRJ e integram o Programa de Residência Médicos de Família e Comunidade, do Centro de Saúde Heitor Beltrão. A unidade tem cerca de 15 mil pessoas cadastradas na Clínica da Família, que faz quase cinco mil atendimentos por mês. São 12 médicos residentes nas oito equipes de saúde da família. Eles são acompanhados por um preceptor.

— Eles são acolhedores e dedicados. Já recebemos vários elogios — conta a diretora da unidade, Patrícia de Andrade.

O residente Rodrigo diz que escolheu ser médico da família porque, dessa forma, pode conhecer o paciente por completo:

— Resolvemos de 80% a 90% dos sofrimentos.

Outro médico, Bernardo, confirma que alguns de seus pacientes têm realmente plano de saúde.

— Aqui, eles se sentem ouvidos.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, a cidade conta com 77 clínicas da família e 132 centros municipais de saúde. O programa de residência está presente em 23 dessas unidades.

Fonte por Waleska Borges para Jornal O Globo

Se Temer e o Congresso insistirem em abafar a Lava Jato, haverá intervenção militar!

A política nacional sempre foi muito complicada, os observadores estrangeiros não conseguem entender tamanha esculhambação institucional, até mesmo os brasileiros têm enorme dificuldade, não conseguem acompanhar, a todo momento é preciso recorrer à tradução simultânea. 
Desde sexta-feira, dia 17, procura-se descobrir o real objetivo da explosiva entrevista que o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas (Foto), concedeu à repórter Monica Gugliano, do jornal Valor Econômico. Como se sabe, chefes militares jamais se pronunciam sobre assuntos políticos. Quando o fazem, é porque há alguma coisa de errado, aliás, muito errado.

O mais impressionante foi a rarefeita repercussão das declarações, que mesmo assim abalaram as estruturas do poder em Brasília, com reflexos por todo o país, porque o comandante do Exército não mediu as palavras. Às vésperas do carnaval, rasgou a fantasia e se incorporou ao Bloco dos Descontentes, ao afirmar que “somos um país que está à deriva, que não sabe o que pretende ser, o que quer ser e o que deve ser“.

Ainda não satisfeito, acrescentou: “Esgarçamo-nos tanto, nivelamos tanto por baixo os parâmetros do ponto de vista ético e moral, que somos um país sem um mínimo de disciplina social“.

TRADUÇÃO SIMULTÂNEA – Ao dar entrevista ao Valor, que é um jornal de circulação mais restrita na Organização Globo, que comanda sozinha a publicação, desde que a Folha se desligou da sociedade, o general deixou claro que estava dando um recado “interna corporis”, destinado a atingir apenas o governo, os políticos e as lideranças militares.

O fato concreto é que o descontentamento e a pressão interna nas Forças Armadas têm cada vez mais intensidade. Entre as lideranças militares, há consenso de que não há planejamento no país, a administração pública não tem metas nem visa a atender os reais interesses nacionais.

Um dos objetivos da entrevista do general Villas Bôas foi acalmar o pessoal da ativa e também da reserva, pois os três clubes militares estão defendendo abertamente uma intervenção das Forças Armadas, a pretexto de moralizar a política e a administração pública.

SEM INTERVENÇÃO – Com muita habilidade, o comandante do Exército descartou a possibilidade de derrubada do governo constitucional: “Interpreto o desejo daqueles que pedem intervenção militar ao fato de as Forças Armadas serem identificadas como reduto onde esses valores foram preservados. No entendimento que temos, e que talvez essa seja a diferença em relação a 1964, é que o país tem instituições funcionando. O Brasil é um país mais complexo e sofisticado do que era. Existe um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser tutelada. Não pode haver atalhos nesse caminho. A sociedade tem que buscar esse caminho, tem que aprender por si. Jamais seremos causadores de alguma instabilidade“.

O general tem razão. A Constituição deixa claro que cabe às Forças Armadas “a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. E a Lei Complementar número 97 também é clara: ‘A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio’”.

INTERVIR SIGNIFICA GOLPE – Sem a menor dúvida, a entrevista confirma a convicção de que não existe possibilidade de ocorrer a apregoada “intervenção militar constitucional”. O significado real seria “golpe de estado” ou “golpe militar”, apenas isso.

Segundo as cuidadosas declarações do comandante do Exército, essa hipótese estaria afastada. Mas acontece que as aparências sempre enganam, quando se trata da política brasileira. Na entrevista, a ênfase dada à moral e à ética, assim como a incisiva defesa da Lava Jato (“É a grande esperança de que se produza no país alguma mudança nesse aspecto ético que está atingindo nosso cerne, que relativiza e deteriora nossos valores“) – tudo isso demonstra que as Forças Armadas não estão desatentas nem omissas.

Ainda em tradução simultânea, o general Villas Bôas deixou claro que, se o Planalto e o Congresso insistirem nessa irresponsável tentativa de inviabilizar a Lava Jato, a história vai se repetir no Brasil, e não será como farsa. Portanto, espera-se que o presidente Michel Temer tenha um mínimo de juízo e não ouse levar adiante essa injustificável iniciativa.

Fonte: Debates Culturais

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Médico brasileiro está Quebrando Paradigmas sobre o tratamento do diabetes no Brasil

Será o Fim da Insulina? Médico Brasileiro Controla a Diabetes de 38 Mil Pacientes Naturalmente


Neste último mês, uma história causou controvérsia entre diabéticos e profissionais de saúde. O Programa Domingo Espetacular da Rede Record exibiu uma matéria com o médico brasileiro Dr Patrick Rocha quebrando mitos sobre o que sabemos até então sobre diabetes.

“ao tomar remédios, você não controla a diabetes, você ‘medica’ ela. E isso é muito lucrativo para a indústria farmacêutica, que quer um ‘cliente diabético para a vida toda’”.


E continua:
“Um diabético tem 5x mais chance de desenvolver outra doença do que um não-diabético. A indústria farmacêutica não quer saber se ele tem história de vida: filhos, netos, sobrinhos… ela quer apenas o dinheiro. Por isso, criei esse programa, quero mudar vidas!" – Dr. Patrick Rocha.

O que é o Programa Diabetes Controlada?


O Diabetes Controlada é um treinamento composto por vídeo-aulas, é uma espécie de consultório virtual, onde eu vou estar acompanhando você em cada etapa, te ensinando como manter a sua diabetes no controle. Ao se tornar aluno no programa você receberá o acesso à área de membros e lá participará de todas as aulas. É um programa com 100% de comprovação científica e aprovação dos alunos.

O Programa Diabetes Controlada consiste em 4 módulos, que são liberados um por semana. E ao completar essas 4 semanas você se terá se tornado uma nova pessoa, cheia de energia, saudável e com uma vida completamente restituída.

O Programa Diabetes Controlada funciona?

Eesse é um método 100% comprovado e aprovado, pela boa ciência e por estudos de ponta! Eu criei esse programa pois tenho como missão de vida ajudar as pessoas e serem livres da diabetes, pois essa doença já se tornou uma epidemia mundial por causa da falta de informação. Mas no Programa Diabetes Controlada você encontra uma solução real para essa reverter essa doença.

O Programa Diabetes Controlada funciona para qualquer tipo de diabetes, controlando e até revertendo a pré-diabetes, a diabetes tipo 2, a diabetes gestacional, controlando e revertendo também a diabetes em crianças e no caso dos diabéticos tipo 1 através do programa eles podem reduzir em mais de 83% o uso de medicações.

Mais informações em:
http://saudavelcomodrrocha.com.br/ob-apresentacao-dc/?src=OBPVexit-popup






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